R$ 1,3 bilhão por mais dez anos. Corinthians terá o maior contrato da América do Sul. A Nike dará adiantamento que evitará atrasos aos jogadores. A Adidas lutou. Mas perdeu
Osmar Stabile quer deixar de ser interino e se tornar presidente efetivo do Corinthians até o final de 2026. Seu grande gesto foi a assinatura de novo contrato com a Nike. Até 2035. A Adidas fez o que pôde. Não deu

A Adidas fez o que pôde.
Mas perdeu a concorrência com a Nike.
Até poderia igualar a proposta de R$ 1,3 bilhão até 2035.
Só que havia a possibilidade da rival começar enorme batalha jurídica, já que tinha a prerrogativa de renovação de contrato.
E a Nike chegou aos valores que a direção corintiana queria.
Além de perdoar algumas dívidas com o fornecimento de material.
O presidente interino, Osmar Stabile, fez questão de estar à frente da renovação.
Ele sabe que seria, e é, um trunfo para que se transforme em presidente efetivo do Corinthians, até o final de 2026, caso aconteça mesmo o impeachment de Augusto Melo, que será votado pelos sócios, daqui a uma semana, dia 9 de agosto.
Melo teve uma participação direta no acordo.
Ao começar negociação com a Adidas, o presidente afastado, de acordo com a atual direção, colocou o Corinthians em risco. De multa e processo por conta da empresa norte-americana.
Situação jurídica que o clube não quis se arriscar. Muito menos a Adidas.
Havia provas irrefutáveis a favor dos norte-americanos. A Fisia, que representa a marca no Brasil, enviou carta registrada ao Corinthians, no dia 16 de dezembro de 2024.
Além de e-mail à direção corintiana.
O conteúdo era direto: garantindo que a empresa exerceria a sua prioridade na renovação do contrato.
O departamento jurídico do clube avisou Stabile que o melhor seria renovar.
Mas a concorrência mais do que direta fez a Nike aumentar, e muito, a proposta. Inclusive garantindo quase o dobro que o Corinthians ganha atualmente, que é R$ 59 milhões por ano.
E mais: em vez de R$ 4 milhões de material esportivo por ano, terá direito a R$ 15 milhões. A Nike abriu mão também de parte do lucro de objetos fabricados por outras empresas envolvendo o Corinthians.
Além disso, a empresa será obrigada a distribuir, de maneira efetiva, o material esportivo do Corinthians no mundo. Atualmente a distribuição é pífia.
“Nessa madrugada, o Corinthians assinou o maior contrato de camisas do futebol sul-americano, por volta das 2 horas. Aproximadamente, R$ 1,3 bilhão, contrato definitivo foi assinado nessa madrugada”, disse, orgulhoso, Osmar Stabile.
A relação entre Corinthians e Nike já existe desde 2003.
A Puma já tentou romper esse vínculo.
Mas a Adidas é a empresa mais insistente e esteve muito perto este ano.
Mas para a efetivação de mais dez anos da Nike no Parque São Jorge foi combinado um adiantamento.
Ele virá em forma de ‘luvas’.
Para garantir a tranquilidade do elenco até o final do ano.
Evitando atrasos nos salários, direitos de imagem e bônus.
Esta postura da empresa foi fundamental para Stabile assinar o acordo.
O valor pode chegar aos R$ 100 milhões, que a Adidas pagaria.
Mas Stabile tem mesmo motivo para sorrir.
A renovação com a Nike foi uma enorme vitória do presidente interino.
E mais um passo para se efetivar até o fim de 2026.
Pelo menos...