Por medo de agressões, Leila Pereira não vai ao estádio do Botafogo. Ela teme a reação dos torcedores pelas acusações de John Textor
Nem com segurança dobrada, a presidente do Palmeiras se sentiu segura para ir ao estádio Nilton Santos, no importantíssimo confronto de hoje, contra o Botafogo, pela Libertadores. A dirigente já passou por um grande sufoco domingo, no Maracanã, diante do Flamengo
Cosme Rímoli|Do R7
No jogo mais importante do Palmeiras no ano, até agora, a presidente não estará no estádio.
Abel Ferreira e os atletas já sabem que Leila Pereira não irá ao Nilton Santos.
Ela tem medo de agressão dos torcedores do Botafogo, depois da briga pública.
Das acusações de manipulação de campeonato, por conta do dono do futebol do clube, John Textor.
Quem apurou primeiro a informação foi meu colega Danilo Lavieri.
Mas, durante a manhã, o blog conseguiu detalhes fundamentais para a postura de Leila.
A dirigente palmeirense ficou muito assustada com o que viveu no Maracanã, domingo.
Na partida da quarta-feira passada, dia 7, no Allianz Parque, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, quis ir ao vestiário do Flamengo, junto com seu filho, comemorar a classificação na Copa do Brasil.
Eles foram levados pelo vice de futebol, Marcos Braz.
Ambos tiveram a liberação aceita, depois de muita conversa com os seguranças.
Só que os dois estavam acompanhados por mais amigos.
Aí houve a negativa.
Seguranças palmeirenses negaram e houve discussão forte.
A comitiva do governador foi embora irritadíssima.
No domingo, os dois clubes se reencontraram pelo Brasileiro, no Maracanã.
Leila foi ao jogo.
Acompanhada de seguranças, ela tentou ir ao vestiário do Palmeiras, como sempre faz, para desejar sorte, apoiar o time.
Mas para chegar até lá, teria de passar em frente ao camarote do governador.
E Leila foi impedida.
Teve de dar uma volta ‘imensa’, passando entre torcedores do Flamengo, que a xingaram.
A situação ficou até pior, depois do jogo.
Outra vez foi impedida de passar na frente do camarote.
Teve de ir por fora do Maracanã para chegar no vestiário palmeirense.
Aí os palavrões foram piores, houve medo da dirigente de agressões.
Assessores da dirigente foram claros com ela.
Se a relação entre as diretorias de Palmeiras e Flamengo é politicamente correta e já houve esse tumulto, o que poderia acontecer no Nilton Santos?
Existiria, de acordo com esses assessores, o perigo real de agressões.
Leila concordou.
E por medo não irá ao jogo hoje.
Com o vazamento dessa notícia, a situação também deverá ficar complicada para John Textor, na partida de volta, na quarta-feira, no Allianz.
Para chegar ao camarote reservado às diretorias adversárias do clube de Leila terá de passar entre torcedores palmeirenses.
O norte-americano já disse a membros da direção do Botafogo que virá ‘de qualquer maneira’.
O clima bélico entre Leila Pereira e John Textor chegou a uma situação perigosa.
Para eles mesmos.
Leila já é a primeira a admitir, ao se negar a ir ao Nilton Santos.
Quem vai ter coragem de falar que ela está errada?
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