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Pia escolheu o Canadá. Veio o castigo. Eliminação da Olimpíada

A técnica sueca fez o Brasil não golear Zâmbia para fugir das norte-americanas e das suecas. Escolheu o Canadá. Mas seu time parou no 0 a 0. Caiu nos pênaltis. Talvez tenha sido a última Olimpíada de Marta

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


O rosto de Marta resume a desolação. Fracasso contra o Canadá pode ter sido a sua última Olimpíada
O rosto de Marta resume a desolação. Fracasso contra o Canadá pode ter sido a sua última Olimpíada

São Paulo, Brasil

Não foram só as músicas que Pia Sundhage aprendeu em dois anos de Brasil. 

Convivendo por 24 meses nos bastidores da CBF, ela passou a entender o futebol de outros ângulos. 

E hoje, no Japão, ela e a Seleção Feminina pagaram por isso.

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Pia não quis que o Brasil enfrentasse os Estados Unidos ou a Suécia nas quartas-de-final das Olimpíadas, competição muito mais importante do que o Mundial para as mulheres. E por isso colocou seu time misto, treinado para jogar em um ritmo lento propositalmente. Para não golear a Zâmbia, que havia perdido por 10 a 3 para Holanda. 

O Brasil venceu, como queria a treinadora sueca, só por 1 a 0. Fugiu de forma triste das norte-americanas e da suecas. Escolheram o Canadá, que deveria ser o atalho para as semifinais.

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Veio o castigo.

Marta e Barbara. A triste imagem da eliminação precoce do Brasil. Adeus Tóquio
Marta e Barbara. A triste imagem da eliminação precoce do Brasil. Adeus Tóquio

O time não conseguiu superar as canadenses, muito melhor fisicamente. Veio o 0 a 0 durante os noventa minutos e na prorrogação.

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Justo resultado, já que Pia decidiu montar a equipe muito defensivamente. Marta foi desperdiçada, mais marcando do que tentando organizar ataques.

Bia Zaneratto e Debinha ficaram isoladas demais do time, na frente.

Foi decepcionante a articulação tática da treinadora sueca.

Chegaram os pênaltis.

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Força psicológica nunca foi o forte da Seleção Brasileira Feminina, carente de títulos importantes, apesar do talento excepcional de Marta. As brigas pela Internet de algumas jogadoras já demonstraram esta instabilidade.

Ainda mais diante do adversário mais fraco, o 'escolhido'.

O Brasil saiu na frente. A goleira acima do peso Barbara defendeu a cobrança de Sinclair. Marta Debinha e Érika marcaram. Jessie Fleming, Ashley Lawrence, Adriana Leon também. 3 a 3, com a Seleção em vantagem.

Mas Andressa Alves bateu mal e Miyagi defendeu. Vanessa Giles colocou as canadenses pela primeira vez na frente do placar. 4 a 3.

Pressionada, Rafaelle bateu fraco, à meia altura. E Myiagi defendeu, sem grandes traumas.

O trauma veio para o Brasil.

Outra Olimpíada perdida, desperdiçada, com um time poderoso.

Formiga, aos 43 anos, se despede da Seleção.

Mas pode ter sido a última Olimpíada também de Marta.

Aos 35 anos, ela já não mostrou o mesmo vigor físico.

E não há a mínima certeza de que suportará a próxima Olimpíada de Paris, aos 38 anos.

"Eu não sei. Difícil dar essa resposta agora, a cabeça está à mil. Estou muito emocionada, vou deixar essa resposta para depois. Não dá para dizer no momento... Enfim, desculpa, estou muito emocionada", disse, assustada com a eliminação.

Ninguém da Seleção de Pia Sundhage esperava ser eliminada pelo Canadá, que tem uma equipe competitiva, nada brilhante. Aliás, já foi assim que as canadenses tiraram a medalha de bronze do Brasil, na Olimpíada do Rio de Janeiro, há cinco anos.

A derrota vem em péssimo momento.

Quando o futebol brasileiro feminino estava vivendo seu melhor momento no país. Com reconhecimento da mídia, campeonato nacional organizado, patrocinado. 

A derrota precoce tem peso enorme.

Pia precisa ser cobrada.

Escolheu o Canadá.

E agora, sua seleção, que não mostrou um bom futebol na Olimpíada, está eliminada.

Não vai adiantar cantar 'Anunciação', de Alceu Valença.

E sim preparar o Brasil para qualquer adversário.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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