Palmeiras oferece R$ 80 milhões ao 'jogador que falta'. Borré
Abel Ferreira deu seu aval à contratação do artilheiro colombiano do River Plate, de 25 anos. Clube o quer para a Libertadores, sonhando com o Mundial
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"O Luiz Adriano sabe que precisa de um concorrente."
"Para torná-lo ainda melhor."
Duas frases do empolgado presidente Mauricio Galiotte, após a conquista da Copa do Brasil, denuncia o que o blog publicou no dia 15 de fevereiro.
O Palmeiras segue firme na sua estratégia para contratar Borré, atacante colombiano do River Plate, cujo contrato termina em junho.
O empresário André Cury foi até Buenos Aires, no mês passado, e fez a proposta de forma direta ao atacante.
R$ 80 milhões por um contrato de cinco anos. O dinheiro abrangeria salário, luvas e premiações.
Nada menos do que R$ 1,3 milhão por mês.
A conta é simples no Palmeiras.
O clube pagava cerca R$ 1 milhão ao veterano volante Ramires, cujo contrato foi rescindido, em novembro de 2020.
E nenhum atleta tão caro foi contratado.
2020 foi o ano mais lucrativo do clube em termos de premiações, foram R$ 242 milhões.
Embora a filosofia seja investir em jovens garotos, Abel Ferreira deixou claro a Galiotte.
No elenco profissional e mesmo na base falta um artilheiro nato.
Há vários ótimos jogadores pelas beiradas do campo.
Mas não um finalizador com grande movimentação.
Esse tipo de jogador, capaz de prender dois zagueiros, já fez falta no Mundial, na análise do técnico português.
Não há a menor insatisfação com Luiz Adriano.
Mas Ferreira deseja ter outro atacante, com características diferentes.
Mais goleador.
Daí a pedida por Borré.
A direção do River Plate não quer perder o atacante.
E tenta segurá-lo apelando para a sua ligação com o treinador Marcelo Gallardo.
Só que financeiramente o clube argentino quer chegar 'apenas' a R$ 800 mil mensais.
São Paulo, Atlético Mineiro e Grêmio também tentaram se aproximar do atacante.
Mas o Palmeiras está na frente, com contatos desde o ano passado, quando a direção do clube soube que ele ficaria 'livre' do contrato com o River a partir de junho.
A direção do clube argentino não quer perder o jogador.
Teve um reforço dolorido no caixa.
Vendeu, por R$ 32 milhões, Nacho Fernández, meia que era o 'cérebro' do time de Gallardo.
Daí a força para segurar Borré.
Tanto Palmeiras quanto River Plate irão disputar a fase de grupos da Libertadores.
Os confrontos começarão no dia 20 de abril.
Um mês antes do final do contrato de Borré com o River Plate.
Precisará haver a definição da contratação ou não.
O jogador não atuaria pelo River Plate por 40 dias apenas, para depois se incorporar no Palmeiras e não poder jogar a Libertadores.
Correndo por fora, há o interesse de clubes europeus em Borré, que poderá partir livre na janela no meio do ano.
A situação não é fácil.
Mas o Palmeiras está obcecado por Borré.
Com o aval de Abel Ferreira.
É o jogador que deseja.
Seria a peça que falta ao time vencedor da Tríplice Coroa de 2020.
Daria mais esperança para vencer novamente a Libertadores.
Não só manter a hegemonia na América do Sul.
E tentar o sonho do Mundial, em dezembro, no Japão...
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