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Cosme Rímoli - Blogs

Pavor de Allana faz Lucas revelar detalhes do assassinato de Daniel

A filha de Edison Brittes, assassino do jogador, terá seu segundo pedido de habeas corpus julgado hoje. Testemunha tem medo que seja solta e se vingue

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Allana Brittes é acusada de coagir testemunhas do assassinato. Entre elas, Lucas
Allana Brittes é acusada de coagir testemunhas do assassinato. Entre elas, Lucas

São Paulo, Brasil

Denunciar de vez todo horror que viveu.

Mostrar o rosto na tevê.

Revelar sua identidade.


Aliviar a consciência.

E, principalmente, mostrar em detalhes aos cinco ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que Allana Brites não merece receber o habeas corpus, pedido por seus advogados. 


Já houve a recusa do primeiro, levado ao TJD.

Allana é a filha de Edoson Brittes, principal acusado do cruel homicídio do jogador do São Paulo, Daniel Corrêa, na madrugada do dia 28 de outubro de 2018.


Ela está detida desde o dia primeiro de novembro, acusada de de fraude processual, corrupção de menores e coação.

Lucas Stumpf é a testemunha-chave do absurdo massacre que Daniel, de 22 anos, sofreu antes de morrer.

Viu Edison e mais os jovens Ygor King, David Willian da Silva e Eduardo Henrique da Silva espancarem com socos, pontapés o jogador de 22 anos, por ter invadido o quarto da mulher do empresário, depois da festa de aniversário de Allana, em Curitiba.

Família Brittes teria exigido um pacto de silêncio sobre a morte de Daniel
Família Brittes teria exigido um pacto de silêncio sobre a morte de Daniel

Daniel tomou tantos golpes, pisões, chutes no rosto e no corpo que saía sangue da sua boca, ao tentar pedir que não o matassem.

Lucas insistiu para Edison parar de espancar o jogador.

Ouviu que, se não ajudasse, se afastasse.

Ou seria o 'próximo' a morrer.

Viu ainda o empresário pegar a enorme faca para churrasco, que usaria para decepar o pênis de Daniel.

E, com ela, o mataria. 

Com um assustador corte no pescoço do jogador.

A Polícia do Paraná tem a certeza que o assassino queria cortar a cabeça de Daniel, antes de abandonar o corpo em um matagal, em São José dos Pinhais, cidade próxima de Curitiba.

Ele já havia tirado o pênis do jogador e jogado em uma árvore.

Após todo esse horror, Allana mandou mensagens para a mãe de Daniel, no dia seguinte. Dizia estar preocupada com o sumiço do jogador. Sabia de tudo o que havia acontecido.

Fotos tolas provocaram o cruel assassinato
Fotos tolas provocaram o cruel assassinato

Agiu com a maior naturalidade, se dizendo assustada com o sumiço do atleta. E que faria tudo para encontrá-lo.

Além de mentir à mãe de Daniel, Allana organizou um encontro com as pessoas que estavam na sua casa, a mando de Edson.

A acusação é ele, a mãe e o pai tentaram coagir quem participou e, principalmente, quem não participou do massacre, do assassinato.

Todos deveriam seguir em silêncio.

Lucas Stumpf decidiu romper o pacto.

Seu testemunho foi fundamental para a acusação dos assassinos.

De Cristiana, a mulher de Edson, que teve o quarto invadido por Daniel, e de Allana. Ambas além de não tentarem evitar o homicídio, participaram da coação, de acordo com o jovem de 24 anos.

Lucas tem muito medo do que pode acontecer com ele, caso Allana deixar a cadeia. 

Lucas, testemunha do assassinato. Depressão e medo de Allana fora da cadeia
Lucas, testemunha do assassinato. Depressão e medo de Allana fora da cadeia

E resolver se vingar dele, a mando do pai.

Lucas, que está em São Paulo, foi ameaçado anonimamente.

Não deve voltar a Curitiba, a São José dos Pinhais.

Ele toma remédios para a depressão e tem síndrome do pânico, por tudo que viveu. E o medo das consequências por seu testemunho.

Daí a entrevista à tevê, onde escancarou os detalhes do revoltante assassinato de Daniel.

"Eu estava me divertindo, conversando com as meninas e em determinado momento um cara vem correndo e diz:

"Meu Deus, vai acontecer uma tragédia aqui, vai dar cag...

"E aí eu vou até a janela e olho dentro do quarto, aí o menino estava... dá até um (sentimento) ruim de falar isso.

"No momento em que eu olhei pela janela, eu vi ele [Daniel] na cama sendo enforcado.

"Eu vi o Edison enforcando ele em cima da cama, batendo em cima da cama. Ele [Daniel] estava de cueca e camiseta.

"Ele (Daniel) falava: 'não quero morrer, não quero morrer' e aí eles batiam, batiam, aí entraram outros rapazes e batiam, batiam... ele já saiu do quarto muito machucado.

"Ela (Cristiana Brittes) tentava pedir ajuda, mas ela não tinha o que fazer.

"Ela não tinha como reagir naquele momento e não ia conseguir fazer nada naquele momento, creio eu.

"No momento em que eles estavam agredindo ele (Daniel), eu cheguei e falei: para, para. Ele (Edison Brittes) só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora, senão você é o próximo.

"Eu sonhei muito com aquilo que aconteceu. Acordava assustado e chamava a minha mãe porque a gente se sente uma criança de novo. A gente se sente inseguro, desprotegido. Parece que tudo em volta conspira contra mim."

O depoimento foi para a RPC TV.

Para a Polícia Civil e Ministério Público do Paraná, não houve tentativa de estupro de Daniel em Cristiana. Embriagado, ele teria invadido o quarto da mulher de Edison para tirar fotos com ela na cama. E mandar as imagens para seus amigos.

Bobagem que pagou com vida.

Lucas revelou que Cristiana estaria bêbada e beijado na boca alguns rapazes na festa de aniversário de Allana. Inclusive Daniel, situação que o teria encorajado a entrar no quarto de Edison.

O julgamento de habeas corpus de Allana será hoje, a partir das 14 horas, em Curitiba.

A posição de Lucas é clara.

Puro pavor que Allana saia da cadeia...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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