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Cosme Rímoli - Blogs

Preço, só seis meses de sucesso. A Europa desconfia de Cebolinha

Grêmio contava com os R$ 172 milhões da venda do atacante. O pouco tempo de destaque e o desprezo pelo futebol sul-americano afastam negociações

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Grêmio já antecipava a maior venda de sua história. Precipitação pura
Grêmio já antecipava a maior venda de sua história. Precipitação pura

São Paulo, Brasil

Quatro temporadas na carreira.

Mas só é titular há seis meses.

12 jogos pela Seleção Brasileira.


Três gols.

Só jogou porque Neymar estava contundido.


O atacante do PSG voltará a ser dono da posição.

252 partidas pelo Grêmio.


57 gols.

Sem destaque importante na base.

23 anos.

Esse é a análise fria dos empresários e agentes representantes de grandes clubes europeus sobre Everton Cebolinha.

O jogador não passa de uma aposta. 

Atleta que é profissional há quatro anos.

Mas só se firmou no Grêmio em 2019. E, na Seleção Brasileira, foi titular na Copa América porque Neymar não estava no grupo.

O jogador e o próprio técnico Tite confirmam.

Daí o jogador seguir no Brasil, um mês depois da conquista da Copa América. 

E pior, sem proposta real alguma.

A badalação, principalmente da imprensa gaúcha, não se confirmou.

A sua multa rescisória é de 80 milhões de euros, cerca de R$ 345 milhões. Mas, como se fosse favor, a direção gremista anunciou aos quatro cantos, que aceita 'só' 40 milhões de euros, R$ 172 milhões.

O sucesso do jogador na Copa América pouco refletiu na Europa
O sucesso do jogador na Copa América pouco refletiu na Europa

O Arsenal, por influência do ex-coordenador da Seleção, Edu Gaspar, chegou a sondar o Grêmio. Mas preferiu comprar o marfinense Nicolas Pepé, destaque do Lille, de 24 anos. Com características parecidas com o brasileiro.

Mas com a diferença que atua no continente europeu. E era titular da equipe francesa há dois anos. Por isso, o time inglês se dispôs a pagar 73 milhões de euros, cerca de R$ 305 milhões.

O próprio Cebolinha deixava claro que sabia da sondagem do Arsenal. E falava em toda entrevista durante a Copa América sobre sua admiração pela Premier League.

Não era por acaso.

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan já fazia discurso orgulhoso. Tinha a certeza que conseguiria com o atacante a 'maior venda' de 115 anos do Grêmio. 

Mas as propostas não surgiram.

Podem surgir porque a janela inglesa fecha daqui quatro dias e o francês, espanhol, alemão e italiano, só no dia 2 de setembro.

Só que Renato Gaúcho já começa a trabalhar o lado psicológico do jovem jogador. Para controlar sua ansiedade e travar a depressão se não for vendido nesta janela.

Até porque o Grêmio entra nas quartas-de-final da Libertadores, contra o Palmeiras e na semifinal da Copa do Brasil, diante do Athletico Paranaense. Além de o time fazer jogos de recuperação no Brasileiro, que está em 12° lugar.

Em Porto Alegre já certo pessimismo sobre a certeza de venda de Cebolinha na janela de verão europeia.

E há quem veja como grande erro deixar claro que o jogador seria negociado mais caro do que Arthur.

Houve precipitação.

Principalmente em relação à análise carreira do atacante como um todo.

O brilho tem sete meses.

Ainda é fugaz para grandes clubes europeus, que desprezam os campeonatos disputados na América do Sul, inclusive a Copa América.

Eles precisam estar muito convencidos do talento fora do comum desde a base ou ter anos de certeza, de regularidade do jogador que se interessam.

O clime é de certa desilusão.

Mas para tudo não ficar pior, Éverton Cebolinha será poupado.

Não deve tocar nesse assunto nas suas entrevistas.

A precipitação foi a responsável pela decepção.

O futebol sul-americano está cada vez mais desacreditado.

Os dirigentes gremistas sentem a realidade na pele...

Os eu

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