Gabigol sabe que não faz parte da preferência de Tite. Mas espera que a pressão pública o leve à Copa
Marcelo Cortes/FlamengoSão Paulo, Brasil
Neymar (PSG), Richarlison (Tottenham), Raphinha (Barcelona), Vinícius Júnior (Real Madrid), Rodrygo (Real Madrid), Gabriel Jesus (Arsenal), Gabriel Martinelli (Arsenal), Matheus Cunha (Atlético de Madrid), Antony (Ajax).
E... Pedro, do próprio Flamengo.
Esses são os rivais de Gabigol para disputar a Copa do Mundo do Catar.
O atacante do Flamengo não é chamado por Tite desde os jogos contra o Equador e o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Diante dos paraguaios, nem entrou em campo.
A última participação na seleção foi no dia 2 de fevereiro deste ano. Ele saiu da reserva e ficou em campo contra os equatorianos por 12 minutos.
Não foi chamado contra Chile e Bolívia, as duas derradeiras partidas das Eliminatórias. Nem nos amistosos diante de Coreia do Sul e Japão.
Seu último gol pela seleção de Tite foi na goleada contra o Uruguai, no dia 15 de outubro de 2021.
O treinador do Brasil jamais "morreu de amores" pelo futebol do atacante. Chamou-o para dois jogos eliminatórios para a Copa do Mundo da Rússia. Contra Equador e Colômbia, em setembro de 2016.
Não o chamou para a Copa do Mundo de 2018. Nem para a Copa América de 2019.
Só voltou a convocá-lo em junho de 2021, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, contra Equador e Paraguai.
Em 17 partidas com Tite, Gabigol só marcou 3 gols.
Foi terrivelmente prejudicado.
Gabigol fez apenas 3 gols em 17 partidas que jogou com Tite. Atuou sacrificado, pelo time
AFPO técnico o colocou para atuar de maneira muito diferente da que faz sucesso no Flamengo.
Gabigol atuou preso, enfiado entre os zagueiros.
Tite não deixou que ele "flutuasse", ou seja, se movimentasse pelos lados do campo. Para não tirar espaço dos outros atacantes e meias.
E o jogador acabou ficando esquecido, como se tivesse tido "todas as chances possíveis" para ficar com a vaga para a Copa do Mundo do Catar. O que não é verdade. Porque atuou a favor do time, não dele.
"Eu estou esperançoso para essa Copa. Quero muito. É o meu maior sonho. Eu acho que tenho que continuar fazendo gol, e aí esse B.O. não vai ser meu. Se não quiser me convocar, vou ter que respeitar, mas eu vou ter que fazer a minha parte. A minha parte é importante. A gente não controla as coisas, a única coisa que a gente controla é o que a gente faz", disse, antes de completar:
"É muito cara fo... junto. É muito cara que tem experiência e dá a vida para estar ali. O maior sonho nosso é estar na seleção, chegar no vestiário, vestir a camisa amarela com teu nome. Mexe muito comigo. Seleção mexe comigo demais. Para mim é o ápice."
"Eu não me importo de jogar lá fora, mas jogar na seleção… Jogar a Champions League? Irado, muito fo..., no Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão, Benfica. Mas a seleção..."
Em 2021, Gabigol se mostrava muito mais esperançoso do que agora.
Mesmo hoje, com a chance de se tornar o brasileiro que mais marcou na Libertadores. Ele tem 28 gols, contra 29 do ex-atacante Luizão.
E nem com a ressurreição do Flamengo, sob o comando de Dorival Júnior.
Ele já teve a pressão da mídia carioca por convocações e pela disputa da Copa do Mundo.
Hoje a preferência dos jornalistas é que Pedro tenha essa chance.
E, sem querer, Dorival Júnior diminuiu ainda mais a chance de Gabigol ser chamado.
O foco de Tite hoje é Pedro. Mas Gabigol espera 'roubar a cena'. Com seus gols
FlamengoPorque o treinador do Flamengo exige uma maior movimentação do atacante, com liberdade para atuar não só pelos lados do campo, mas até como meia, em vários momentos das partidas.
Situação impensável com Tite.
O jogador está muito feliz, se adaptou perfeitamente ao esquema de Dorival, e o entrosamento com Pedro se consolidou.
Os auxiliares de Tite estarão no Maracanã.
O treinador preferiu se resguardar para Palmeiras e Atlético Mineiro, amanhã.
Matheus Bachi, seu filho, e Cleber Xavier.
O foco é Pedro.
Atacante alto, especialista no cabeceio, que pode ser chamado como opção, para uma partida no Catar em que o Brasil necessite de bolas aéreas no ataque.
Mas Gabigol quer "roubar a cena".
Sabe que, se marcar e o Flamengo ganhar, conseguirá atrair todos os holofotes.
Essa é a sua esperança. Ir com o time carioca o mais longe possível na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro.
Fazer com que a mídia do país e os seus gols e desempenho o levem até a Copa do Mundo.
Situação mais do que improvável, diante da concorrência.
E das preferências de Tite.
Mas o atacante jura, não vai desistir.
Até que saia a convocação derradeira para o Mundial.
Suas chances são muito pequenas.
Estes são os 11 maiores artilheiros da Libertadores...
1º) Alberto Spencer (equatoriano) 54 gols
2º) Fernando Morena (uruguaio) 37 gols
3º) Pedro Rocha (uruguaio) 36 gols
4º) Daniel Ónega (argentino) 31 gols
5º) Julio Morales (uruguaio) 30 gols
6º) Luizão (brasileiro) - 29 gols
6º) Anthony de Ávila (colombiano) 29 gols
6º) Juan Sarnari (argentino) 29 gols
6º) Lucas Pratto (argentino) 29 gols
10°) Gabigol (brasileiro) 28 gols
10º) Luis Artime (argentino) 28 gols...
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