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Cosme Rímoli - Blogs

Revoltante a arbitragem em Curitiba. Salvou o Athletico Paranaense. Palmeiras vai protestar, com razão, na CBF

Zé Inaldo deu uma cotovelada maldosa em Endrick. Deveria ter sido expulso a um minuto de jogo. Jean Pierre Gonçalves e o responsável pelo VAR decidiram pela não expulsão. Mudaria a partida, que acabou em 2 a 2

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Revoltante a não expulsão de Zé Inaldo, depois de cotovelada violenta em Endrick. Erro inaceitável da arbitragem
Revoltante a não expulsão de Zé Inaldo, depois de cotovelada violenta em Endrick. Erro inaceitável da arbitragem

São Paulo, Brasil

Jean Pierre Gonçalves Lima, árbitro de campo.

Daniel Nobre Bins, árbitro Fifa de VAR.

Os dois ajudaram de forma constrangedora o Athletico Paranaense a empatar com o Palmeiras, em 2 a 2, em Curitiba.


Logo no primeiro minuto de jogo, o zagueiro Zé Ivaldo acertou uma cotovelada intencional, violenta em Endrick, dentro da grande área.

Como se fosse punição demais marcar o pênalti e expulsar o jogador do Athletico, ambos decidiram apenas pelo cartão amarelo.


Absurdo.

Evitaram que o time dono da casa ficasse com um jogador a menos os 89 minutos que restavam para a partida acabar.


Ainda durante o jogo, conselheiros do Palmeiras já recebiam a informação: a direção vai protestar de forma veemente contra a arbitragem de Jean Pierre e de Daniel Nobre.

É o mínimo que o clube tem de fazer diante da situação inaceitável.

O time de Abel, que começou o jogo com apenas três titulares, poupando os demais para o confronto de quarta-feira com o São Paulo, na primeira partida das quartas da Copa do Brasil, no Morumbi, foi enormemente prejudicado.

Zé Inaldo continuou em campo.

"Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou eu hoje aqui, porque mais uma vez... Entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem que é o futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários.

"Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganharem, foi o que mais uma vez se passou hoje. Entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos. Entendemos isso.

"É por coisas assim que o futebol brasileiro não tem credibilidade lá fora", disse, de forma direta, o auxiliar João Martins, que estava no banco, já que Abel Ferreira estava suspenso.

Apesar da equipe totalmente desentrosada, o Palmeiras foi muito melhor que o Athletico Paranaense, principalmente no primeiro tempo.

Gustavo Gómez revoltado pela não expulsão de Zé Inaldo. O juiz Jean Pierre prejudicou o Palmeiras
Gustavo Gómez revoltado pela não expulsão de Zé Inaldo. O juiz Jean Pierre prejudicou o Palmeiras

Não há como, no entanto, não destacar a displicência de Endrick na cobrança do pênalti que sofreu. Não tomou muita distância. Bateu bem fraco, tentando humilhar o goleiro Léo Link, que não teve o menor trabalho em defender.

Abel Ferreira tem a obrigação de cobrar Endrick. O garoto de 17 anos precisa aprender a ter mais seriedade na cobrança de pênalti. Foi péssima a sua decisão. E só estimulou os paranaenses, que já haviam sido ajudados pela arbitragem.

O treinador Wesley Carvalho, que tem uma filosofia de jogo totalmente diferente da do demitido Paulo Turra, muito mais ofensivo, moderno, montou o Athletico no 3-6-1, com muita movimentação, para tentar sufocar o Palmeiras.

Só que, no primeiro tempo, Richard Rios, Naves, John John e Luiz Guilherme tiveram excelente atuação e conseguiram controlar o ímpeto do Athletico, com marcação adiantada, na intermediária adversária.

Do outro lado, o talento, a explosão muscular de Vitor Roque impressionavam. Ele sozinho desestabilizava a defesa palmeirense.

O Palmeiras improvisado, mas muito bem organizado, mostrava não só coragem como confiança nos contragolpes. E foi assim que Endrick se recuperou do pênalti que desperdiçou.

Ele correu com muita consciência, às costas de Thiago Heleno, e cabeceou livre no cruzamento de Breno Lopes. E marcou 1 a 0 para o Palmeiras, aos 21 minutos do primeiro tempo.

O Athletico estava encurralado. Taticamente, a equipe paulista sufocava a saída de bola e teve o controle de todo o primeiro tempo.

Victor Roque mostrou, mais uma vez, que é uma das grandes revelações do futebol brasileiro
Victor Roque mostrou, mais uma vez, que é uma das grandes revelações do futebol brasileiro

Na segunda etapa, o cenário seguia o mesmo.

E, aos 11 minutos, Gabriel Menino tabelou com Breno Lopes e bateu colocado. A bola desviou em Thiago Heleno e enganou Léo Link. 2 a 0, Palmeiras.

Mesmo os entusiasmados torcedores atleticanos que lotavam a Ligga Arena se desanimavam. Era necessário acontecer algo fora do comum para mudar o destino da partida.

E aconteceu.

Aos 18 minutos, Vitor Roque chutou forte dentro da área. O jovem lateral Garcia estava com os braços abertos. A bola tocou no seu esquerdo. Pênalti. E como ele tinha amarelo foi, com justiça, expulso.

O cenário mudou.

No futebol moderno, uma equipe com um jogador a mais tem a obrigação de se impor diante do rival.

Depois que Vitor Bueno bateu com convicção e diminuiu o placar para 2 a 1, o Athletico tomou as rédeas da partida.

E aos 27 minutos, Vitor Bueno descobriu Madson livre na grande área. Ele ajeitou para Vitor Roque entrar como um raio e cabecear para as redes de Weverton.

2 a 2. 

A partir daí, o Palmeiras se desdobrou.

Conseguiu segurar o ímpeto atleticano, redobrando a marcação em Vitor Roque. 

E, com raça, conseguiu segurar o empate.

Ao Athletico faltou tranquilidade e usar os lados do campo. Facilitou a marcação palmeirense ao centralizar seus ataques.

Endrick marcou 1 a 0. Mas tem de ser cobrado pela displicência no desperdício do pênalti
Endrick marcou 1 a 0. Mas tem de ser cobrado pela displicência no desperdício do pênalti

Mas tudo seria muito diferente se acontecesse justiça.

Zé Inaldo deveria ter sido expulso no primeiro minuto de jogo.

O lance foi claro, límpido, sem dúvida nenhuma.

Revoltante a decisão dos árbitros.

Porque a cotovelada pode ser vista em vários ângulos.

A direção do Palmeiras está certa em protestar.

O time reserva de Abel foi prejudicado demais em Curitiba...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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