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‘Se tem uma equipe que não pode falar de arbitragem é o Palmeiras.’ Filipe Luís, ironizou. Abel, desolado, com claro pênalti não marcado. ‘O Flamengo não precisava.’ Juiz mudou o rumo da ‘decisão’ do Brasileiro

Os treinadores agiram de maneira completamente diferente, depois da polêmica vitória do Flamengo diante do Palmeiras, por 3 a 2, no Maracanã. Wilton Pereira Sampaio não marcou pênalti claríssimo quando o jogo estava 0 a 0. Erro inaceitável também do chefe do VAR, Caio Max Augusto

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Pênalti evidente de Jorginho em Gustavo Gómez. Wilton Pereira Sampaio não marcou. O jogo estava 0 a 0. O árbitro mudou o rumo da partida Cesar Greco/Palmeiras

Dois minutos e 23 segundos do primeiro tempo.

Andréas Pereira cobra escanteio aberto.

Gustavo Gómez está sozinho na bola.

Jorginho deu espaço para o zagueiro palmeirense.


Para evitar que o paraguaio cabeceie com precisão, o flamenguista não pensa duas vezes.

Dá um empurrão com as duas mãos, que o desequilibra.


Pênalti claro para o Palmeiras.

Wilton Pereira Sampaio não marca a penalidade.


Assim como o chefe do VAR, Caio Max Augusto, se cala.

Os dois mudaram o rumo da partida mais importante do Brasileiro.

O Flamengo, segundo colocado, venceu o líder, o Palmeiras, por 3 a 2. Mas ninguém sabe o que aconteceria com o jogo se a penalidade fosse marcada e o time paulista saísse na frente do placar.

A interferência foi vexatória, porque Wilton Pereira Sampaio ficou a semana toda ‘preservado’, na granja Comary, concentração da Seleção Brasileira, para o ‘grande jogo’. E cometeu um erro inaceitável, para um ‘juiz Fifa’, que deve estar na próxima Copa do Mundo representando o país.

“O Flamengo é uma excelente equipe com um excelente treinador, não precisa de...

“Outras coisas.

“O Flamengo é bom o suficiente para dividir o jogo contra com qualquer equipe no Brasil.”

Abel Ferreira se conteve na entrevista coletiva.

Ele deixou que seu auxiliar falasse tudo o que a Comissão Técnica palmeirense pensou sobre o juiz, após a partida. João Martins foi expulso. Assim também como Piquerez.

“Fico triste porque acho que Sampaio é um bom árbitro, mas é um dos mais soberbos do futebol mundial. Estou há quase oito anos aqui.

“Ele tem alguma coisa contra o Palmeiras, com o sucesso do Palmeiras. Fico triste com isso. Ele fechou o microfone para falar besteira para mim.

“O que ele falou? Fica entre nós dois. Eu tenho um código (de honra). Eu tenho um código”, repetia, nervoso, Gustavo Gómez.

O zagueiro sofreu o pênalti de Jorginho.

“Não sinto que nenhuma equipe foi prejudicada pela arbitragem. E convenhamos, se tem uma equipe que não pode falar da arbitragem, são eles, o Palmeiras. Para mim é justo o resultado”, disse, orgulhoso e irônico, Filipe Luís.

“É o jogo mais importante, digamos assim. Tem os clássicos locais, claro. Onde o ambiente, a intensidade do jogo, ele iguala qualquer coisa. Mas o clássico brasileiro hoje, do alto nível, do futebol da Série A, é o Flamengo e o Palmeiras. São os dois melhores elencos da minha opinião. Merecemos vencer”, insistiu Filipe.

Pedro teve uma atuação de gala. Deu assistência, sofreu pênalti e marcou gol Gilvan de Souza/Flamengo

O jogo foi intenso.

Com o Palmeiras marcando a saída de bola do Flamengo, como se jogasse no Allianz e não no Maracanã, desde o início da partida.

Mas o pênalti não marcado e as falhas de Bruno Fuchs e de Aníbal Moreno foram fatais.

Arrascaeta, Jorginho (de pênalti) e Pedro foram letais.

Vitor Roque e Gustavo Gómez descontaram.

Pedro teve uma atuação de gala, com uma assistência mágica para o primeiro gol de Arrascaeta. Depois, sofreu pênalti. E ainda marcou o terceiro.

“Foi um jogo completo da nossa equipe, com uma atitude já desde o primeiro minuto de jogo, entendendo muito bem o jogo. E o Pedro hoje era parte fundamental da nossa estratégia para o nosso desafogo da equipe.

“Utilizamos o Pedro em todos os momentos e ele fez uma partida sublime, uma partida individual com nota artística, foi perfeito em todos os aspectos do jogo. Eu não sou o Ancelotti, mas um jogador que já jogou uma Copa do Mundo se credencia para outra”, elogiou Filipe Luís.

Não há resquício algum mais da briga entre ele e o jogador, que ficou afastado seis partidas em agosto, por não se dedicar aos treinos.

Abel se dizia orgulhoso do seu time.

O Palmeiras deu 20 arremates a gol, contra apenas seis do Flamengo. Mesmo com o clube carioca atuando no Maracanã, com o apoio de mais de 70 mil torcedores.

“Jogamos olhos nos olhos e na minha opinião criando dificuldades ao nosso adversário desde o primeiro segundo, mas a eficácia também conta. Nosso adversário nas vezes que conseguiu ir, na primeira que fez, fez gol, isso é fundamental. Mérito do nosso adversário.

“Tiveram um pênalti e fizeram um gol. A seguir quando estamos a propor jogo, há passes que não podemos falhar em função da qualidade do nosso adversário.

“Tivemos tempo e espaço para encontrar uma solução mais ao lado, mas o futebol é feito de erros e sou o primeiro que erro, estou para dizer que sinto orgulho do que minha equipe fez independentemente do resultado“, dizia o treinador português.

Abel Ferreira se conteve. E Filipe Luís, feliz e irônico. "Quem não pode reclamar de arbitragem é o Palmeiras' Cesar Greco/Palmeiras

A presidente Leila Pereira não foi ao Maracanã.

Por conta da briga pública com a direção flamenguista, por conta da divisão do dinheiro da Libra, não se sentiu segura. A rivalidade entre os dois clubes já foi para fora dos gramados.

O Palmeiras segue líder, apesar de ter os mesmos 61 pontos que o Flamengo. Por conta do número de vitórias, 19 contra 18. Restam dez partidas para os dois times, na luta pelo título nacional.

Mas ambos atuarão neste meio de semana, pela semifinal da Libertadores.

O Flamengo enfrentará o Racing, no Maracanã, na quarta-feira.

Na quinta o Palmeiras terá pela frente a LDU, no Equador.

Ou seja a revanche entre os dois clubes poderá acontecer.

E em um local propício, para o potencial de ambos.

Em Lima, no dia 29 de novembro.

Pela final da Libertadores.

Sem Wilton Pereira Sampaio...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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