Quem mais briga pela volta do futebol, perde Jorginho. Coronavírus
O Flamengo tem um terrível choque de realidade. A direção que tenta a volta do futebol na pandemia, vê massagista morrer pelo coronavírus
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Terrível ironia.
O Flamengo é o clube que mais se posiciona abertamente pela volta do futebol.
Mesmo com a curva ascendente da pandemia do coronavírus.
E hoje, o clube está em luto.
Perdeu seu funcionário mais antigo no futebol.
Jorge Luiz Domingos.
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Depois de duas semanas de sofrimento, internado no hospital da Ilha do Governador, ele não suportou uma parada cardiorrespiratória.
E morreu aos 68 anos.
Ele esteve em todas as conquistas do Flamengo desde 1980.
Na conquista do Mundial em 1981. E nas duas Libertadores, 1981 e na de 2019. Participou de seis Brasileiros, três Copas do Brasil, 15 Campeonatos Cariocas, Copa Ouro Sul-Americana, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil.
Jorginho esteve também na conquista do pentacampeonato da seleção brasileira, em 2002.
Era conhecido por sua competência, simpatia e personalidade, fundamental no tratamento de atletas contundidos.
"Dia de luto e tristeza por perder um amigo!"
"Nesses anos trabalhando juntos entre Flamengo e seleção brasileira, sua maneira alegre, descontraída e companheira de viver faziam dele um cara mais do que especial pra mim e para todos os que tinham o convívio."
"Seu sorriso continuará nos iluminando, amigo!"
"Descanse em paz, Jorginho", escreveu o meia Diego, nas suas redes sociais.
O massagista não poderá nem ser velado no clube que tanto amava.
Por conta do coronavírus.
Na Gávea, não há o menor indício de que os dirigentes irão mudar sua postura.
Seguirão tentando apressar a volta do futebol.
O que, neste momento, é algo descabido.
Tomara que a morte de Jorginho não seja em vão...
(A situação vai ficando mais constrangedora.
Nos exames para detectar coronavírus, feitos hoje no Flamengo, vazou a informação que pelo menos oito testes deram positivos.
E agora, presidente Rodolfo Rolim?)
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