Rony, que sonhava com o Corinthians, é do Palmeiras
O atacante já havia até conversado com Tiago Nunes. Queria jogar no Corinthians. Só que faltou dinheiro. Por isso, acaba de fechar com o rival Palmeiras
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Rony não era prioridade no Palmeiras.
Por um motivo muito simples.
Porque, para a diretoria e para Vanderlei Luxemburgo, o jogador já estava acertado com o Corinthians.
Desde o final do ano passado, o jogador vinha conversando com Tiago Nunes.
Estava empolgado em atuar na nova equipe que o seu ex-treinador do Athletico prometia montar no Parque São Jorge.
O clube paranaense pedia 12 milhões de euros, cerca de R$ 56 milhões de euros, ou 6 milhões de euros, perto de R$ 28 milhões, por 50% dos seus direitos.
Andrés Sanchez se animou. Contabilizava a economia de 5 milhões de euros, cerca de R$ 23 milhões, na contratação de Luan. Tinha a certeza que a cúpula do patrocinador BMG aceitaria antecipar esse valor.
Errou.
Ao saber que a negociação havia travado, Anderson Barros,novo executivo de futebol do Palmeiras, entrou em ação. Ele queria marcar sua chegada, no lugar do demitido Alexandre Mattos, com a contratação de um artilheiro.
E, se valendo de sua amizade com Mario Celso Petraglia, perguntou se havia a possibilidade de o Palmeiras ficar com Rony, caso desse errado a negociação com o Corinthians.
Petraglia disse que 'sim'.
Só que ao mesmo tempo, Dorival Júnior,o novo treinador da equipe paranaense implorou para que os dirigentes segurassem Rony.
Mas a relação entre o homem que comanda o Athletico e os empresários de Rony havia se deteriorado. Por conta dos direitos que ficariam com o jogador. Tempo de um novo contrato. Salários.
Propostas foram feitas e desfeitas.
Salários combinados e que na hora do acerto foram diminuídos.
A torcida athleticana comemorou à toa.
Apesar de ser anunciada a sua permanência, o atacante jamais assinou novo contrato.
O ressentimento dominou os contatos.
O Corinthians já havia desistido há muito tempo.
Foi quando Anderson Barros recebeu uma ligação direta de Petraglia.
Se o Palmeiras pagasse 6 milhões de euros, 50% do atacante, seria do clube. E o artilheiro seria liberado imediatamente.
Foi o que aconteceu.
Barros consultou Mauricio Galiotte. O presidente entrou em contato com Vanderlei Luxemburgo e o treinador insistiu que seria um excelente negócio. Precisava de um jogador veloz, artilheiro, para atuar pela esquerda do ataque.
Rony, a esta altura, já havia desistido da sua grande vontade de jogar pelo Corinthians.
E pensou no excelente contrato que o Palmeiras oferecia.
Seus salários de R$ 200 mil passariam a R$ 420 mil. Mais bônus de 10% ao ano. Fora 500 mil dólares de luvas, R$ 2,3 milhões. Para acabar o impasse que havia entre o atleta e o clube paranaense.
O jogador, a princípio, teria direito a 50% dos seus direitos. Ou seja, R$ 14 milhões desta transação fechado com o Palmeiras. O Athletico oferecia, no máximo, 1 milhão de euros, cerca de R$ 4,7 milhões. Por esse dinheiro, o atacante não iria sair. Foi quando o clube paulista ofereceu mais 500 mil dólares e aumentou seu salário.
Aí, tudo foi fechado.
Tiago Nunes lamentou por dois motivos.
O primeiro é que o Corinthians não teve dinheiro para trazer o jogador.
O segundo: foi para o maior rival.
Luxemburgo está rindo à toa.
Conseguiu um atacante importante, decisivo.
No auge de sua forma física.
Com 24 anos.
Com quem já não contava...
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