Renato, a um jogo da terceira final de Libertadores. Quem duvida dele?
Basta um empate contra o River para o Grêmio confirmar a vaga à decisão. E Renato poderá se igualar a Telê e Felipão, com três decisões
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A estátua de Renato Gaúcho está quase para ser concluída.
O maior ídolo do Grêmio terá uma homenagem digna.
Único brasileiro campeão da Libertadores como jogador e técnico.
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A estátua terá dois metros de altura.
Será colocada em um pedestal de mármore.
Ficará eternamente em frente à arena gremista.
A inauguração seria no dia 15 de setembro.
Aniversário do clube.
Mas passou estrategicamente para novembro.
A Libertadores também terminará no próximo mês.
A esperança da diretoria é que seja o ponto alto da comemoração do tricampeonato na Libertadores.
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Um passo fundamental foi dado ontem em plena Buenos Aires.
Vitória mais do que merecida contra o River Plate, por 1 a 0. Gol do volante Michel, de cabeça, completando escanteio cobrado por Allison. A bola chegou alta, com curva e velocidade. Na primeira trave, onde Renato Gaúcho havia exaustivamente treinado. Mais do que isso, exigido que a bola chegasse.
Além do gol, Renato teve a malandragem de desorientar Marcelo Gallardo. Fez com que Luan viajasse para a Argentina. E deixasse 'vazar' que ele poderia ser a surpresa do jogo.
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O Grêmio já não contava com Everton contundido.
A equipe gaúcha não tinha seus dois artilheiros.
Mas o treinador que foi um excelente atacante, não teve o menor constrangimento.
Sabia que a grande arma portenha seria seu ótimo toque de bola. E ele tinha estudado como travar Quintero, Ezequiel Palacios e Pity Martínez. Fazer com que a bola não chegasse a Borré e Scocco.
Renato Gaúcho mostrou pela milésima vez que tem autoridade para fazer o que desejar com o elenco gremista. E cometeu o que seria uma heresia em grande parte do território brasileiro. Nada menos do que quatro volantes.
4-1-4-1.
Sem direito a arrefecer.
Foco e preparo físico invejáveis.

Não só sua incansável estrela, mas o aprimorado crescimento tático foram os responsáveis pela escolha de Michel. O volante que estava há cinco meses sem jogar foi a surpreendente escolha do substituto do turista Luan, que foi apenas desnortear Gallardo.
"Os jogadores do Grêmio souberam jogar a Libertadores: malandros o tempo todo, inteligentes. Viemos para competir. Às vezes só jogar, valorizar a posse de bola não são suficientes. Sabíamos que encontraríamos dificuldades. Nos portamos muito bem desde o início. Ainda no intervalo dei parabéns e acabamos coroados com o gol do Michel, que nos dá uma pequena vantagem, mas importante.
"Jogamos contra o River e 60 mil pessoas. Lá teremos a Arena lotada. Já falei aos jogadores. O Grêmio não está na outra fase, mais 90 minutos, mas não devemos menosprezar este resultado", disse, com toda a serenidade.
Renato traz tatuado na alma a derrota de uma final de Libertadores.
Há dez anos, em pleno Maracanã, o Fluminense perdeu a decisão para a equipe equatoriana da LDU. O trauma ficou. Fez bem para a visão, o respeito pela estratégia. E até por se defender.
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Os portais esportivos argentinos reverenciam hoje a surpreendente tática do Grêmio. Que não deixou o River Plate respirar. Travou a intermediária. E não deixou que a inflamada torcida mostrasse sua habitual empolgação.
Outro mérito foi fazer seus jogadores entenderem que havia um festival de divididas e faltas. E que, com certeza, os argentinos provocariam os gremistas, tentando tirar a concentração, provocar cartões. Só que seu time seguiu duro, firme, frio. Do início ao final da partida. Um grande mérito.
A vantagem gremista conquistada ontem foi muito importante. Mas não significa que o Grêmio já esteja novamente na final da Libertadores. Não. O elenco do River Plate se equivale ao brasileiro.
Com o reforço garantido de Everton.
Luan seguirá como dúvida.
A empolgação ficará apenas com torcedores e jornalistas gaúchos. Eles não estão errados, pela campanha espetacular do Grêmio, pelo segundo ano seguido, conduzido com a mão forte de Renato.
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Só o treinador para optar por abandonar o Brasileiro e não colocar toda a energia na Copa do Brasil.
Seu foco em 2018 sempre foi a Libertadores.
Segue com elenco pior que Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo.
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E o projeto sério outra vez vem dando certo.
Está pertíssimo da terceira final na sua carreira.
Só Felipão e Telê Santana chegaram a este patamar.

E ambos acabaram treinando o Brasil.
Renato Portaluppi, 56 anos, segue trabalhando muito.
Com incrível competência.
Melhorou muito depois dos dois anos sabáticos.
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Desfrutou as praias do Rio.
E mudou sua postura.
Se assumiu como técnico.
Mergulhou na profissão.
Tem domínio total do clube que ama.
Merece a estátua que está sendo concluída.
E nutre uma grande esperança.
"Meu dia na Seleção vai chegar."
Quem pode dizer que não merece?
Quem ainda duvida de Renato Gaúcho?
Desafio: será que você consegue descobrir quem são estas crianças?
Será que os jogadores mudaram muito da infância até os dias de hoje? Alguns são irreconhecíveis... Outros nem tanto. No Dia das Crianças, o R7 convida você para brincar e tentar descobrir quem são os craques por meio de fotos da infância deles
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