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Cosme Rímoli - Blogs

Rescisão deprimente de James Rodríguez. Prova para o São Paulo: o problema segue sendo o jogador ‘mimado’. Está vivo o rancor, no Morumbi

Dispensa do meia midiático do Rayo Vallecano, trouxe a ‘verdade’ à imprensa, alegam conselheiros ligados a Julio Casares. O São Paulo foi muito criticado por não aproveitar o talento do colombiano. Zubeldia havia previsto que ele fracassaria também na Espanha

Cosme Rímoli|Do R7

O rancor pelo comportamento de James Rodríguez no São Paulo não passou. Seu egocentrismo irritou a todos Divulgação/Rayo Vallecano

Foi uma dispensa disfarçada de rescisão.

James Rodríguez saiu de forma deprimente do Rayo Vallecano.

A alegria da cúpula do time espanhol, por ter contratado a estrela midiática, durou sete jogos.

O colombiano foi anunciado com toda a pompa e circunstância, no dia 26 de agosto de 2024.


“Chegou a nossa estrela para comemorarmos nossos 100 anos”, dizia o presidente, e dono do clube, o empresário Raúl Martín Presa.

Vale comparar o que falou o presidente do São Paulo, Julio Casares, no dia 30 de julho de 2023.


“Hoje estamos comemorando a chegada de James Rodríguez, um grande sonho da torcida são-paulina e que nós conseguimos concretizar. A importância do atleta dispensa comentários, pela sua qualidade, talento e pelo que pode trazer como qualidade ao nosso elenco. É importante também salientar que hoje o grande atleta deseja o São Paulo.”

Assim como fez Casares, com Dorival Júnior, Raúl Martín não consultou o treinador Iñigo Perez.


Os dois treinadores já tinham suas equipes montadas, organizadas e muito solidárias, quando James Rodríguez chegou.

No São Paulo ele queria, mas Luciano não cedeu a camisa 10.

O colombiano não gostou.

Usou primeiro a 19, levando em conta a soma dos números, ‘1 mais 9′, cujo resultado é 10.

Depois exigiu a 55, com o mesmo raciocínio.

Esse ‘problema’ não teve no Rayo Vallecano.

Ganhou a sua estimada 10.

Em conversa particular com Iñigo Perez fez o mesmo pedido que havia feito para Dorival Júnior, Thiago Carpini e Luiz Zubeldia.

Ele queria jogar como atua na Seleção Colombiana, o argentino Néstor Lorenzo.

Privilegiado, atuando do meio para a frente, sem preocupação com marcação.

Com o time o procurando como maior referência para a articulação dos ataques.

Exigia também todas as faltas perto da área e pênaltis.

E uma programação para atuar nas partidas mais importantes.

Aos 33 anos, ele tem problemas musculares constantes.

Desilusão. Casares apresentou, com orgulho, James Rodríguez. O dirigente não sabia o quanto era problemático o meia colombiano São Paulo

Zubeldia, que enfrentou o colombiano, a ponto de James Rodríguez pedir a rescisão do São Paulo, havia previsto o fracasso no Rayo Vallecano.

“A questão do James passou complementariedade no meio futebolístico. Agora, me atrevo a dizer que no Rayo Vallecano vai passar o mesmo. A primeira pergunta que tem que fazer ao contratar um jogador, que creio que não fizeram, não estou dizendo que não, precisaria falar com o Dorival e a comissão, mas é sobre a falta de um 10, como falta agora. Falta um 10. Entregamos alguém que tem a bola parada, que joga bem com a bola. A segunda pergunta é em que posição vai jogar. Vai jogar atrás do 9. E quem vai tirar? Vamos tirar o Luciano. E o Luciano está mal? Não. Tem 15 gols por temporada. E como vamos questionar isso?”

“Luciano fica no banco? James fica no banco? O que passou com o James quando foi reserva em cada time? Não se levantou. Porque precisa jogar. São perguntas que tem de se fazer. Não só dizer ‘Me falta um 10, vamos trazer um 10′. Tem que ver quem trazer, se podem se complementar. Em todo caso, diria: ‘Me traz um 10 que pode jogar nos lados, que possa complementar Calleri, Luciano e Lucas, que se alguém sair ele possa jogar por dentro, mas também possa jogar por fora’. Para me dar possibilidades e ter todos como atores principais e importantes numa ideia de jogo. O que aconteceu com o James é que é muito centralizado e precisava jogar ali, ali, ali e ali tinha outros jogadores.”

O que o treinador não falou foi o péssimo comportamento do colombiano.

Ao ser fixado na reserva no São Paulo, ele passou a se fechar.

Falava preferencialmente com Rafinha, que foi a pessoa que o convenceu a atuar no clube paulista.

Os dois se conheciam do Bayern de Munique.

Era nítida a diferença do comportamento do meia no São Paulo e na Seleção Colombiana.

Não só fora do campo.

Mas jogando.

Seu rendimento é ótimo.

Foi escolhido como o melhor jogador da Copa América de 2024.

James Rodríguez. O melhor da Copa América de 2024. 'Outro' jogador com privilégio tático Instagram/James Rodríguez

Situação que deixou mais constrangedor o ambiente no Morumbi.

A gota final chegou com os atrasos nos salários.

Representantes do jogador ‘deixaram escapar’ que o São Paulo devia R$ 11 milhões ao meia.

Em campo, seu desempenho foi constrangedor.

Foram 22 partidas, dois gols e quatro assistências, em um ano.

Daí a rescisão.

No Rayo Vallecano foi ainda pior.

Repetiu o mesmo comportamento, irritadíssimo com a reserva.

Entrou em sete jogos, não marcou um gol sequer e deu uma assistência.

Se passou algo parecido no Olympiakos, 23 jogos, cinco gols e seis assistências.

E no Al-Rayyan, 16 partidas, cinco gols e sete assistências.

A rescisão com o Rayo Vallecano trouxe alívio à atual direção do São Paulo.

James Rodríguez foi apresentado como a estrela dos 100 anos do Rayo Vallecano. Dispensado do clube pequeno espanhol Divulgação/Rayo Vallecano

Ela foi muito criticada por não saber lidar com o talentoso meia colombiano.

O rancor, cada vez que é citado o meia, que recebia R$ 1,5 milhão a cada 30 dias, segue fortíssimo.

Só que está cada vez mais evidente.

Aos 33 anos, James Rodríguez exige tratamento de estrela nos clubes, onde rende cada vez menos, sem o privilégio tático da Seleção Colombiana.

Mesmo assim, midiático, a imprensa argentina alardeia interesse do Boca Juniors.

E a norte-americana do Inter-Miami.

É o poder da mídia...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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