Por credibilidade e acusação de estupro, Santos rejeita Robinho
Clube conseguiu acordo com o Hamburgo. E pode contratar. Mas não quis Robinho. Por credibilidade com credores e acusação de estupro na Itália
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Temos uma grande notícia para a nação santista.
"Fomos comunicados pela FIFA, nesta manhã, que o transfer ban referente à dívida com o Hamburgo, que foi acertada, já está cancelado", comunicou oficialmente o presidente em exercício do Santos, Orlando Rollo.
O clube conseguiu acertar com o Borussia não só o parcelamento, mas a redução da dívida de 30 milhões com o Hamburgo, pela contratação do zagueiro Cleber Reis, em 2017.
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O clube alemão processou o Santos junto à Fifa por calote. Como pena, foi proibido de contratar. O empresário e candidato à presidência, Andrés Rueda conseguiu convencer a direção do Hamburgo que seria melhor aceitar um acordo, já que se o clube fosse rebaixado por dívidas, os alemães nada receberiam.
O próprio Rueda emprestou do próprio bolso, 1,5 milhão de euros, cerca de R$ 9,8 milhões. E pagou a primeira parte da dívida.
Rollo sabe que o clube tem até terça-feira para inscrever novos atletas, com o fim da punição da Fifa. Mas deverão vir novas, por calote ao Huachipato (dívida por Yeferson Soteldo) e Atlético Nacional (dívida por Felipe Aguilar).
E Santos novamente proibido de contratar.
Por isso, Laércio ex-zagueiro do Caxias, será inscrito.
O Santos tem dívidas que alcançam mais de R$ 300 milhões.
Daí, a grande novidade foi a postura firme de Rollo com a advogada Marisa Alija. Representante de Robinho, ela foi avisada que estava cancelada a reunião de hoje na Vila Belmiro.
O presidente disse que não teria condição 'moral' de contratar Robinho.
"A situação é calamitosa, seria incoerência falar em reforços de alto impacto. Apesar de tecnicamente estar livre, existe uma série de questões financeiras, como pagamento de luvas e premiações.
"Santos não teria condição de pagar neste momento. Queria trazer Robinho, é meu sonho, quando voltou em 2010 eu era vice do Conselho e fui incentivador junto ao ex-presidente Laor.
"Mas era outra realidade. Vivemos caos financeiro, maior crise da história do clube. Se no meio da maior crise, trazemos Robinho, com que credibilidade vou renegociar dívida?
"Ninguém vai aceitar. Obtemos êxito porque pessoas enxergam credibilidade. Se fizermos loucura, ninguém vai querer renegociar dívida com o Santos.", disse o dirigente, encerrando qualquer perspectiva.
Rollo também estava sendo pressionado por parte do Conselho Santista que não queria a volta do jogador, condenado por estupro, na Itália.
A representante do atacante de 36 anos garantiu, em Santos, que vai negociá-lo como outro clube brasileiro.
Rollo diz que sua postura é irreversível.
Robinho está fora dos planos santistas...
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