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Rogério Ceni tomou um banho de humildade com fracasso no Cruzeiro

Técnico entendeu que o relacionamento com os dirigentes é fundamental. E volta, agradecido, ao Fortaleza, onde conquistou 3 títulos em um ano e meio

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Contrato 'de risco' de três meses pode ser ampliado por todo 2020
Contrato 'de risco' de três meses pode ser ampliado por todo 2020 Contrato 'de risco' de três meses pode ser ampliado por todo 2020

São Paulo, Brasil

A autosuficiência e a incapacidade de assumir erros sempre pesaram na carreira como jogador de Rogério Ceni.

O atrapalhou na seleção brasileira.

Ficou famosa a frase que disse após um amistoso que jogou contra o Barcelona, em 1999. A seleção vencia por 2 a 0, gols de Ronaldo e Rivaldo. o jogador falhou infantilmente nos gols de Luis Enrique e Cocu.

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Perguntado sobre sua atuação, a resposta foi lapidar.

"Acho que fiz uma boa partida, mas por dois lances isolados ninguém percebeu isso. As bolas poderiam ter escapado das minhas mãos e algum dos zagueiros ter tirado de cabeça.

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Mas infelizmente saíram dois gols.

Foi uma boa atuação e, se não tivesse saído esses dois gols, teria sido uma das melhores atuações de um goleiro nos últimos tempos pela seleção."

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No São Paulo ele também não admitia falhas.

Assim como quando começou a trabalhar como treinador, no Morumbi.

Mas os maus bocados que passou no Cruzeiro o fizeram mudar sua postura.

Não para a imprensa, para os torcedores.

Ao presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, admitiu o erro de largar o clube nordestino, com dirigentes que conhece a fundo ao apostar na cúpula do Cruzeiro.

Ceni foi abandonado por Wagner Pires e, principalmente, Itair Machado. Eles preferiram ficar com Thiago Neves, Dedé, Fred e Edílson.

Já tinha sido usado pelo inseguro Leco, que o teve como cabo eleitoral. E sabotou seu trabalho, vendendo jogadores que o técnico tinha a certeza que não sairiam do São Paulo.

Ao assinar seu 'contrato de risco' com o Fortaleza, Ceni ouviu a indignação do dirigente nordestino diante da postura de Pires e Itair.

"Eu só lamento quando a coisa se inverte, quando é o jogador que está definindo. Isso eu não concordo, e aqui no Fortaleza isso não vai acontecer. Enquanto eu estiver, jogador não vai mandar em treinador", disse o presidente, amenizando aos jornalistas cearenses o que disse a Ceni.

Quanto ao contrato de três meses que o técnico assinou com o Fortaleza, recebendo os mesmos R$ 250 mil quando saiu, ele pode ser estendido por todo 2020.

Desde que o clube cearense sobreviva na Série A.

Este é o objetivo de Paz.

Ceni se sente em dívida com o Fortaleza.

Por ter saído ao receber o convite do Cruzeiro.

E, principalmente, pela acolhida de volta.

O clima entre o treinador e clube é ótimo.

Ao ver os dirigentes escolherem os jogadores e não ele, Ceni compreendeu.

Não está acima do bem e do mal.

Foi solenemente preterido.

Tomou uma lição de humildade em BH.

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