Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rímoli - Blogs

Paz entre Dorival e Memphis. Mas, depois do empate contra o líder Cruzeiro, a pressão no Corinthians continua. Botafogo e Palmeiras pela frente

O time reagiu, perdeu a apatia do clássico contra o São Paulo. O 0 a 0 diante do Cruzeiro mostrou quanto o artilheiro Yuri Alberto faz falta. O treinador implorando reforços à direção

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Dorival Júnior repete o quanto precisa de reforços. Corinthians não sonha com título no Brasileiro. Quer classificar para a Libertadores Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Dorival Júnior estava aliviado.

O clima em Itaquera era de muita apreensão, depois da derrota para o São Paulo, no clássico.

E da substituição de Memphis Depay no intervalo do jogo.

O empate diante do Cruzeiro, líder do Brasileiro, em 0 a 0, trouxe um pouco de paz ao treinador e aos atletas.


Mas ele tem plena consciência que as cobranças seguirão.

O objetivo do Corinthians no Brasileiro não é o título.


Por conta da dificuldade em ter um elenco forte.

A promessa que ele tinha de quatro contratações importantes, antes de assumir o comando do time, foram feitas pelo presidente afastado, Augusto Melo.


E o atual, o interino Osmar Stabile, não quer comprometer as finanças mais que abaladas do clube.

“Eu entendi tudo o que aconteceu com o clube, a saída de um presidente, a chegada de um outro presidente, que não havia ainda conversado comigo.

“Passei tudo aquilo que foi falado na minha conversa inicial com o Fabinho, não fico aqui expondo ninguém, fiz um comentário do que foi acertado, mas não busco interferir no trabalho de ninguém. Entendo o que o clube está passando, o que a torcida está sentindo, nós estamos nos entregando dentro do Corinthians, buscando fazer o melhor pelo nosso torcedor.

“Mas tranquilidade não existe no futebol”, desabafou.

Dorival deu uma leve cutucada em Stabile, que disse que a permanência dele como treinador ‘depende de resultados’. Não era esse tipo de apoio que esperava.

Sobre o 0 a 0 contra o Cruzeiro, líder do Brasileiro, o treinador estava feliz. Mesmo empatando na casa corintiana.

“Foi um jogo muito disputado, de ocupação de espaços, de entendimento de jogo, fato esse que nos levou a ter oportunidades importantes. Tivemos um início irregular, instável, mas a partir de um momento começamos encontrar um caminho. Jogamos contra a equipe que é líder da competição.”

Sobre Memphis Depay e o acordo de paz, selado em uma conversa, no domingo, um dia após o clássico, o técnico foi sutil.

Os dois se acertaram

“Isso aí é um assunto interno, que a gente trabalha internamente, já está resolvido, sanado, não tem necessidade de levarmos à frente. Em relação a energia, quando eu tirei três jogadores (no intervalo, contra o São Paulo) eu poderia ter tirado quaisquer outros três.

“Não foi uma grande noite da nossa equipe, aquilo prejudicou consideravelmente. No futebol hoje em dia não existe parte tática, não existe modelo de jogo se não tiver energia para desempenhar funções.”

Dorival sabe que terá pela frente dois enormes desafios.

O Botafogo, no Rio, sábado.

E na próxima quarta-feira, o Palmeiras, pela Copa do Brasil.

O desempenho do treinador não é estimulante. Pelo contrário.

“Não pense que eu não gostaria de entregar outros resultados, mas eu tive vários desfalques ao longo de todo esse período, todo esse processo, jogadores que são importantes na minha concepção, além daqueles que não vieram, e nem por isso eu deixei de fazer o meu melhor lá dentro. Eu tenho a paciência e o entendimento, além de muito respeito com o torcedor do Corinthians. Minhas equipes sempre jogaram, criaram, fizeram gols e conquistaram grandes resultados.”

Dorival reclamou da longa demora para ter Yuri Alberto.

“Acho que as dificuldades que estamos tendo são justamente aí, no sistema ofensivo. Eu não escondo de vocês que ainda não tive os três jogadores de ataque jogando juntos. Estou aqui há 90 dias e isso ainda não aconteceu.

“São jogadores que se complementam dentro das partidas. Para mim, é muito em razão disso aí”, disse, falando de Memphis, Garro e Yuri Alberto.

Perguntando se ele se sentia pressionado, ironizou.

“Pressão? Só é pressionado quem tem condições de dar retorno. Não é pressionado quem não tem potencial e qualidades para dar retorno. Por isso fico contente de ser pressionado, mesmo entendendo que talvez, se as pessoas conhecessem nosso dia a dia, o que está sendo feito dentro do clube, não tivessem essa mesma ideia e impressão.

“Vou seguir entregando o meu melhor dentro das minhas condições. Vão falar sempre, ganhando ou perdendo estaremos expostos.

“Estamos sempre vulneráveis em um cargo, só reconhecem resultados positivos. Não se avalia o trabalho, se avalia o resultado. Cada um faz o que quer na sua profissão, eu pouco me importo com isso, sigo a minha vida com tranquilidade, equilíbrio, tentando fazer o meu melhor pelo pelo clube que me contratou.

“Não tenho dúvidas, se me deixarem fazê-lo, eu vou entregar coisas boas, sempre fiz isso em todos os clubes que passei.”

O discurso de Dorival serve como antecipação ao que pode acontecer depois dessas duas partidas.

Ele sabe que se o Corinthians perder para o Botafogo e Palmeiras, sua situação estará perto do insuportável.

Mas no final da noite de ontem queria comemorar.

O empate diante do Cruzeiro, líder do Brasileiro, foi uma vitória para Dorival.

Mas insuficiente para deixá-lo ‘tranquilo’...

Neste Dia dos Pais, presenteie com o novo Natura Homem Evolut.io, a fragrância do homem que nunca para de evoluir.

Natura. Bem estar bem.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.