Para ter Ramón Díaz e se livrar de António Oliveira, Corinthians pede adiantamento de cota de televisão. Rescisões travam o clube
Treinador argentino já está no Rio de Janeiro. Mas não pode assumir o time porque o Corinthians não pagou a multa de R$ 1,6 milhão da demissão de Antônio Oliveira. Clube estuda até emprestar dinheiro para Díaz, se ele lutar na Justiça pela rescisão do Vasco
O Corinthians deve cerca de R$ 2,3 bilhões.
Tem sérias dificuldades para manter o salário e o direito de imagem dos atletas em dia.
A folha de pagamento do seu time bate nos R$ 21 milhões.
O rodízio, que os jogadores detestam, que é pagar um mês de direito de imagem e ficar dois sem pagar para não perder os direitos dos atletas, já foi feito várias vezes.
Mosquito e Arthur Souza entraram na Justiça para conseguirem a liberação do clube por conta da falta de pagamento do fundo de garantia.
Quase conseguiram.
O presidente Augusto Melo fechou os direitos de transmissão dos Brasileiros de 2025 até 2029 com a Liga Forte União.
Desde que a cota ficasse em R$ 220 milhões.
A briga foi longa, mas o clube paulista conseguiu.
Só que Melo exigiu outro detalhe: a liberação imediata de R$ 150 milhões.
Para amortizar os juros da dívida corintiana e, principalmente, contratar e manter os salários em dia.
Só que surgiram dois problemas.
As rescisões de António Oliveira, do Corinthians, e de Ramón Díaz, do Vasco.
O treinador português, que foi mandado embora na semana passada, exige que a multa, dois salários, cerca de R$ 1,6 milhão, seja paga de uma vez só. O Corinthians já pagou R$ 1,1 milhão para o Cuiabá, para ter o técnico.
E ainda paga as parcelas da multa de R$ 13 milhões pela demissão de Mano Menezes.
Não bastasse tudo isso, Melo acertou a contratação de Ramón Díaz, e sua Comissão Técnica, por R$ 1,6 milhão mensais.
Só que o técnico argentino se mostra firme em relação ao Vasco.
Em jogo, há a multa de R$ 11 milhões.
O clube carioca garante que foi ele quem pediu demissão.
E Díaz jura que foi demitido.
Quem rompeu o compromisso tem a obrigação de pagar pela rescisão.
Enquanto as duas situações não forem resolvidas, o argentino não pode assumir o Corinthians.
Melo já pediu o adiantamento da cota de transmissão e quer usar esse dinheiro para se livrar de António Oliveira.
E pensa até em, se preciso for, adiantar o dinheiro a Díaz, para que ele deposite ‘em juízo’ ao Vasco.
Para conseguir a rescisão, comece a trabalhar no Parque São Jorge.
Depois, busque na Justiça o ressarcimento do clube carioca.
Melo precisa resolver esse entrave.
A postura de Díaz é radical.
Insiste que foi mandado embora pelas redes sociais vascaínas.
A direção corintiana quer, de qualquer maneira, o treinador, na próxima terça-feira, comandando o time contra o Criciúma, em Itaquera.
O argentino veio para o Brasil para trabalhar.
Mas quer resolver a situação com o Vasco.
A Liga Forte União já providenciou o dinheiro de adiantamento para o Corinthians...
(Tudo certo, Ramon Díaz é o treinador.
Acompanha a partida hoje diante do Vasco.
E começa a trabalhar amanhã...)
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