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Sampaoli e Tite vivem o pior momento em suas carreiras. Em suas vidas. Mesmo assim, direção do Santos tem os dois como prioridade para escapar da Segunda Divisão

As informações da assustada imprensa santista apontam para os dois veteranos técnicos, como substitutos de Cléber Xavier. Jornalistas ligados a Marcelo Teixeira apostam em Sampaoli

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Na Rússia, Tite comandava a Seleção. E Sampaoli, a Argentina. Tudo mudou Reprodução/Arquivo Pessoal

Moscou, 2018.

Tite comandava a Seleção Brasileira.

Jorge Sampaoli, a Argentina.

Além do sonho em ganhar a Copa, ambos tinham uma certeza.


Depois do Mundial começariam próspera e longa carreira na Europa.

Era o que os dois ardentemente desejavam.


Só que vieram os fracassos.

O brasileiro não conseguiu fazer seu time passar das quartas, caindo diante da emergente Bélgica.


Ainda se sustentou para a Copa de 2022, mas fracassou de novo, nas quartas, para a também emergente Croácia.

Lógico que as portas da Europa ficaram fechadas para o treinador que não conseguiu levar o Brasil sequer a uma semifinal de Mundial.

Quebrou a própria palavra, de maneira pública. Prometeu que não trabalharia em 2023 no futebol brasileiro. “Podem me chamar de mentiroso, se eu assumir um clube.”

Mentiu.

Assumiu o Flamengo, em 9 de outubro de 2023.

E fracassou outra vez.

Foi sumariamente demitido em 30 de setembro de 2024, depois de ter sido xingado por todo estádio do Maracanã, contra o Peñarol. Ouviu, humilhado o coro: “Ei Tite, vai tomar no...”

Ficou abalado psicologicamente com o rumo que tomou sua carreira, acumulando fracassos e descrédito.

Chamado para assumir o Corinthians, clube que o levou à Seleção e ele virou as costas três vezes, teve ataque de ansiedade. Era madrugada do dia 22 de abril deste ano, as malas estavam feitas para vir do Rio para São Paulo.

Tite fez tratamento psicológico.

Seu filho Matheus, o auxiliar Vinicius Marques e o preparador físico Fábio Mahseredjian, que trabalhavam com o demitido Cleber Xavier, seguirão no Santos.

E são os trunfos de Teixeira para que volte a trabalhar.

Já os últimos sete anos de Jorge Sampaoli foram também muito complicados.

Ele acumulou trabalhos inconsistentes.

Assumiu o Santos. Fracassou no Paulista, na Copa do Brasil. E foi vice brasileiro. Acumulou inúmeros problemas com jogadores e diretoria. Tinha contrato de dois anos e só cumpriu um.

Depois, foi a peso de ouro para o Atlético. Conseguiu apenas o Mineiro. Seu contrato era também de dois anos. Ficou um, desgastado com os dirigentes.

Jorge Sampaoli montou Santos competitivo. Mas brigou com a direção por conta da falta de reforços, promessas não cumpridas. Foi embora Ivan Storti/Santos

Assumiu o Olimpique de Marseille. Deveria ficar dois anos. De novo, brigou com dirigentes. Saiu faltando 12 meses.

Foi para o Sevilla, onde havia trabalhado. Contratado em outubro de 2024. Deveria ficar até junho de 2024. Foi despachado, pelo fraco trabalho, em março de 2023.

Assumiu o Flamengo em abril do mesmo ano. Criou inúmeros problemas de relacionamento. Seu preparador físico Pablo Fernández deu um soco no rosto de Pedro.

Sampaoli foi demitido em setembro de 2023.

Só voltou a trabalhar em 11 de novembro de 2024, no Rennes,da França. Tinha contrato até junho de 2026. Mas já em fevereiro de 2025, após apenas dez jogo, com três vitórias e sete derrotas, veio a demissão sumária.

Seguiu recluso, irritado, não querendo falar com a imprensa. Aos 65 anos se mostrava desiludido, de acordo com jornalistas argentinos. Mas está rico.

Assim como Tite, aos 64 anos, não tem do que reclamar de sua situação financeira.

Quem assumir o Santos sabe que restam 19 partidas no ano.

O elenco é limitado. O clube deve mais de R$ 1 bilhão.

Não existe dinheiro para grandes contratações.

Tite foi o treinador da Seleção que mais protegeu Neymar. Este é um grande trunfo para assumir o Santos Reprodução/Instagram Neymar

Há Neymar, com 33 anos e meio, como principal estrela.

A pressão na Vila Belmiro está enorme.

Ainda mais depois do 6 a 0 para o Vasco, ontem.

O desafio já seria enorme aos dois no auge.

Eles estão no pior momento da carreira.

Desacreditados.

Desgastados até na vida pessoal.

Esses são os treinadores que Marcelo Teixeira analisa.

Depois do desgosto que foi entregar o Santos para Pedro Caixinha.

E Cleber Xavier...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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