Tardelli, Carille, Rodriguinho. Promessas vazias do Corinthians?
O Corinthians chega a sua 26ª derrota. Nunca perdeu tanto neste século. Jair Ventura está por um fio. Andrés quer falar de outros assuntos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Andrés Sanchez está pressionado.
Ele sabia que teria de pagar os preços pelos desmanches.
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Mas as 26 derrotas do Corinthians no ano foram demais.
Elas são mais sonoras do que a dívida de mais de R$ 2 bilhões com o Itaquerão.
E os 19 meses sem patrocínio master na camisa.
Além dos sete anos de promessas dos naming rights.
E seguindo o caminho que aprendeu com Alberto Dualib, o dirigente vai tomar providências com o que mais repercute.
Contratações.
Um velho sonho está próximo de ser concretizado.
O clube conseguiu a prioridade para a contratação de Diego Tardelli.
O jogador de 33 anos vai deixar o Shandong Luneng em 2019.
Havia o forte interesse do Atlético Mineiro.
Mas empresários que representam o Corinthians em busca de reforços souberam da possibilidade de Tardelli voltar. E avisaram Andrés. Não foi preciso muito empenho para assegurar ao menos a prioridade.
Mas ela vale em relação ao Brasil.
Representantes do atleta não fecharam as portas para o futebol árabe, japonês e mesmo chinês.
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O dinheiro é o grande entrave.
Para assegurar Tardelli, Andrés tem de quebrar sua palavra e pagar um salário muito acima do que havia garantido que nortearia o elenco corintiano.
A imprensa mineira garante que o atacante não recebe menos do que R$ 1 milhão no Shandong.
E ele ainda tem mercado internacional.
A transação pode até não acontecer, mas vazar que o Corinthians tem a prioridade no jogador é algo muito favorável a Andrés. Desvia o foco do fracasso do futebol do clube.
Principalmente do trabalho de Jair Ventura.
Com a derrota diante do Atlético Paranaense, o clube já foi comandado 17 vezes pelo técnico carioca. São 17 jogos. Quatro vitórias, cinco empates e oito derrotas, aproveitamento de 33,3%.
Mais do que os números, segue assustadora a filosofia defensivista do técnico.
Por isso, Andrés Sanchez também não fez segredo que se encontrou com Paulo Pitombeira, em Londres. Ele é o empresário de Fabio Carille. Os dois acertaram várias arestas. Porque Andrés não fez questão nenhuma de segurar Carille. Acreditava que Osmar Loss poderia seguir o trabalho do técnico campeão brasileiro e bi paulista tranquilamente. Foi um enorme fracasso. Assim como até agora se mostra Jair Ventura.
As duas últimas partidas que faltam no Brasileiro podem sacramentar a demissão do treinador.
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Chapecoense no Itaquerão.
E Grêmio, em Porto Alegre.
Carille tem contrato de dois anos com o Al-Wehda, da Arábia Saudita.
Assinou em maio.
Recebe R$ 1 milhão a cada 30 dias.
No Corinthians, ganhava R$ 300 mil.
Ele também não voltaria para ganhar menos.
O Al-Wehda é o quinto no Campeonato Árabe.
O retorno não é assim tão simples.
Veja mais: Andrés vai à Europa tentar fechar patrocínio e naming rights
Além disso, há a crise no Pyramids.
O bilionário e dono do clube, Turki Al-Sheik, também ministro do Esporte da Arábia Saudita, está sendo pressionado politicamente. Vem enfrentando sérias críticas por um ministro ter uma clube.
A equipe é a segunda colocada no torneio nacional.
Se desistir, os jogadores que comprou serão negociados.
Entre eles, está Rodriguinho.
Ele garantiu que voltaria ao Corinthians depois do Egito.
O meia de 30 anos assinou contrato por três temporadas.
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No Parque São Jorge há a garantia que ele recebe cerca de R$ 700 mil.
Seria um investimento para ganho técnico, sem retorno financeiro.
Além dessas possibilidades, Andrés garante que foi encaminhada uma parceria com o Valladolid, clube que pertence a Ronaldo.
Há a chance de um intercâmbio entre os dois clubes.
Ronaldo, Tardelli, Carille, Rodriguinho...
Ótimos assuntos.
Principalmente para desviar o foco da realidade.
No século XXl, o Corinthians nunca perdeu tanto quanto em 2018.
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26 derrotas é um número inaceitável.
Assim como a equipe não disputar a Libertadores em 2019.
Com o clube precisando tanto de dinheiro.
E está fora da mais lucrativa competição do ano.
É mesmo melhor falar de outros assuntos...
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