Raphael Veiga rouba a cena. Palmeiras na semifinal
Mesmo com o desfalque de 15 jogadores por Covid, o Palmeiras conseguiu empatar com o Ceará em 2 a 2. Raphael Veiga teve atuação de gala
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Além dos 15 desfalques, jogadores infectados pela Covid, o Palmeiras relaxou em Fortaleza.
Poderia.
Terminou o primeiro tempo ganhando fácil do Ceará, por 2 a 0, com dois gols e 45 minutos de gala de Raphael Veiga, inclusive um de letra.
Deixando claro o mal que Vanderlei Luxemburgo fazia para o futebol do jogador, que atuava em todas as posições do meio para a frente. Menos onde ele mais rende, adiantado, perto do jogador de referência no ataque.
Abel Ferreira corrigiu esse erro primário.
E Raphael Veiga, à vontade, marcou seis gols nos últimos oito jogos.
O time de Guto Ferreira foi uma enorme decepção.
Perdido, afobado, tenso.
Sem jogadas ofensivas coordenadas, só levantando a bola na área, de qualquer maneira, facilitando a atuação dos zagueiros palmeirenses.
A vaga para a semifinal para a Copa do Brasil estava mais do que garantida. A diferença chegava a cinco a zero, por conta da vitória por 3 a 0 no Allianz Parque.
Com a classificação assegurada, o time paulista, cheio de reservas, se acomodou, cansou no segundo tempo.
E deu toda a chance para o Ceará, empatar o jogo, com gols de Vina e Tiago
Mas o Palmeiras é semifinalista.
Mostrou a força do seu elenco.
E ganhou preciosos R$ 7 milhões, nestes tristes tempos de pandemia.
Além disso, tem recuperado um excelente jogador que estava perdido, desperdiçado.

Abel Ferreira tratou de montar uma equipe competitiva.
Graças ao jatinho particular de Leila Pereira, dona da Crefisa, Weverton, que foi reserva na partida entre Uruguai e Brasil, estava no gol. E Gustavo Gómez, titular no empate em Assunção entre Paraguai e Bolívia, no banco de reservas, para qualquer eventualidade.
O português montou a defesa com jogadores rodados, vividos. Marcos Rocha, Emerson Santos e Mayke improvisado na lateral esquerda. Além do jovem Renan. Patrick de Paula, Zé Rafael e Lucas Lima; Willian, Raphael Veiga e o jovem Anibal. Time desentrosado, mas com potencial para encarar o Ceará.
E muito bem posicionado.
Com a proposta clara de travar o rival na intermediária e contragolpear em velocidade, em bloco.
O time nordestino entrou para a partida muito nervoso. Querendo fazer os três gols de desvantagem de uma vez.
Guto apostava em um 4-3-3 fixo, sem movimentação. Sem triangulações, aproximação da defesa, do meio-campo e do ataque. Queria marcar pressão, mas deixava muito espaço para o Palmeiras.
Foi o que o habilidoso meio-campo paulista precisava.
Além de o Palmeiras controlar o ímpeto cearense, aproveitava para articular à vontade, seus ataques.

Principalmente com Raphael Veiga, porque além de jogar na posição certa, estava inspirado.
Foi assim que sofreu pênalti de Charles, aos 25 minutos.
E cobrou, com personalidade.
Palmeiras, 1 a 0.
O Ceará se desesperou.
Foi fatal.
Aos 49 minutos, Lucas Lima desceu pela esquerda e deu excelente assistência, para um gol de incrível habilidade, de letra, de Raphael Veiga.
2 a 0.
No segundo tempo, com o improvisado time cansado, relaxado, o Palmeiras trocou peças, se enfraqueceu. Sabia que tinha a vaga.
Foi quando Vina descontou, aos 11 minutos.
E, aos 16 minutos, a zaga palmeirense se posicionou mal e assistiu Tiago cabecar com força. A bola bateu no travessão e dentro do gol.
2 a 2.
O Ceará se animou, queria pelo menos ganhar o jogo.
Logo entrou Gustavo Gómez e arrumou a zaga.
Os palmeirenses voltaram a se compactar.
E seguraram o empate.
O elenco de Abel Ferreira se superou.
Mostrou sua força.
E o que pode faze quando bem escalado...
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