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Peitada em árbitro, 'tchau a colombiano', simulação. Neymar perto dos 30 anos. Impossível confiar em Neymar no Catar

A dois meses de completar 30 anos, Neymar diferenciado, mas se comportando como um juvenil mimado. Se fosse no Mundial, teria sido expulso. Até quando Tite ficará de braços cruzados? Até o país perder a Copa do Catar?

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Ontem, Neymar peitou o árbitro chileno Tobar e gritou grudado no rosto dele. Se fizer isso na Copa, será expulso
Ontem, Neymar peitou o árbitro chileno Tobar e gritou grudado no rosto dele. Se fizer isso na Copa, será expulso

São Paulo, Brasil

Oito minutos do primeiro tempo de Brasil e Colômbia.

Irritado com falta não marcada em Raphinha, ele derruba Cuadrado. Não satisfeito, corre gritando em direção ao árbitro Roberto Tobar. Chega a dar uma peitada nele, cobrando.

As imagens são claras. O juiz chileno poderia dar cartão amarelo ao brasileiro ou até expulsá-lo. Nem Tite e muito menos os companheiros de seleção falam com Neymar.


Aos 40 minutos, ainda do primeiro tempo, em uma disputa pelo alto, ele é tocado de leve por Cuadrado, que abre o braço esquerdo, para equilibrar o corpo, sentindo a presença de Neymar. O braço mal roça no rosto do brasileiro. Ele cai se contorcendo, simulando uma grave cotovelada.

"Mentiroso, mentiroso!", acusa o colombiano. Neymar só se levanta, satisfeito, quando Tobar dá cartão amarelo ao adversário.


Aos 26 minutos do segundo tempo, dá uma assistência genial para Lucas Paquetá, no meio da zaga colombiana, marcar.

Dois minutos depois, Neymar entra violentamente em Munõz, que estava com a bola de costas para o campo, de frente para a lateral. Lance sem perigo algum. E o camisa 10 do Brasil toma cartão amarelo, desnecessário, infantil.


Ao final da partida, Neymar procura o volante Lerma e o provoca. Acena para ele, dando 'tchau'. O jogador colombiano se controla, poderia dar início a uma briga após a partida.

Tudo isso diante de Tite. O treinador faz de conta que não percebeu nada do que aconteceu para não criar problema com sua principal estrela.

Veículos de comunicação colombianos se irritam não só com o comportamento de Neymar, como com a proteção que ele tem dos árbitros. Internautas relembram a terrível agressão de Zuñiga ao brasileiro, na Copa do Mundo de 2014. E garantem que não foi por acaso.

Neymar expulso. Na Europa, árbitros não temem seu poder midiático, como na América do Sul
Neymar expulso. Na Europa, árbitros não temem seu poder midiático, como na América do Sul

A pouco mais de dois meses de completar 30 anos, Neymar segue misturando seu talento diferenciado a atitudes dignas de um juvenil mimado. 

Ele pede respeito, mas não se faz respeitável em campo.

As consequências são conhecidas.

Na Europa, seus chiliques com os árbitros, as provocações aos adversários, as simulações mataram seu sonho maior: ser escolhido como melhor jogador do mundo.

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A antipatia a Neymar só é medida por quem convive na Europa. O tom de cobertura do PSG é absolutamente crítico ao brasileiro. Partindo da própria imprensa francesa.

Neymar ameaça que o Mundial do Catar poderá ser o seu último. Até como uma maneira de ganhar mais apoio e menos crítica. Mas o resultado não deu certo. Ao contrário. 

No Campeonato Francês, na Champions e mesmo ontem contra a Colômbia, está cada vez mais claro que marcá-lo deixou de ser uma tarefa quase impossível. Pelo contrário. O "tchau" a Lerma era o reconhecimento de que o volante colombiano soube como fechar seus espaços durante a maior parte do jogo. Até que ele conseguiu sua assistência genial a Paquetá.

Mas o restante da partida Neymar não conseguiu criar, dar as arrancadas que o caracterizaram, os dribles geniais. Ele está mais lento, mais pesado, em campo. Um décimo de segundo no futebol faz muita diferença. Jornais europeus cansam de criticar o atual momento do brasileiro.

Seria o resultado de anos e anos de baladas intermináveis, que estariam cobrando seu preço.

Aqui na América do Sul, contra adversários bem mais fracos, ele consegue se impor. Com a exceção dolorida da final da Copa América, no Maracanã, vencida pela Argentina, quando foi anulado. No Campeonato Francês e na Champions, Neymar perde cada vez mais espaço.

É impossível apostar como o camisa 10 e protegido de Tite chegará ao Mundial do Catar. Falta um ano, já que o campeonato começará em novembro de 2022.

Talento ele tem de sobra.

Mas maturidade, não.

Na Copa de 2018 suas simulações viraram memes no planeta.

Viraram motivo de piada.

Neymar é um jogador marcado.

No Brasil, nas Eliminatórias, ele pode fazer o que quer.

Mas na Copa do Mundo a situação é diferente.

Ele já disputou e perdeu duas.

A primeira, no Brasil, por uma agressão do colombiano Zuñiga, que diz ter sido provocado.

A segunda, na Rússia, por tentar resolver sozinho o jogo contra a Bélgica mais as tolas simulações.

A do Catar será a sua terceira chance.

Tite tem um ano para convencer Neymar a deixar suas infantilidades e jogar futebol pelo time. E, se possível, se cuidar fisicamente. Perder um ano de baladas para tentar desfrutar a conquista de uma Copa do Mundo.

O Brasil vencer no Catar depende de Neymar.

Se ele se comportar como um juvenil irritadiço, adeus, Copa...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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