São Paulo fecha com Aguirre. O uruguaio chega amanhã

Está tudo acertado.

Diego Aguirre aceitou o convite e será o novo treinador do São Paulo.

A previsão é que viaje amanhã de manhã do Uruguai para o Brasil.

Aguirre deverá estar no Morumbi amanhã no Morumbi, para acompanhar o jogo contra o Red Bull. A partida definirá a posição do clube na fase decisiva do Campeonato Paulista.

Como terá de conseguir o visto de estrangeiro para trabalhar no país, não comandará a equipe contra o CRB, em Alagoas, pela Copa do Brasil. André Jardine, que foi efetivado como auxiliar permanente do São Paulo, estará à frente nos dois jogos.

Agora ficou mais transparente o que levou à demissão de Dorival Júnior. A obsessão do inseguro Leco pela conquista do Campeonato Paulista. Ele foi convencido por Raí, Ricardo Rocha e Lugano que o clube precisa voltar a ser campeão. O último título foi a Sul-Americana, em 2012.

E o presidente, com esse conselho em mente, definiu que o São Paulo precisava de um 'choque de gestão'. Alguém com vivência e capacidade para motivar o elenco, nos mata-matas do Paulista. Lugano indicou Aguirre. Ricardo Rocha e Raí concordaram imediatamente. Assim como o inseguro Leco, que adora treinadores estrangeiros.

Lugano foi o maior defensor de Aguirre na cúpula do São Paulo. Explicou que ele foi seu primeiro treinador, no Plaza Colonia. E detalhou que ele sabe como incentivar um grupo, passar confiança aos jogadores. E também apostar em jovens talentos. 

Raí quer exatamente isso. Que o efeito da chegada do treinador seja forte o suficiente para empolgar os jogadores nas partidas decisivas do São Paulo no Campeonato Paulista. Ele via que Dorival não conseguia motivar o time, suas ordens não surtiam efeito. Por mais que gritasse, cobrasse, já não tinha o comando do vestiário. A ameaça constante de demissão foi minando sua autoridade. Tanto que no jogo contra o Palmeiras, Jean e Rodrigo Caio se xingaram e quase se agrediram. Situação que só deu mais moral ao adversário. Dorival Júnior nada fez.

Até porque Rodrigo Caio era o último jogador a apoiá-lo. Não queria sua demissão de jeito algum.

A esperança do inseguro Leco é que Aguirre incendeie o time. Implante a famosa garra uruguaia. Para que o elenco com menos potencial que o Corinthians, Palmeiras e Santos, consiga ser a zebra e vencer o Paulista.

O treinador terá tudo o que precisar para mudar profundamente o perfil do acomodado, lento, incompetente time de Dorival Júnior.

Se Raí, Ricardo Rocha e Lugano estão animados. O mesmo não acontece com conselheiros e mesmo membros do Conselho de Administração do São Paulo.

Eles têm informações desanimadoras do trabalho de Aguirre no Internacional e no Atlético Mineiro. E esperavam um nome mais vencedor do que o do uruguaio.

Mas pesou a profunda e antiga amizade de Juan Figer e Leco.

O empresário convenceu o presidente que Aguirre conseguirá o tal 'choque de gestão'.

O impasse era dinheiro e tempo de contrato.

Tudo foi acertado.

Conselheiros ligados a Leco garantem que o acerto será longo.

Até o final de 2019.

Leco, a princípio, o queria até o fim de 2018.

O anúncio oficial da contratação deverá ser feito neste domingo.

Pelo site do São Paulo...

(O acerto foi fechado até o fim do ano. 

Com possibilidade de renovação até o final de 2019...)