'Temos de assumir que somos melhores. Nenhum jogador da base atuará agora no Palmeiras.' Abel Ferreira
Depois de vencer a Ponte Preta por 3 a 0, o técnico foi direto. Seu time precisa assumir ser melhor que adversários como o de ontem. E deixou claro: nenhum jogador que venceu a Copinha tem espaço hoje entre os titulares
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A diferença técnica entre Palmeiras e Ponte Preta foi tão grande que o teste para o Mundial ficou comprometido.
O jogo foi muito mais fácil do que contra o Novorizontino.
Bastou o primeiro tempo, três gols, e a partida estava decidida. Murilo, Luan e Rony marcaram.
Vitória por 3 a 0 para o time de Abel Ferreira.
Weverton e Gustavo Gomes, que foram para as seleções brasileira e paraguaia, não fizeram a mínima falta.
Desta vez, o resultado veio com uma grande atuação de Gustavo Scarpa, o organizador ofensivo na segunda vitória seguida no Campeonato Paulista.
Se o Palmeiras tivesse forçado, ganharia de pelo menos o dobro do placar de 3 a 0.
Gilson Kleina também tem sua parcela de culpa. Porque nos tempos modernos é inaceitável uma equipe que sofra dois gols de escanteios. O posicionamento é toda responsabilidade sua. Por isso, a Ponte Preta já estava perdendo por 2 a 0. E o terceiro saiu de um lançamento estupendo de Raphael Veiga para Rony.
No segundo tempo, o Palmeiras administrou a vitória, sem correr risco algum.
A segunda em duas partidas.
O esquema 3-4-3 segue sendo aperfeiçoado até o Mundial.
"Neste tipo de jogos, temos que assumir que somos melhores do que nossos adversários. Temos de estar preparados, qualquer adversário vai estar supermotivado, vão querer ganhar custe o que custar.
"Nós somos fonte de motivação aos adversários. Mais do que tudo está o caráter do nosso time, porque eles sabem que são melhores. Com todo respeito à Ponte Preta, mas nós somos melhores", disse, sem meias palavras, Abel Ferreira.
"Hoje entramos agressivos, dinâmicos, criamos chances e é isso que temos que fazer. Gostei muito dessa atitude, a forma como o time entrou com atitude e caráter no primeiro tempo. Nós temos que impor nosso jogo, ser dinâmicos, fluidos, correr. Foi isso que fizemos."
O treinador só não aceitou o relaxamento dos seus jogadores, já com a vitória conquistada precocemente. Ficou irritado.
"O segundo tempo foi o que menos gostei. No Brasil os jogadores têm muito aquilo de fazer gestão no segundo tempo porque tem jogo daqui a dois dias, mas não pode ser.
"Temos de preparar o jogo seguinte na máxima força nas duas partes. Quando não tiver energia, trocamos. Gostei muito da primeira parte, na segunda senti que eles começaram a gerir e nessa altura não podemos gerir, temos que ir com tudo, meter o acelerador ao fundo."
Abel fez questão de deixar claro.
Por melhor, mais empolgante que seja o time campeão da Taça São Paulo, não há lugar para nenhum dos jovens jogadores no grupo que vai tentar o Mundial nos Emirados Árabes.
"Vai ser muito difícil qualquer jogador de formação jogar agora no Palmeiras", direto, sem nenhuma dupla interpretação.
Ou seja, não será apenas Endrick que assistirá ao Mundial da Disneylândia ou de sua casa.
Nenhum dos campeões estará nos Emirados Árabes...
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