Palmeiras tenso, foi mal. Desperdiçou dois pontos. Só empatou com o Fluminense. Mas foi prejudicado. Pênalti claro não marcado
O árbitro permissivo Wilton Sampaio não marcou pênalti de Fábio em Rony. O VAR também não o ajudou. O Palmeiras, com seus titulares, no Allianz, não saiu do empate por 1 a 1 com o esforçado, mas limitado, Fluminense
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Abel Ferreira sabia.
O Palmeiras precisava vencer o Fluminense, hoje, no Allianz.
Mas perdeu mais dois pontos preciosos.
Empatou em casa por 1 a 1.
Tem motivos de reclamação porque não teve um pênalti legítimo marcado e que mudaria o destino da disputada partida.
Dudu, o melhor em campo, fez o resumo perfeito da sensação que dominava seu time, após o confronto.
"Sim (o Palmeiras deixou escapar a vitória em casa). Foi um bom jogo, bem jogado, mas a gente perde dois pontos", lastimava.
A equipe de Abel começou muito mal o Brasileiro, com uma derrota, três empates e uma derrota. Ele queria os três pontos da vitória.
Tratou de colocar seus principais titulares contra o time fechadíssimo de Fernando Diniz. Ex-treinador do São Paulo e do Santos, ele sabia. Se montasse duas linhas de perto de sua grande área, marcando individualmente Raphael Veiga e Dudu, tudo se complicaria para o bicampeão da Libertadores.
E o Palmeiras seguiu a cartilha do futebol moderno. Colocou toda a pressão possível na saída de bola do time carioca. Forçando principalmente pelas laterais. Abel apostou em Wesley, aberto na esquerda, mas não deu certo. O jogador estava precipitado, errando lances fáceis, e irritado, caindo nas provocações dos atletas experientes que atuam nas Laranjeiras, como Wellington.
A torcida palmeirense, quase 29 mil pessoas, cobrava o time e exigia a vitória, trazendo mais tensão no ar.
Para sabotar ainda mais os nervos do time paulista, duas situações.
A primeira, aos 18 minutos, em um escanteio cobrado por Ganso, que havia começado muito bem o jogo. Na jogada ensaiada, Nathan acertou chute lindíssimo, que obrigou Weverton à excelente defesa.
Um minuto depois, o árbitro Sávio Pereira Sampaio não marcou pênalti claro de Fábio em Rony. Além disso, muito permissivo, os jogadores e as Comissões Técnicas discutiram, se xingaram à vontade.
No segundo tempo, o Palmeiras cansou.
E o Fluminense foi encontrando espaço para os contragolpes. Principalmente pelas laterais. E Diniz adiantou suas linhas de marcação. Dudu conseguia escapar de Pineida, com dribles e muita correria. Tinha também liberdade para ir para a esquerda, com a saída mais que obrigatória de Wesley.
Outra vez estava clara a ausência de um definidor. Por mais que Rony siga correndo desesperado, a partida toda, segue sacrificado. Ele é jogador de lado e não centralizado, entre os zagueiros. Esse improviso contra times organizados na defesa não funciona.
A equipe carioca dominava o segundo tempo.
Mas foi exatamente quando tomou gol.
Scarpa, na direita, cruzou com muito efeito, Rony desviou a bola. E o melhor em campo Dudu empurrou para o fundo das redes. Palmeiras 1 a 0, aos 26 minutos.
Diniz não tinha outra saída a não ser deixar seu time mais ofensivo. Trocou seu lateral-direito Samuel Xavier por Caio Paulista. E Fred entrou na vaga do volante Nonato.
Abel Ferreira havia trocado seus dois laterais. Mayke havia entrado no lugar de Marcos Rocha. E Jorge, no de Piquerez. A princípio, deu certo.
Mas Jorge falhou feio ao tentar antecipar uma bola lançada para Caio Paulista. O atacante desceu livre pela direita. E com muita consciência deixou Caño cara a cara com Weverton.
1 a 1, aos 36 minutos.
A partir daí, o Fluminense, que já começou o jogo fazendo cera, desperdiçou ainda mais tempo. Com seus atletas simulando contusões. Com Fábio demorando demais a repor a bola em campo. Tudo isso diante do permissivo árbitro Sávio Pereira Sampaio.
Os jogadores do Palmeiras se mostraram ainda mais afoitos, precipitados. O que só facilitou o trabalho do time carioca, que queria e conseguiu o empate. Resultado que jamais havia obtido no Allianz Parque, perdendo as nove partidas anteriores que disputou.
O Fluminense saiu satisfeito do jogo. Porque disputa tem objetivo muito diferente do Palmeiras. Sonha com uma vaga na Libertadores, ao final do Brasileiro.
O elenco milionário de Abel Ferreira, não. Quer o título que o português ainda não conseguiu.
O empate foi muito ruim para o Palmeiras.
O time não jogou bem.
Mas o permissivo árbitro Sávio Pereira Sampaio tem parte da culpa.
Foi absurdo o pênalti não marcado de Fábio e Rony.
Com a cumplicidade de Rafael Traci, árbitro responsável pelo VAR.
Abel tem muito que reclamar...
Carille é um deles: veja técnicos com 'passagem relâmpago' nos clubes brasileiros
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.