"Só Deus pode me julgar." Resposta de Deyverson ao Palmeiras
O clube, finalmente, conseguiu arrumar clube ao atacante. Ele está sendo emprestado ao Alavés. Queria voltar. Direção do Palmeiras o rejeitou
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Só Deus pode me julgar."
Na própria pele, Deyverson escolheu a resposta para a situação que vive.
Na tatuagem feita na canela, o atacante mostra o descontentamento com o Palmeiras fechando as portas para o seu retorno.
Como o blog havia antecipado, o presidente Mauricio Galiotte não o quer mais no elenco.
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E, depois de vários empresários o ofertarem para clubes europeus, e até brasileiros, o atacante está sendo emprestado ao Alavés, por um ano.
O jogador de 29 anos não se conforma com a rejeição que encontrou no Palestra Itália.
A postura é clara.
E Vanderlei Luxemburgo não tem nada a ver com o problema.
A decisão é de Galiotte.
Ele se cansou dos inúmeros problemas que Deyverson criou quando Luiz Felipe Scolari era treinador.
Na visão do presidente, o atacante teve atitudes que se chocam com a tradição do Palmeiras.
Como cuspir no rosto do ex-volante do Corinthians, Richard. Simular faltas. Provocar expulsões infantis.
Galiotte se saturou dos erros de Deyverson, a tal ponto que eles também tiveram influência na demissão de Luiz Felipe Scolari.
O dirigente percebia que a proteção exagerada ao atacante pelo técnico prejudicava ambiente, com o tratamento diferenciado.
Deyverson foi comprado por 5 milhões de euros, cerca de R$ 31 milhões. O ex-executivo Alexandre Mattos o ofereceu a Cuca, depois de não conseguir fechar contrato com Diego Souza. O então treinador deu seu aval ao atacante.

Ele assinou contrato de cinco anos.
Recebe R$ 380 mil mensais.
Em 2020, ele fez só sete partidas.
E dois gols, pelo Getafe, onde atuou emprestado.

Voltou ao Palmeiras, mas encontrou as portas fechadas.
Luxemburgo não tem um atacante alto, para o jogo aéreo.
Sondou Galiotte, se poderia utilizá-lo.
Ouviu um sonoro 'não'.
Galiotte considera a contratação um erro.
Tanto de Mattos como de Cuca.
Muito dinheiro por um jogador que deu pouco retorno.
Arrumou muita confusão.
Deyverson não quis entrar em polêmica.
Dar entrevista mostrando a situação.
Preferiu tatuar na própria pele, a mensagem que deseja propagar.
"Só Deus pode me julgar"...
(E o Palmeiras conseguiu.
Deyverson foi emprestado.
Um ano no Alavés...)
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