Se o presidente tiver palavra, Neymar não volta ao Barcelona
Bartomeu, presidente do Barcelona, não poderia ser mais claro. 'O PSG continuará com Neymar'. Clube catalão negocia com Lautaro Martínez
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Não acho que o PSG coloque nenhum jogador no mercado."
"E Neymar continuará no PSG."
Sem meias palavras.
Foi assim que o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, definiu a situção do brasileiro para a temporada 2020/2021.
O dirigente foi direto ao falar ontem com o canal TV3.
Bartomeu está muito pressionado.
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Afirma que seu clube perdeu cerca de 100 milhões de euros, R$ 600 milhões, por mês pela pandemia. Como foram três meses sem futebol na Espanha, cerca de R$ 1,8 bilhão.
"O mercado que está chegando neste verão será muito diferente. Os grandes clubes serão limitados por problemas econômicos", confirmou o dirigente.
O dirigente sabe que o contrato de Neymar com o PSG termina só em junho de 2022. E não tem disponibilidade financeira para uma guerra jurídica com o PSG.
Mesmo com o brasileiro desejando o retorno à Catalunha.
Membros da diretoria do Barcelona seguem absolutamente contrários ao retorno do jogador. Pela maneira 'sorrateira' que ele deixou o clube, acertando em segredo com o PSG.
E também seu comportamento fora dos gramados não combina mais com a rigidez do clube, que também representa a vontade do povo catalão em se declarar independente da Espanha.
Bartomeu já deixou engatilhada a vinda de outro atacante. Lautaro Martínez, da Inter de Milão. A negociação deve ser confirmada ao final da temporada europeia.
"No caso de Lautaro, a negociação está encerrada agora, conversamos com a Inter há algumas semanas. Estamos em uma fase de análise", disse o presidente, mudando completamente o tom da resposta.
Voltar para o Barcelona ainda este ano sempre foi a grande motivação de Neymar.
Era o seu foco na disputa da Champions.
Pelas palavras do próprio presidente do Barcelona, Neymar precisará descobrir nova motivação.
O clube dos seus sonhos está fechando as portas para o retorno.
Como não há a obrigatoriedade de fixar multa rescisória na França, o PSG poderia pedir o quanto quisesse pelo atacante.
Desde que houvesse interessado.
O que é um enorme entrave.
E desestimula clubes a buscarem o brasileiro.
Vale lembrar também o rancor de Bartomeu.
Quando o brasileiro trocou o Barcelona pelo PSG, ele chegou a declarar.
"Cometemos o erro de confiar em Neymar e no seu pai."
A resposta do jogador foi dura.
"Esse presidente é uma piada."
Mas hoje, três anos depois, ninguém está rindo.
Se Bartomeu honrar sua palavra, Neymar pode esquecer.
Por mais que seja amigo de Messi e Suárez.
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