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Cosme Rímoli - Blogs

Situação tensa na final do Mundial. Gabigol não pode continuar egoísta

Artilheiro quis, contra o Al Hilal, aproveitar os holofotes. Jogou para si, esqueceu o time. Jesus havia avisado que Gabigol tem problemas emocionais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Jesus e o difícil problema para a decisão. Fazer Gabigol jogar para o time
Jesus e o difícil problema para a decisão. Fazer Gabigol jogar para o time

São Paulo, Brasil

Vários torcedores pensaram em como chamar a atenção no estádio Khalifa International, ontem, em Doha, no Qatar.

E fizeram o óbvio.

E levaram cartazes com a mesma frase tão difundida nos jogos do Flamengo.


"Hoje tem gol de Gabigol."

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Depois que os seguranças tiveram a certeza que não eram mensagens políticas, todos puderam entrar e mostrar seus cartazes.


Mas, contra o Al Hilal, não houve gol de Gabigol.

Pelo contrário.


Foi uma das piores partidas do atacante em 2019.

Afobado, egoísta, tenso, irritadiço.

Desperdiçou vários ataques e contragolpes do Flamengo.

Queria fazer seu gol de qualquer maneira, mesmo marcado, muitas vezes, por dois defensores do time árabe.

Além disso, discutiu, questionou, perturbou o fraco árbitro Ismail Elfath. 

Nervoso, peitou, chutou sem bola adversários do Al Hilal.

Poderia ter sido expulso, se o critério do VAR no Mundial de Clubes fosse igual ao utilizado no Brasileiro.

Gabigol se tornou uma grande preocupação para o jogo de sábado, na final do Mundial.

Jorge Jesus já avisava há um mês, depois de uma expulsão infantil de Gabigol, contra o Grêmio, em Porto Alegre. O jogador também tomou vermelho na final da Libertadores, contra o River Plate. Por provocar os reservas do time argentino esfregando o órgão genital.

"Ainda não consegui fazer dele emocionalmente um grande jogador como é tecnicamente e taticamente. Do ponto de vista emocional tem muitos problemas."

Recordista de gols no Brasileiro, 25, artilheiro da Libertadores, nove gols, ele também foi o jogador que mais acumulou cartões na competição nacional. 

Mas na partida diante do time árabe, a indisciplina e a tensão se acumularam por conta dos holofotes.

Gabigol ansiava o Mundial.

Gabigol segue lidando muito mal com a pressão psicológica
Gabigol segue lidando muito mal com a pressão psicológica

Seu contrato de empréstimo com o Flamengo termina daqui a 13 dias. O clube carioca já deixou encaminhada sua contratação por cerca de R$ 90 milhões.

Isso, se ele quiser seguir no Rio de Janeiro.

O sonho, no entanto, de Gabigol é voltar para a Europa, onde fracassou na Inter de Milão e no Benfica.

O atacante acreditava que o Mundial no Qatar seria uma maneira para atrair gigantes europeus. Fazer com que voltassem a cobiçar seu futebol.

Por isso, a pressão que colocou sobre seus ombros.

Para jogar bem e, principalmente, marcar gols.

Pensando apenas em si, ele foi muito mal.

Ao contrário do que Jorge Jesus tanto cobra e ensina, antes de a bola chegar aos pés de qualquer atacante perto da área, ele precisa ter três opções de passe. Um companheiro de cada lado e um chegado de trás.

Gabigol, ontem, fez o que o treinador detesta. 

Mal encostava o pé na bola e abaixava a cabeça, tentando, driblar, chutar. Acabou sendo anulado facilmente.

Se ele queria impressionar empresários que acompanham o Mundial, conseguiu.

Mas de maneira muito ruim.

Ele já até havia se despedido do Flamengo. Com a certeza de voltar para a Europa
Ele já até havia se despedido do Flamengo. Com a certeza de voltar para a Europa

Atuando como fez nas poucas vezes que entrou em campo com a camisa da Inter e do Benfica.

Mesmo com a vitória e a classificação do Flamengo para a decisão, o sorriso de Gabigol era amarelo.

Ele sabia que havia fracassado.

Jorge Jesus já previa que essa situação poderia acontecer.

E tentará fazer com que recupere o foco no sábado.

Esqueça um pouco do seu momento.

Pense que está em um time que decide o Mundial.

Mostre amadurecimento mesmo tendo 23 anos.

Gabigol precisa entender.

Se destacar no sábado seria maravilhoso.

Abriria portas.

Mas ser campeão do mundo seria muito melhor.

Que o treinador português consiga mostrar.

Egoísmo na decisão é o pior caminho.

Gabigol tem de jogar para o Flamengo.

Não para os holofotes...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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