Revolta. Contrato de R$ 300 milhões. 116 dias de salário atrasado

São Paulo, Brasil

Qual a sensação de estar a quatro dias de completar quatro meses de salários atrasados? 

E ficar sabendo que a empresa que o emprega festeja um contrato de R$ 300 milhões?

Esse é o sentimento que domina o elenco do Corinthians.

Ainda por conta da problemática dinâmica do pagamento do estádio, Andrés Sanchez, não consegue pagar em dia seus atletas.

A folha de pagamento de R$ 12,3 milhões mensais, se tornou pesada. E o dirigente apostando na representatividade do Corinthians, sabe que nenhum atleta entrará na justiça para obter, como prevê a lei, a liberação dos seus direitos.

A bilionária Hypera Pharma associou seu nome por 20 anos com o Corinthians. A direção quer usar o clube mais popular do estado mais rico do Brasil para difundir seus produtos.

Não comprou os naming rights e batizou a arena de Neo Química à toa.

Mas não é uma instituição de caridade.

Quando Andrés disse que 'foi estuprado', na madrugada de terça-feira, ao fazer 'piada' com a negociação fechada, o que ele quis dizer é que a empresa não aceitou pagar R$ 400 milhões e nem R$ 350 milhões, como ele desejava. 

E muito menos antecipar parcelas anuais.

Serão R$ 15 milhões a cada 12 meses, por 20 anos.

E um possível contrato de patrocínio de R$ 3,5 milhões, anuais, na camisa do clube.

Talvez, assumir o lugar de patrocinador master, ocupado pelo BMG. O banco ficará até o final do próximo ano. Pagando R$ 12 milhões, anuais.

Ou seja, o Corinthians que deve mais de R$ 530 milhões pelo estádio e tem comprometida toda a arrecadação dos seus jogos, quando passar a pandemia, e o público voltar, segue com graves dificuldades financeiras.

Apesar de o contrato de R$ 300 milhões da Hypera Pharma.

A direção do clube está irritadíssima pelo direção do Benfica só estar disposta a começar a pagar por Pedrinho, em 2021. Isso, se o clube português não decidir devolvê-lo, já que ele não tem a admiração do treinador Jorge Jesus. 

Ele foi vendido por 17 milhões de euros, cerca de R$ 108 milhões.

Por isso, a direção segue implorando para o Monza, da Itália, pagar os R$ 27,5 milhões, da venda de 40% do lateral Carlos Augusto.

A promessa é que parte do dinheiro seria liberado.

Daí o diretor financeiro Matias Ávila ter conversado com líderes do time e garantido que o clube não atingirá quatro meses de salários atrasados.

O plano é pagar dois salários amanhã.

E ficar devendo outros dois.

Esta é a difícil vida financeira corintiana.

Ainda incapaz de despertar greve nos jogadores.

Com os atletas tendo de negar ontem, qualquer paralisação em resposta à falta de pagamento.

Mas o clima no elenco é muito pesado.

Tiago Nunes repete Tite.

E faz questão de seguir como os atletas.

Com os salários atrasados.

Para manter a união do grupo.

Andrés já avisou aos atletas.

E Nunes.

Não comprará jogador algum em 2020.

Todo o dinheiro do futebol será para pagar o time.

Daí a sensação ambígua.

A do 'estupro'.

Ter fechado um contrato de R$ 300 milhões.

Mas ser incapaz de pagar o salário em dia...

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Como ficam dívidas do Corinthians após venda do nome da Arena

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O Corintiano ficou feliz com a venda do naming rights do estádio para a Neo Química, mas o grande problema das dívidas do clube seguem sem uma solução definitiva. Os R$ 300 milhões que a empresa vai pagar serão destinados automaticamente para a Caixa E...

O Corintiano ficou feliz com a venda do naming rights do estádio para a Neo Química, mas o grande problema das dívidas do clube seguem sem uma solução definitiva. Os R$ 300 milhões que a empresa vai pagar serão destinados automaticamente para a Caixa Econômica Federal e está garantido no contrato. A ideia é que esse valor ajude a quitar as dívidas com o banco público que superam os R$ 530 milhões