Palmeiras tem outra promessa assediada por clubes europeus. Quase tanto quanto Endrick: o meia Luís Guilherme
Real e Atlético de Madrid já se mostravam interessados. Olheiros de clubes franceses e ingleses sondaram a possibilidade de prioridade na venda. Clube negou. Vai lapidar o meia de 16 anos, que vale R$ 316 milhões
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O dia 26 de julho é aguardado com ansiedade no Palmeiras.
Será quando Endrick completará 16 anos e assinará seu contrato com o clube. Com multa rescisória de 60 milhões de euros, cerca de R$ 316 milhões.
O artilheiro consegue capitalizar toda a atenção da mídia. Principalmente porque foi fundamental na conquista da Taça São Paulo, competição inédita que o clube venceu em janeiro.
Só que, muito além da fácil badalação a Endrick, há outro talento muito promissor no Palestra Itália.
O meia-atacante Luís Guilherme.
Habilidoso, veloz, inteligente e artilheiro, ele fazia parte do grupo que ganhou a Copa São Paulo, não era titular. Mas, depois da competição, se firmou não só no Palmeiras sub-17. Mas na seleção brasileira, sendo uma das estrelas no torneio de Montaigu, na França, em que Endrick foi o foco principal dos jornalistas.
Luís Guilherme chamou a atenção dos rivais da capital espanhola, Real Madrid e Atlético de Madrid.
Ele completou 16 anos no dia 9 de fevereiro.
E já poderia ter assinado seu contrato profissional desde então.
Mas seu empresário, Nick Arcuri, travou uma negociação demorada com o Palmeiras. Assim como com Endrick, havia a promessa de não trair o clube que apostou no seu futebol, trazendo-o de Sergipe, há cinco anos.
A demora se explica na busca de um valor mensal para o atleta.
Abel Ferreira ficou encantado com o futebol do jovem meia. E recomendou que o Palmeiras ficasse com o atleta.
E foi assinado o contrato de três anos no mês passado, com multa rescisória de 60 milhões de euros, R$ 316 milhões, exatamente igual ao que será feito com Endrick.
A novidade está no fato de que, nos últimos dias, empresários que representam clubes europeus, franceses e ingleses, buscaram o Palmeiras para tentar a prioridade na venda.
A procura está surpreendente, quase tão grande quanto por Endrick.
Lembrando que a negociação pode até 'ficar amarrada', mas um jovem jogador com contrato com clube brasileiro só pode ser vendido ao exterior quando completar 18 anos. O caso de Vinicius Junior, negociado pelo Flamengo com o Real Madrid, é o melhor exemplo.
Só que houve a recusa de prioridade por parte palmeirense.
O Palmeiras quer lapidar o atleta. E negociar, no futuro, com quem oferecer mais. Sem amarras.
O clube quer usar o mesmo método que está sendo aplicado com Endrick. Fazer com que atue nas divisões de base até o fim do ano.
E, aos poucos, ir participando dos treinamentos com os profissionais. Até que, em 2023, seja uma constante. Para que, no segundo semestre, entre aos poucos nos jogos. E, em 2024, sim, brigue por posição entre os titulares.
O pedido de Abel Ferreira será respeitado.
Se não surgir um clube que queira pagar 60 milhões de euros, R$ 316 milhões, Luís Guilherme ficará no Palmeiras.
E na seleção brasileira.
Com enorme expectativa de sucesso no futuro...
(Embora a confirmação tenha sido feita hoje à tarde, como o blog publicou pela manhã, o acordo foi amarrado e completamente confirmado no mês passado. Três anos, até 2025. Multa de 60 milhões de euros. Foi publicado horas antes de o Palmeiras oficializar...)
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