PAOK já tem técnico. Saída de Abel para o Palmeiras foi alívio
Treinador português, que fracassou no time grego, se despediu chorando. Já deixou tudo certo com o Palmeiras e será anunciado, com dois anos de contrato
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Pablo Garcia.
Uruguaio, 43 anos.
É o novo técnico do PAOK.
A transição, com a saída de Abel Ferreira para o Palmeiras, já estava acertada desde o início da semana.
Os jornais gregos deixam claro o fracasso dos 16 meses em que o português esteve no comando do clube.
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A esperança de renovação da equipe, por teoricamente, trabalhar muito bem com a base e fazer um time vencedor, se perdeu.
Ferreira fez a remodelação de uma maneira apressada. Entrou em conflito com jogadores mais experientes. O clima no clube ficou muito ruim.
A fé dos dirigentes já começou a se perder com o fracasso na luta pelo bicampeonato nacional. O clube havia vencido o título em 2019, depois de 34 anos de jejum. O trabalho foi do romeno Razvan Lucescu.
Ele recebeu uma proposta milionária do Al-Hilal e foi para a Arábia Saudita.
O PAOK foi buscar Abel Ferreira, que fez ótimo trabalho no Braga. Não conquistou um título, mas tornou a equipe competitiva.
A proposta do Palmeiras não chegou do acaso.
Empresários internacionais sabiam que o clube grego queria se livrar do português.
Havia grande arrependimento pelo gasto de 2,5 milhões de euros, R$ 16,8 milhões, pagos pela multa de rescisão.
Para facilitar a saída de Ferreira para o Palmeiras, a direção do PAOK decidiu abaixar muito a multa rescisória.
Nada de 5 milhões de euros, cerca R$ 33,7 milhões.
Nem 2 milhões de euros, cerca de R$ 13,4 milhões, como foi divulgado.
Ele sairá por 600 mil euros, cerca de R$ 4 milhões, tamanha a ansiedade em buscar outro comandante, por parte do clube grego.
Mas há também 800 mil euros, R$ 5,3 milhões, caso o clube paulista conquiste títulos, nos anos que o treinador for seu comandante.
Abel se deixou fotografar hoje pela manhã se despedindo dos jogadores.
Fica evidente nas imagens, que só o treinador está emocionado. Os atletas, não.
O que é um grande indício da crise de relacionamento que a imprensa grega garantia.
Mesmo assim, o presidente Mauricio Galiotte está orgulhoso.
Ele tenta convencer os seus companheiros de diretoria e mesmo os donos da Crefisa, que o Palmeiras não foi recusado por ninguém. Miguel Ángel Ramírez e Sebastián Beccacece preferiram ficar no Independiente del Valle e no Racing, mas não devem ser levados em consideração.
Assim como o fato de Abel Ferreira jamais ter sido campeão nos dois clubes que treinou, o Braga e o PAOK.
O que interessa a Galiotte é que ele vai impor uma filosofia moderna, competitiva, no Palmeiras.
Terá contrato de dois anos.
Com um terceiro, opcional.
Ele trará quatro profissionais.
Seus auxiliares Carlos Martinho e Vitor Castanheira, o preparador físico João Martins, e também o analista de desempenho Tiago Costa.
Andrey Lopes, o Cebola, seguirá sendo o auxiliar técnico do Palmeiras.
Galiotte disfarça.
Mas a contratação do português não agradou a todos no clube.
Pelo contrário.
Depois que detalhes da trajetória do português veio à tona, há a certeza.
Ele será muito cobrado.
O elenco do Palmeiras tem jovens atletas.
Mas ainda tem, na sua maioria, jogadores rodados, experientes.
Se Abel decidir ser radical, como no PAOK, afastando os veteranos do time para colocar garotos da base, terá problemas.
O treinador que Galiotte contratou não tem a mesma linha de trabalho de Jorge Jesus, ex-tecnico do Flamengo.
E sim de Jesualdo Ferreira, que fracassou no Santos.
Seus times não têm o domínio da bola.
Não é uma obsessão.
Eles atuam de forma rápida, objetiva no ataque.
Costumam ser seguros na defesa.
Não são bonitos de ver.
Dentro da expectativa, é uma aposta.
Toda de Galiotte.
Que paga por não ter fechado com o melhor treinador com quem se reuniu nos últimos anos.
Jorge Sampaoli...
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