Palmeiras só fará parte da Liga se for lucrativo. Leila repete o tratamento que Galiotte deu à Globo
O Palmeiras foi o único clube grande a não mandar representante à reunião com o presidente da Liga Espanhola de Futebol. A intenção é criar a Liga Brasileira para assumir o Brasileirão. Com a bênção da CBF
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Não foi coincidência o Palmeiras não mandar representante hoje à reunião entre clubes do futebol brasileiro, o presidente da Liga Espanhola de Futebol, Javier Tebas, e representantes da XP Investimentos e da empresa Alvarez & Marsal.
No encontro, em São Paulo, a busca era pela formação de uma Liga de Clubes Brasileiros.
Seria essa liga que organizaria e administraria os campeonatos nacionais. E cuidaria, como primeiro passo, da divisão dos direitos de transmissão, cada vez mais valorizados.
A forma proposta seria 50% igualitariamente; 25% de acordo com a performance; 25% de acordo com exposição e audiência mais número de torcedores nos estádios.
Tebas veio ao país para explicar como funciona a Liga Espanhola. Como uma espécie, a princípio, de consultor.
A XP e a Alvarez & Marsal tratariam de toda a parte financeira. Inclusive na busca de investidores.
O Campeonato Nacional seria a primeira competição que ficaria sob a responsabilidade da Liga Brasileira. Depois, a Copa do Brasil.
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Em um "acordo de cavalheiros", a CBF seguiria com a seleção brasileira, apenas. Como acontece na Espanha e na Inglaterra, com as ligas tendo vida independente.
Para terem a liberdade de criar a Liga, os clubes aceitam a atual fórmula de votação da CBF, que faz com que as federações sigam elegendo os presidentes, já que têm peso muito maior que o dos clubes nas votações.
Por que o Palmeiras não quer, neste primeiro momento, fazer parte da Liga Brasileira?
Porque a presidente Leila Pereira acredita que o Palmeiras sozinho pode repetir o que fez em 2019. Ou assina um contrato que considera absolutamente vantajoso ou não assina.

O ex-presidente Mauricio Galiotte fez com que a emissora carioca ficasse sem jogos do Palmeiras nas cinco primeiras rodadas do Brasileiro de 2019.
Só quando ela aceitou pagar R$ 100 milhões ao clube, diminuiu muito a diferença que pagava a Corinthians e Flamengo, R$ 110 milhões pela transmissão na Globo, no canal Premiere e na internet, houve o acerto. Por seis anos.
Aliás, esse será um ponto importantíssimo se a Liga Brasileira realmente for criada.
Por isso, Leila Pereira não mandou representantes a essa primeira reunião.
Por trás desse encontro de hoje estão Ronaldo Fenômeno, dono de 90% das ações do Cruzeiro e de 51% do Valladollid, clube espanhol, e também o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez.
A maioria dos dirigentes gostou do que ouviu.
Há a convicção geral de que o futebol brasileiro é desvalorizado e de que os clubes poderiam estar lucrando muito mais com os torneios nacionais.
Haverá novos encontros.
O Palmeiras manterá a mesma postura.
Esperar pela definição.
Se não considerar justo o que for lucrar, seguirá sozinho...
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