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Palmeiras sabe: vexame, crise no Flamengo são presentes para final da Libertadores. Mas manterá o discurso de 'respeito'

Há 19 dias, a crise estava do lado palmeirense. E o Flamengo estava no céu. Agora, o time de Renato Gaúcho desmorona e o Palmeiras está confiante. Abel vai explorar a decadência rubro-negra

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Abel Ferreira não falará uma palavra em público. Mas usará a crise do rival na final da Libertadores
Abel Ferreira não falará uma palavra em público. Mas usará a crise do rival na final da Libertadores Abel Ferreira não falará uma palavra em público. Mas usará a crise do rival na final da Libertadores

São Paulo, Brasil

"Elenco vagabundo. Salário de G4, futebol de Z4"

"Maurício Banana"

"Abel, seu vizinho estava certo"

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Essas singelas frases foram pichadas no muro do Allianz Parque depois da derrota do Palmeiras para o Bragantino, por 4 a 2. 

No final da partida, Abel Ferreira teve de ouvir o coro de "burro, burro, burro".

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O Palmeiras mergulhava na crise porque abandonava a corrida pelo Brasileiro. O que era um grande golpe, já que a Copa do Brasil foi desperdiçada diante do fraquíssimo CRB, de Alagoas.

No mesmo sábado, dia 9 de outubro, o Flamengo vencia com autoridade o Fortaleza, no Castelão, no Ceará, por 3 a 0. Renato Gaúcho e seus jogadores eram tratados com empolgação pela torcida e pela imprensa carioca.

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O título da Libertadores, que será disputado no dia 29 de novembro, no Uruguai, já era considerado rubro-negro. Parecia que nem deveria haver o jogo, tamanha a distância de ambiente nos dois clubes.

19 dias, o cenário é completamente outro. 

O Palmeiras está estabilizado e o Flamengo, massacrado. O time fraquejou no Brasileiro, deixou o Atlético Mineiro disparar e abrir excelente vantagem para ser campeão, depois de 50 anos. E, na Copa do Brasil, caiu da pior maneira, em casa, sendo humilhado pelo Athletico, derrotado por 3 a 0, em pleno Maracanã.

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Com direito a Renato Gaúcho entregar seu cargo à direção do clube. Que foi recusado de pronto, pelo vice de futebol, Marcos Braz.

Até porque seria quase impossível contratar novo treinador e, em um mês, ele preparar a equipe para a decisão da Libertadores. Tendo pela frente os jogos do Brasileiro.

Abel Ferreira, que tanto sofreu para dominar o péssimo momento no Palmeiras, vive o outro lado da moeda. Com o time reagindo, se preparando com muito mais confiança para a decisão da Libertadores. 

Deu tempo para se conformar com o Brasileiro que escapou e também resgatar a confiança do time, da diretoria, dos conselheiros, da nova presidente, Leila Pereira, enfim: tudo o que cerca o futebol do Palmeiras.

A crise vivida pelo Flamengo é um presente para o clube paulista. Abel Ferreira preza demais o lado psicológico, "anímico", como se fala na Europa, dos times de futebol. E os problemas se acumulando no rival não deixa de ser uma grande notícia.

O Flamengo ainda enfrentará a crise em relação a Pedro. O importantíssimo atacante, de mais de R$ 90 milhões, sentiu dores no joelho por 12 dias, fez exames no clube que nada constataram. Foi preciso procurar um médico particular para ficar constatada a necessidade de operação, de artroscopia. A chance de que se recupere para enfrentar o Palmeiras na decisão da Libertadores é pequena. Esses 12 dias a mais seriam preciosos.

Gabigol, o maior ídolo atual na Gávea, também está abalado. Além de o jogador ser xingado, ontem, após a derrota diante do Athletico, um torcedor flamenguista jogou um copo cheio de cerveja no seu rosto. Situação mais do que constrangedora. O atacante vive fase ruim. Está há oito partidas sem marcar.

Muros do Allianz Parque, há 19 dias. Futebol é cíclico. Agora, o Flamengo mergulha na crise
Muros do Allianz Parque, há 19 dias. Futebol é cíclico. Agora, o Flamengo mergulha na crise Muros do Allianz Parque, há 19 dias. Futebol é cíclico. Agora, o Flamengo mergulha na crise

Abel Ferreira é um especialista em discursos contra o futebol brasileiro, calendário, cobrança da imprensa. Há enorme chance de ele defender publicamente Renato Gaúcho, de quem gosta. E seguir o mesmo discurso de que é preciso "coerência" no futebol, como se não contassem os resultados.

Mas essa postura é para fora dos muros do Palestra Itália.

Dentro, qualquer vantagem que o time tenha contra qualquer rival é utilizada pelo técnico. Principalmente os momentos ruins, de insegurança, de crise no adversário. Essa situação se encaixa em inúmeras partidas, como a última, na virada diante do Sport. 

E será no domingo, em Porto Alegre, contra o Grêmio, mais do que ameaçado pelo rebaixamento.

O Palmeiras é o grande beneficiado com a crise no Flamengo.

O vexame de ontem do clube carioca já foi comemorado por conselheiros aliados a Mauricio Galiotte e Leila Pereira. 

Os jogadores também comentam entre si.

Assim como a Comissão Técnica.

O discurso será de "respeito total ao Flamengo".

Até pelo grande potencial do time e pelo histórico de Renato Gaúcho.

Mas a confiança na final da Libertadores foi redobrada no Palmeiras.

Pela crise sair do Palestra Itália.

Mergulhar na Gávea.

E tudo pode ainda piorar no sábado.

Quando o Flamengo enfrentará o empolgado Atlético Mineiro, de Cuca, no sábado. O técnico chegou até a poupar cinco jogadores, ontem contra o Fortaleza, para a partida no Maracanã.

Nova derrota carioca seria ainda melhor para o Palmeiras.

Um presente "anímico"...

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