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Sampaoli deu seu cartão de visitas. Torrent deu saudade de Jesus

Atlético teve coragem e travou o Flamengo em pleno Maracanã. Sampaoli surpreendeu. Torrent, desesperado, terminou o jogo com cinco atacantes

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

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São Paulo, Brasil

O cartão de visitas do Atlético Mineiro, de Jorge Sampaoli, foi entregue.

Logo na primeira rodada.

O time de mais de R$ 130 milhões, montado para vencer o Brasileiro, derrotou o campeão da Libertadores, Flamengo, em pleno Maracanã, por 1 a 0, gol contra de Filipe Luís.


O estreante Domènec Torrent não queria perder na sua estreia, de jeito algum. Para começar a espantar a sombra de Jorge Jesus, multicampeão. Tanto que seu time terminou a partida com cinco atacantes.

Mas não houve jeito.


A vitória premiou a coragem, a determinação, a volúpia de Sampaoli.

Nestes novos tempos, de intercâmbio, chegada de ótimos treinadores estrangeiros ao Brasil, o duelo tático entre o catalão Torrent e o argentino Sampaoli lembrou confrontos de xadrez.


Sampaoli, mesmo com o time desentrosado, teve a ousadia de sair marcando o Flamengo na saída de bola. A ordem era sufocar, não permitir que o time carioca trocasse passes, tivesse espaço para articular suas jogadas.

A posse de bola, no entanto, é uma obsessão de Torrent, que foi auxiliar técnico de Pep Guardiola por 11 anos.

Flamengo teve posse de bola. Mas o Atlético marcou muito bem
Flamengo teve posse de bola. Mas o Atlético marcou muito bem

Embora respeitasse a maneira do Flamengo de Jorge Jesus jogar, o novo treinador exigiu mais troca de passes, compactação. E menos passes longos, velocidade.

Foi um pequeno choque, já que os campeões da Libertadores decoraram a maneira que Jesus o colocava para atuar. E deu excelentes resultados.

Sampaoli começou a partida, de forma surpreendente, com três zagueiros, adiantando seu time, para tentar encurralar o Flamengo.

Mas, por sorte, não tomou o gol.

Aos sete minutos, Gerson lançou e Bruno Henrique ganhou de cabeça do goleiro Rafael, que saiu da área, desesperado. Mas o atacante adiantou um pouco a bola e diminuiu seu ângulo e, mesmo com o gol vazio, chutou na trave.

Poderia ter servido Gabigol, livre.

Bruno Henrique tinha o gol aberto. E Gabigol livre. Chutou na trave
Bruno Henrique tinha o gol aberto. E Gabigol livre. Chutou na trave

O Atlético seguiu firme, com suas jogadas agudas.

E, aos 23 minutos, Arana desceu pela esquerda, apoiando.

Cruzou firme, Filipe Luís, que completava 35 anos hoje, tocou na bola de canela esquerda e fez gol contra. 

Atlético Mineiro 1 a 0.

O jogo ficou ainda mais eletrizante.

Com o Flamengo insistindo na posse de bola, criando e desperdiçando chances. Com Arrascaeta e Gabigol

O Atlético Mineiro voltou no segundo tempo com dois zagueiros. Sampaoli, ousado, tirou seu time do 3-6-1 para o 4-5-1. Sua decisão era para dar mais firmeza no nascedouro das jogadas, na intermediária. E também ter a defesa melhor postada.

Torrent se deixou levar pela emoção.

Diante da forte marcação atleticana, tirou os articuladores e cerebrais Arrascaeta e Everton Ribeiro. Colocou dois atacantes. Michael e Pedro. E um volante, Gerson, para outro jogador ofensivo, Vitinho.

Sampaoli mudou o esquema tático durante o jogo. Ousadia premiada
Sampaoli mudou o esquema tático durante o jogo. Ousadia premiada

O Flamengo ficou com Gabigol, Bruno Henrique, Pedro, Michael e Vitinho. Cinco atacantes.

Desespero puro.

Sampaoli foi esperto.

Travou ainda mais a intermediária.

E venceu o jogo sem passar mais sustos.

O Flamengo teve 64% de posse de bola.

Mas nos 36%, o Atlético mostrou eficiência.

E coragem para sufocar o campeão da Libertadores, em casa.

Conseguiu uma vitória animadora.

O clube viverá o lado bom das eliminações precoces da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana.

Sampaoli tem o foco total no Brasileiro.

Já foi segundo em 2019, com o elenco limitado do Santos.

Agora, tem um time muito melhor, nas mãos.

O Flamengo vive seu momento de transformação.

De adaptação a Domènec Torrent.

E tem a Libertadores, a Copa do Brasil para se preocupar.

Além de tentar manter a hegemonia no Brasileiro.

Não será fácil.

A sombra de Jorge Jesus permanece...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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