Ser chamado de ‘vacilão’ por jornalista. Câmeras escondidas na sua mansão. Não aceitar ser escudo de Cleber Xavier. Investimento de R$ 1 bilhão em hotel em Santos. Uma semana na vida de Neymar
Jogador de 33 anos e meio segue com rotina agitada e surpreendente. Até espionado na sua própria mansão. Em meio à luta para tentar salvar o Santos do rebaixamento, o investimento bilionário em hotel
“Vacilão.”
O grito ecoou na zona mista, reservada os jornalistas, no Morumbi.
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
Era dirigido a Neymar.
O jornalista estava irritado porque o jogador deu apenas duas respostas e virou as costas aos repórteres, que se amontoavam para conseguir gravar suas palavras.
Detalhe: jornalistas estão acostumados a reclamarem, e por vezes, xingarem Neymar. Ao contrário da esmagadora maioria dos jogadores, ele mal balbucia duas, três respostas rápidas e vai embora. Não se submete a explicações profundas sobre nada.
Neymar não tem obrigação de dar entrevistas. O que falta é consideração aos profissionais.
Desta vez, na noite de segunda-feira, um jovem repórter não se conteve e o xingou, por não ter o direito de fazer sua pergunta.
Neymar ouviu. Parou, deu meia-volta. E os seguranças do Santos, que o protegiam, já se adiantaram em relação aos jornalistas. Os olhares eram ameaçadores.
“Vocês querem respeito, vocês têm que ter respeito com a gente”, bradou Neymar.
“Era brincadeira”, disse, intimidado, o jornalista que ousou chamá-lo de vacilão.
Satisfeito com o medo que provocou, Neymar seguiu para o vestiário.
Mas sua vida midiática garantiu mais uma semana nas manchetes. Mesmo sem o Santos entrar em campo.
Cleber Xavier está seriamente ameaçado de demissão.
Neymar sabe muito bem o que acontece no Santos.
Metade da direção do clube defende a troca de treinador.
Conselheiros ligados a Marcelo Teixeira não se conformam com a instabilidade do time. E, na análise, até de alguns dirigentes, a equipe depende de jogadas individuais dos jogadores. Além de defender muito mal, com enorme dificuldade de recomposição.
Neymar tem força suficiente para defender Cleber Xavier. Declarações públicas em favor do treinador teriam enorme repercussão. Dentro e fora da Vila Belmiro. Mas ele se cala. Não quer se envolver na questão. Deixa para Marcelo Teixeira decidir.
Não quer influenciar. Não deseja arriscar garantir publicamente que o treinador manterá o clube na Série A, que é o verdadeiro objetivo de 2025, só que ninguém assume.
Conselheiros insistem em dois nomes para o lugar de Cleber. E os dois são argentinos. Jorge Sampaoli, que já trabalhou no clube. E Juan Pablo Vojvoda, ex-treinador do Fortaleza.
A partida de domingo, às 18h30, no Mineirão, contra o Cruzeiro, com transmissão da RECORD, será fundamental para o futuro do Santos. Uma derrota, por exemplo, por goleada, será terrível para Cleber, que pode ser mandado embora.
Neymar segue distante, sem dar o apoio que o ex-auxiliar de Tite, e que tantas vezes o defendeu na Seleção, tanto precisa.
Não bastasse esse silêncio constrangedor, que só prejudica Cleber, se tornou pública a invasão de privacidade que viveu.
Na mansão que alugava por R$ 41 mil mensais, os antigos donos deixaram câmeras espalhadas por toda a residência. E tinham acesso de tudo o que acontecia em Barueri.
Neymar, que adora histórias em quadrinhos de Batman, só percebeu porque os donos do imóvel reclamaram da presença de cachorros no local. Animais de estimação estavam vetados.
Como a mansão é completamente fechada, o jogador ouviu dos donos a confissão que havia câmeras na mansão.
Ao descobrir que elas estavam escondidas, Neymar e sua mulher Bruna, deixaram o imóvel.
A questão terminou na justiça, com os donos alegando quebra de contrato. E Neymar, invasão de privacidade.
Não bastasse tudo isso, o jogador foi confirmado como um dos sócios do hotel Hard Rock Café, que será construído na avenida Anchieta. O empreendimento, franquia da matriz norte-americana, custará R$ 1 bilhão.
Enquanto isso, o Santos se prepara para uma das partidas mais difíceis desta temporada.
Uma derrota para o time mineiro pode jogar a equipe novamente para a zona de rebaixamento.
Neymar já jogou cinco partidas seguidas, com 90 minutos em campo, algo que não acontecia desde 2022.
Se mostra bem fisicamente.
Tanto que será convocado para os jogos do Brasil contra o fraco Chile, no Maracanã, e a também pouco competitiva Bolívia, em La Paz.
Os jogos serão os últimos do Brasil, nas Eliminatórias, em setembro.
Até lá muita coisa acontecerá na vida midiática de Neymar...