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Cosme Rímoli - Blogs

Richarlison espetacular. O Brasil mostrou a que veio no Catar. 2 a 0 foi pouco. A Sérvia escapou de goleada

Tite respeitou o DNA ofensivo brasileiro. E com quatro atacantes enlouqueceu os defensores sérvios. Richarlison mostrou que é o artilheiro do qual a Seleção precisa. A camisa 9 foi resgatada. Gols. Um, maravilhoso

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Richarlison mostrou oportunismo e talento. A camisa 9 do Brasil está muito bem representada
Richarlison mostrou oportunismo e talento. A camisa 9 do Brasil está muito bem representada

Doha, Catar

Richarlison havia se proposto uma missão difícil.

Superar seu companheiro de Tottenham, que foi artilheiro da Copa de 2018, com seis gols. 

Na Copa do Mundo são apenas sete partidas para um time ser campeão.


Ele teria de começar a marcar hoje, contra o difícil time sérvio.

E seu oportunismo, presença de área, foi fundamental.


Além de talento, para marcar os dois gols que definiram o jogo.

Ele foi a prova de que o Brasil pode e deve atuar com seu máximo poder ofensivo.


2 a 0 foi um excepcional cartão de visita ao Mundial.

Em Lusail, o estádio que abrigará a final da Copa, no domingo, dia 18 de dezembro.

A vitória traz confiança, liderança no grupo G.

Segunda-feira, o time de Tite enfrenta a Suíça.

E sem mistério, com seus quatro atacantes.

Richarlison já é um dos artilheiros da Copa.

Só neste ano, com a camisa do Brasil foram sete partidas, cinco como titular.

E nove gols.

Richarlison se aproveitou de uma defesa atormentada por Neymar, Vinicius Junior e Raphinha
Richarlison se aproveitou de uma defesa atormentada por Neymar, Vinicius Junior e Raphinha

Impressionado pelo rendimento de Vinicius Junior, Tite resolveu apostar nos quatro atacantes, tirando do time Fred. Apenas Casemiro pela esquerda e Paquetá pela direita para travarem a intermediária.

Ele tinha a certeza de que Dragan Stojkovic iria colocar a Sérvia da mesma maneira que conseguiu jogar com Portugal na repescagem europeia.

Com um poderoso sistema 5-4-1. A intenção dos sérvios era mesmo atrair os brasileiros para contragolpearem, principalmente pela direita, se aproveitando que Vinicius Junior não voltava, deixava Alex Sandro exposto.

O veloz time de Tite precisava de espaço para driblar, contragolpear. Só que era tudo que a Sérvia negava. Com um poder de concentração impressionante, a cada retomada de bola do Brasil, a rapidez com que o sistema defensivo era montado travava o sonhado quarteto Neymar, Raphinha, Richarllison e Vinicius Junior.

Neymar, como meia, era marcado por setor. Raphinha e Vinicius Junior tinham marcadores específicos e ainda cobertura. 

Contra um esquema tão forte, duro de marcação, haveria a necessidade de movimentação constante de Neymar. De nada adiantava os dois ponteiros do Brasil abertos nas laterais, se não tinham o apoio de Danilo e de Alex Sandro. Eles são defensivos por natureza.

O jogo monótono interessava demais aos europeus. Eles apostavam na irritação, na ansiedade brasileira. Só que não contavam que Tite havia insistido demais que mantivessem a paciência, não desmanchassem a estrutura tática defensiva, para tentar marcar um gol de qualquer forma.

A única maneira de desmanchar essa barreira era com lançamentos de trás, principalmente para Vinicius Junior, entre os zagueiros. Ele teve duas oportunidades, mas a defesa sérvia conseguiu travar o chute. 

O gol espetacular de Richarlison foi clicado de vários ângulos. Impressionate
O gol espetacular de Richarlison foi clicado de vários ângulos. Impressionate

O primeiro tempo foi sem emoções por conta do trabalho perfeito de marcação de Stojković e da falta de jogadas pelos lados de campo. Para os sérvios, o empate em 0 a 0 seria excepcional, porque Suíça e Camarões são adversários muito mais fracos no grupo.

No segundo tempo, Tite adiantou suas linhas de vez, para marcar os sérvios por pressão. Adiantou, como deveria, principalmente Alex Sandro. Ele sabia que a responsabilidade era toda brasileira.

Neymar também passou a atuar onde mais gosta, na esquerda, criando problemas para para o sistema de marcação sérvio.

As faltas passaram a ser mais duras, para travar os brasileiros.

Aos 14 minutos, Alex Sandro fez o que estava faltando. Chutou de fora da área, com violência. A bola beijou a trave direita do goleiro Vanja.

A pressão brasileira era imensa, o nervosismo servio era evidente.

O estádio de Lusail se preparava para o gol.

E ele veio. Casemiro descobriu Neymar, que tentou a jogada, mas a bola sobrou para Vinicius Junior, que chutou forte, cruzado, Vanja rebateu e Richarlison tocou com convicção para as redes.

Brasil 1 a 0, mais do que merecido.

O gol deu mais mais confiança aos brasileiros e assustou os sérvios, impressionados pelo volume de jogo.

E aos 27 minutos veio o gol consagrador.

A acrobacia de Richarlison que, com certeza, será uma dos gols mais bonitos desta Copa
A acrobacia de Richarlison que, com certeza, será uma dos gols mais bonitos desta Copa

Vinicius Junior pedalou, depois cruzou de efeito para Richarlison. Ele dominou a bola e deu uma virada no alto, com um salto acrobático lindíssimo.

Estufou as redes da Sérvia com prazer.

2 a 0, Brasil.

Casemiro ainda acertaria o travessão.

A pressão seguiu, e a Seleção teve até chance de golear.

A estreia foi excelente.

Vitória de um time corajoso, que parece ter redescoberto seu DNA.

A Seleção Brasileira nasceu para atacar.

E Richarlison é muito melhor que Harry Kane...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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