Palmeiras vence. Mas perde a chance de golear o Corinthians, sem rumo, que foi desprezado por Tite e por Mano Menezes
O ex-meia e improvisado técnico, Danilo, expôs o time a uma goleada do Palmeiras, no Allianz. 2 a 0 no primeiro tempo foi pouco demais. Depois, no segundo, na raça, veio o gol 'de honra'. O Corinthians é um improviso só
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O Palmeiras perdeu a chance de golear o Corinthians, hoje, no Allianz Parque.
Depois de ser recusado por Tite, por Mano Menezes, o clube encaminhou acerto com o desempregado Roger Machado.
No primeiro tempo, taticamente, Abel Ferreira fez seu time dominar as intermediárias, encurralar, sem dificuldade, a equipe muito mal montada pelo improvisado Danilo, ex-jogador e treinador do sub-20. Ele tentou "inventar" Róger Guedes como meia.
O atacante não conseguiu articular nem, muito menos, acompanhar os volantes palmeirenses. Fez a aposta improvável em Romero, sem ritmo, já que se tornou reserva dos reservas desde que chegou. Ele tentou, mas não conseguiu cumprir sua única função: marcar Mayke.
O meio-campo corintiano estava espaçado, esburacado, sem rumo.
O Corinthians se posicionou esperando passivamente o massacre.
Mas, por preciosismo e egoísmo de seus jogadores Dudu e Artur, que perderam chances claríssimas, o Palmeiras marcou apenas dois gols, de Murilo, depois de escanteio cobrado de forma ensaiada, com muito talento, por Raphael Veiga, e movimentação sincronizada na área. A cabeçada do zagueiro foi no ângulo de Cássio. 1 a 0, aos 15 minutos de jogo.
A partida seguia muito fácil. Raphael Veiga tinha toda a liberdade. E foi ele quem marcou o segundo gol. Artur descobriu Dudu por trás da zaga, em excelente inversão. A bola chegou para Veiga, que infiltrou a área, chutou forte, a bola foi travada por Roni, mas ela sobrou caprichosa, para a batida seca, sem chance, outra vez para Cássio. 2 a 0, aos 35 minutos.
Daí veio o desperdício. A goleada jogada fora. E o Palmeiras quase pagou muito caro.
Foi como se os atletas esquecessem que do outro lado estavam seus maiores rivais. Danilo conseguiu equilibrar o meio-campo, ao colocar Giuliano no meio e Róger Guedes, atleta que melhor tem atuado em 2023, onde ele rende, na ponta esquerda, tirando o improdutivo Romero.
O interino adiantou as linhas e comprou a briga com o Palmeiras.
O jogo ficou de igual para igual.
Tudo piorou para o Palmeiras quando Raphael Veiga, vindo de contusão, cumpriu o protocolo e deixou o campo. Assim como Rony, ambos aos 18 minutos. Faltaram os neurônios na articulação e o respeito que o poder de explosão e definição de Rony provoca.
O Corinthians partiu mais confiante para a frente e conseguiu marcar, graças a um gol espírita. Róger Guedes cobrou escanteio da esquerda e Piquerez tentou chutar a bola longe com o pé direito. Errou feio, como um juvenil, e a bola enganou Weverton.
2 a 1, aos 29 minutos.
A partir daí, a partida ganhou muito em emoção.
Foi de tirar o fôlego.
Com ataques na base da raça, do coração, pelo Corinthians, que parecia uma rede de retalhos, contra a organização moderna, com muita movimentação, velocidade, consciência.
Weverton e Cássio mostraram que são os melhores goleiros do país, outra vez. Se alternavam em defesas e saídas precisas.
No fim, a justa vitória do Palmeiras por 2 a 1.
Três pontos para o pragmático e explosivo Abel Ferreira, que tomou outro amarelo para a coleção e escapou por um triz da expulsão.
Reclamou demais, de forma desrespeitosa, contra as decisões do árbitro Wilton Pereira Sampaio.
Postura absurda para um treinador tão inteligente, tão efetivo, recordista de conquistas no tempo em que é comandante do Palmeiras.
São 44 cartões, sete vermelhos, desde novembro de 2021.
E outra derrota para o problemático Corinthians, refém de péssimas decisões do seu presidente Duilio Monteiro Alves.
O preço de ter apostado em um novato, Fernando Lázaro, para agradar Tite.
Depois escolher um treinador condenado por estupro, Cuca.
E agora ter de sair desesperado atrás de um técnico.
Ser recusado por Tite, por Mano Menezes.
Se colocar nas mãos de um treinador que acumula decepções.
Roger Machado.
O Corinthians brincou com a sorte e agora pena.
Por culpa da falta de competência de seu presidente...
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