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Por trás de toda comoção no Uruguai, pela volta de Suárez. Retorno só por três meses. Por Copa. E valorização, na busca de novo clube

Aos 35 anos, Suárez cedeu à campanha da carente torcida uruguaia. Mas fará um 'estágio' no Nacional. Apenas três meses. Para chegar na melhor forma possível ao Catar. E sair de lá valorizado, para acertar a outro time

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Suárez, depois de 16 anos, no clube que o lançou para o futebol. Comoção no Uruguai. Mas só três meses
Suárez, depois de 16 anos, no clube que o lançou para o futebol. Comoção no Uruguai. Mas só três meses Suárez, depois de 16 anos, no clube que o lançou para o futebol. Comoção no Uruguai. Mas só três meses

São Paulo, Brasil

Não é tão romântica a volta de Luis Suárez ao Nacional, como possa parecer à primeira vista.

As emissoras de tevê, as rádios, os portais, os jornais uruguaios estão todos ensandecidos. E não é para menos.

Um dos maiores jogadores da história do país vizinho voltará para o clube onde surgiu, afundado em uma das maiores crises financeiras que já viveu.

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Aliás todas as equipes uruguaias estão em regime pré-falimentar, por conta de péssimas, corruptas administrações. E não param de vender seus jogadores talentosos, muito deles ainda jovem demais, para tradicionais rivais, como Argentina e Brasil.

A incoerência de um futebol uruguaio pobre ter Suárez, que ainda poderá jogar pelo menos mais duas ou três temporadas em alto nível, tem explicação racional.

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Ele só quis ficar três meses, para chegar no melhor nível físico possível e em ritmo de jogo à Copa do Mundo do Catar. E, depois, com a certeza que sairá valorizado, acertar para onde vai. Ele já tem proposta do futebol americano e do futebol chinês. 

Suárez teria feito um contrato muito parecido com o River Plate. As bases estavam praticamente fechadas. Ele atuaria até o final da temporada, da Libertadores e do Campeonato Argentina. Depois ficaria livre para disputar a Copa do Mundo. O clube argentino seria avisado se houvesse a proposta de outro clube após o Catar. E, se conseguisse igualar a proposta, Suárez ficaria em Buenos Aires.

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Mas a eliminação precoce do time de Gallardo, diante Vélez, ainda nas oitavas da Libertadores, sabotou o plano. 

O melhor momento da carreira de Suárez. Com Messi e Neymar, no Barcelona. Trio foi espetacular
O melhor momento da carreira de Suárez. Com Messi e Neymar, no Barcelona. Trio foi espetacular O melhor momento da carreira de Suárez. Com Messi e Neymar, no Barcelona. Trio foi espetacular

O treinador do Atlético de Madrid, o argentino Diego Simeone, sempre foi muito direto. E disse sem rodeios, logo no começo do ano, que Suárez não seguiria no clube espanhol. Que buscasse o seu "melhor caminho". A busca seria por atacantes mais jovens, com mais velocidade, explosão muscular, mais mobilidade.

A notícia se espalhou. 

O atacante uruguaio estaria disponível a partir de julho.

Apesar do salário de R$ 3,3 milhões, no início do ano, depois da recusa de Cavani, o presidente Duilio Monteiro Alves consultou a Taunsa, empresa que havia garantido a contratação de Paulinho, para tentar fechar um acordo com Suárez. E houve o recuo dos empresários. Mal poderia imaginar Duilio que a Taunsa não pagaria nem os salários de Paulinho. E que o clube entraria na Justiça contra seu patrocinador.

Sabendo que o ídolo midiático estava livre no mercado, a torcida do Nacional começou a fazer uma campanha nas redes sociais. Implorava pela volta do jogador.

Ela se espalhou na imprensa uruguaia. Virou comoção.

A direção do clube analisou a sério a possibilidade. Com Suárez, o Nacional ganhará fôlego e potencial redobrado para lutar pela conquista da Copa Sul-Americana e pelo Campeonato Uruguaio.

A arrecadação, o prestígio, a mídia, a atração dos patrocinadores, tudo foi levado em conta de maneira fria e financeira, para poder pagar o atacante. De acordo com a imprensa de Montevidéu, ele ganhará menos do que está acostumado. Mas ganhará o maior salário do país.

Suárez saiu há 16 anos do Nacional. Foi para a Holanda, onde jogou no Groningen e Ajax. Depois fez muito sucesso no Liverpool. Seu auge foi no Barcelona, com Messi e Neymar. De lá, foi para o Atlético de Madrid.

O jogador ficará apenas três meses no Nacional.

Depois, pretende assinar contrato de dois anos com uma outra equipe. Provavelmente americana, chinesa ou a que decidir pagar mais.

Campanha por Suárez mexeu até com o time do Nacional. Almeida marcou e usou a máscara do artilheiro
Campanha por Suárez mexeu até com o time do Nacional. Almeida marcou e usou a máscara do artilheiro Campanha por Suárez mexeu até com o time do Nacional. Almeida marcou e usou a máscara do artilheiro

Só aí, então, voltará para a última temporada no clube de seu coração, para encerrar sua vitoriosa carreira.

A volta é importante para a autoestima do futebol uruguaio.

Para impulsionar o Nacional.

Mas também serve como um doping emocional, depois de duas dispensas seguidas: no Barcelona e no Atlético de Madrid.

Estar no auge da forma do Mundial.

E também ganhar dinheiro.

Suárez juntou emoção e profissionalismo neste contrato de três meses.

Bem-humorada foi a postura do Atlético Goianiense, adversário das quartas de final do Nacional, na Copa Sul-Americana.

Nas suas redes sociais, resumiu o sentimento dos seus torcedores, ao ficarem sabendo de Suárez como reforço do rival, nos dois jogos eliminatórios.

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