Pênalti infantil de Hulk. E Atlético desperdiça chance de disparar
O time de Cuca mostrou muito nervosismo, ansiedade. E apenas empatou com o limitado Fluminense. 1 a 1. Palmeiras e Flamengo comemoraram
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Quando você tem nove vitórias seguidas e elas são seguidas de um empate, não é ruim não. O ruim era perder. Leva-se um ponto que pode ser muito valioso."
Essa foi a desculpa de Cuca, em São Januário, logo após o decepcionante empate com o Fluminense.
Uma vitória abriria oito pontos de vantagem do Palmeiras, segundo colocado. E seis, caso o Flamengo vença seus dois jogos a menos.
Mas veio o empate e Atlético tem apenaas seis pontos a mais que o Palmeiras e a quatro do Flamengo, se o clube ganhar suas partidas atrasadas.
Cuca acompanhou e comemorou com seus jogadores na concentração a derrota palmeirense para o Cuiabá e o empate entre Flamengo e Ceará.
Era para ser a rodada ideal para o Atlético.
Mas...
A atuação do time mineiro misturou afobação, irritação, nervosismo e incrediludidade. Estava evidente que a equipe atleticana não esperava tamanha resistência do Fluminense de Marcão.
A equipe carioca mostrou as limitações técnicas de sempre, com o fraco elenco que possui. Mas a diferença com a equipe de Roger Machado foi a determinação, a vibração, a gana para cada dividida. Nem parecia o time apático, eliminado da Libertadores pelo Barcelona de Guayaquil.
E ainda ganhou um pênalti. Hulk foi totalmente imprudente e acertou uma cotovelada no rosto de Lucca Claro em um escanteio banal. Fred marcou seu 154º gol no Brasileiro.
A partir daí, 24 minutos do primeiro tempo, os nervos do time atleticano prevaleçaram sobre o racional. O time que havia vencido o River Plate por 3 a 0 não iria perder para o Fluminense. Estava claro no semblante dos jogadores a revolta com o resultado.
O Fluminsense segurou impávido o resultado até os 35 minutos do segundo tempo. Tomando duas bolas nas traves, inclusive.
Quando Gabriel Teixeira, sozinho com Everson, teve a chance de fazer 2 a 0, mas chutou longe do gol.
Diante do desperdício, o castigo.
Muito oportunista Sacha empatou a partida.
O Atlético sonhava com a virada, em São Januário, mas não escapou da forte marcação do Fluminense. 1 a 1.
Empate ruim, diante das circunstâncias.
"Nós dominamos, controlamos, tivemos a posse de bola absoluta do jogo, criamos as oportunidades, ela deu na trave duas vezes e não entrou. Na terceira, ela entrou. O adversário teve uma chance de contra-ataque, que é natural, porque você está expondo o time. Isso está no preço. No dia que não dá para ganhar, leva-se embora um ponto", tentava se animar, Cuca.
A verdade é que o Atlético, que sonha quebrar o jejum de 51 anos sem título do Brasileiro, desperdiçou a chance de chegar à décima vitória consecutiva.
O time tomou a lição.
Não adianta afobação, irritação com o bom desempenho adversário.
Ainda mais porque terá o Fluminense, de novo, na quinta-feira. Pelas quartas da Copa do Brasil.
O Atlético que aprenda com esse tropeço.
A vitória seria fundamental psicologicamente.
Desgarrar dos seus rivais.
Que sirva de lição para Cuca.
Seu time de R$ 180 milhões precisa ser forte mentalmente.
Ontem, em São Januário, não foi...
Galo empata com o Flu e abre seis pontos de vantagem na liderança
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.