São Paulo pede para o Palmeiras não comprar Caio Paulista. Clube do Morumbi perdeu o prazo da contratação. Leila analisa 'chapéu'
A direção do São Paulo errou feio. Deixou passar o prazo para comprar o versátil Caio Paulista, que era no dia 15 de dezembro, junto ao Fluminense. Empresários ofereceram o atleta ao Palmeiras, que pode dar o 'chapéu'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A última vez que São Paulo e Palmeiras se envolveram em uma 'guerra' nos bastidores foi por Alan Kardec, em 2014.
O então presidente Carlos Miguel Aidar quebrou acordo de cavalheiros informal, feito no início da segunda década do século, a partir de de 2010, que perdurava entre os quatro grandes clubes de São Paulo.
Quando um atleta estava atuando pelo clube e iria renovar contrato, ninguém entraria em leilão, tumultuando a situação.
Mas Aidar não quis saber e mandou uma proposta financeira maior para o atacante, que acertava seu contrato com o Palmeiras.
Levou o jogador e o ódio da direção dos dirigentes rivais
Miguel Aidar ainda ironizou os palmeirenses, dizendo que o clube adversário 'se apequenou'.
A relação entre São Paulo e Palmeiras se tornou péssima, desde então.
Só foi amenizada quando Julio Casares assumiu a presidência no Morumbi.
Houve afagos, liberação do Palmeiras usar o estádio são paulino e o São Paulo a arena palmeirense.
Só que, neste final de ano, o versátil lateral Caio Paulista está abalando este delicado acerto.
O São Paulo tinha até o dia 15 de dezembro para efetivar a contratação do jogador.
Ele pertence 50% ao Fluminense e 50% ao empresário Eduardo Uram, do Tombense.
A direção paulista não exerceu a compra por 3,5 milhões de euros, cerca de R$ 18,7 milhões.
Acreditou que poderia conversar com mais tranquilidade depois de o clube carioca decidir o Mundial de Clubes. E conseguir o desejado parcelamento.
Mas acontece que empresários que costumam negociar jogadores do Tombense procuraram a direção de futebol do Palmeiras.
E ofereceram o atleta, detalhando que o São Paulo perdeu o prazo para efetivar a compra, ou seja, 'abriu mão' do jogador.
A notícia foi vista com interesse pelo executivo Anderson Barros.
Abel Ferreira é fã da versatilidade, velocidade e personalidade do jogador, que inclusive provocou o rival, na noite que foi eliminado pelo Boca Juniors, no dia 5 de outubro. Postou uma foto de uma taça de vinho com a seguinte legenda: "Vou dormir triste hoje".
Caio Paulista foi muito ofendido por torcedores palmeirenses nas redes sociais.
Mas aos 25 anos seria um reforço importante para se revezar com Piquerez. O jogador da Seleção Uruguaia disputará, por exemplo, a Copa América, no meio do próximo ano. Enquanto o Campeonato Brasileiro seguirá.
Ao saber dessa movimentação do departamento de futebol do Palmeiras, o treinador Dorival Junior tratou de avisar o presidente do São Paulo, Julio Casares. Dorival considera o lateral fundamental para a campanha de 2024, que tem como meta a Libertadores.
Casares entrou em contato com a direção do Fluminense e reiterou que quer exercer o direito da compra.
Só que ele sabe que perdeu o prazo.
Ou seja, o Palmeiras está à vontade para comprar o atleta.
Mas Casares decidiu apelar à proximidade que os clubes reconstruíram.
E está tentando demover a direção palmeirense da contratação.
Postura que divide dirigentes no Palestra Itália.
Já que o Palmeiras não atravessaria a negociação.
Porque ela não existiria, já que o São Paulo perdeu o prazo.
Além disso, Casares tenta convencer Caio Paulista a ficar.
Porque o clube do Morumbi resgatou a carreira do jogador.
Leila Pereira não se mostra disposta a comprar guerra com o São Paulo.
A postura do Palmeiras é se posicionar como primeiro interessado.
Não entrar em leilão.
E se o rival não se acertar com o Fluminense, investir de verdade no jogador.
Frio, o empresário Eduardo Uram, peça fundamental na negociação, quer saber como Caio Paulista poderá ser melhor recompensado.
O grande erro foi do São Paulo.
Por perder o prazo para comprar o jogador.
Ficar com o atleta está nas mãos do Palmeiras...
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