Rodrygo foi o herói inesperado. Dois gols do brasileiro. E o Real Madrid virou contra o City. Está na final da Champions
O atacante de 21 anos conseguiu marcar aos 45 e aos 46 minutos do segundo tempo. Garantiu a virada do Real Madrid por 2 a 1. E a prorrogação. Benzema, de pênalti, confirmou a chegada à final
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Rodrygo foi o grande personagem da histórica virada do Real Madrid, que garantiu o clube espanhol na final da Champions League de 2022.
O atacante brasileiro só entrou aos 22 minutos do segundo tempo, no lugar de Kroos, cinco minutos depois, viu Mahrez marcar 1 a 0 para o Manchester City, em Madrid.
Os torcedores espanhóis que lotavam o estádio Santiago Bernabéu se desesperavam. Guardiola já havia reforçado a marcação, quando Rodrygo entrou em ação.
Aos 45 minutos, Camavinga levanta a bola e Benzema se estica, desvia para a entrada fulminante de Rodrygo, que empata o jogo em 1 a 1.
Mas como o City havia vencido a primeira partida por 4 a 3, o Real Madrid precisava do segundo gol.
E ele veio.
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Um minuto depois, aos 46, Carvajal cruza, Asensio só consegue desviar a bola, mas Rodrygo estava atrás dele, e complementa de cabeça. 2 a 1, Real Madrid.
Prorrogação.
O Manchester City perdeu toda a confiança com a virada nos minutos finais.
O Real Madrid, empolgado, pressiona o time inglês. Sentia a chance de chegar à decisão. E ela se concretizou quando Rúben Dias derrubou Benzema.
O artilheiro francês não desperdiçou.
Com personalidade, deslocou Ederson, e marcou 3 a 1.
No restante da prorrogação, muita luta dos dois grandes times.
Mas o Real Madrid conseguiu a espetacular virada.
E garantia de chegada à decisão da Champions League.
O maior vencedor da competição, com 13 títulos, lutará no dia 28, em Paris, pelo 14º com o Liverpool.
Enquanto isso, o Manchester City vive a frustração.
Apesar da campanha espetacular, garantida pelo trabalho excepcional de Guardiola, segue sem conseguir ganhar o torneio.
A semifinal foi sensacional.
O Manchester City chegou para a Espanha com a vantagem de poder empatar. O time de Pep Guardiola havia se imposto no primeiro jogo, na Inglaterra, em um inesquecível 4 a 3.
O italiano Carlo Ancelotti sabia do potencial incrível do rival. E tratou de começar a partida de maneira surpreendente. Nada de pressão absoluta na saída de bola. Havia o medo absoluto dos contragolpes em velocidade do City, como aconteceu várias vezes em Manchester.
O primeiro tempo foi de muita técnica. Com o time inglês controlando o jogo, tendo posse de bola, trocando passes, não só administrando a vantagem, mas lutando para marcar, decidir a semifinal.
O Real Madrid, no entanto, teve a chance de sair na frente, não fosse Vinicius Junior precipitado na hora do arremate, cara a cara com Ederson, seu principal pecado como jogador. O habilidoso atacante mandou a bola por cima.
No início do segundo tempo, de forma literal, na saída de bola do Real Madrid, Vinicius Júnior teve a coragem de desperdiçar outro gol incrível. Kroos lançou Carvajal. O lateral cruzou, a bola chegou até a pequena área, no pé esquerdo do brasileiro. Mas, precipitado, ele bateu para fora.
O clube espanhol voltara diferente, muito mais agressivo. Ancelotti adiantou seu meio-campo e partiu para o confronto. Era tudo ou nada. O espaço se abriu para os contragolpes do City.
E aos 27 minutos, um duro golpe no Real. Gundogan, que havia entrado no lugar de De Bruyne, descobriu Bernardo Silva livre. Ele tem todo o espaço para servir Mahrez, que bate forte, surpreendendo Courtois. 1 a 0, City.
O Real Madrid não tinha outra opção a não ser ir para o tudo ou nada.
Guardiola tratou de travar a intermediária.
O jogo ia caminhando para o seu final.
Aos 39 minutos, Guardiola trocou o atacante Mahrez pelo volante Fernandinho. Queria amarrar, travar o jogo.
Só que a sina do Real Madrid, como maior vencedor da Champions, encarnou Rodrygo.
Vieram os dois gols.
O terceiro, decisivo, de Benzema na prorrogação.
E o Real Madrid chegou à sua 17ª decisão do torneio mais desejado.
Enquanto isso, o Manchester City fracassou outra vez.
Jamais venceu a competição...
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