Palmeiras lidera motim contra a Turner. Clubes procuram Bolsonaro
Clubes estão insatisfeitos com contrato assinado com rede norte-americana. E querem recuperar os direitos de negociar seus jogos na TV fechada
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Palmeiras, Bahia, Santos, Ceará, Fortaleza...
Athletico, Internacional e Coritiba.
Oito dos 20 clubes que disputarão o Brasileiro 2020 foram, hoje, visitar Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
O que todos têm em comum?
Fecharam contrato na TV fechada com a Turner, dona do Esporte Interativo.
O compromisso é até 2024.
Mas todos estão completamente insatisfeitos.
E querem se livrar da emissora e seguir o caminho do Flamengo, com a Medida Provisória 948.
Os dirigentes explicaram para o presidente e para o ministro que estão sendo cobrados, pressionados e que podem até serem processados pela Turner. Por não terem cumprido algumas cláusulas do contrato em 2019.
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Para os clubes não passa de uma desculpa.
A Turner quer se livrar dos contratos.
E sem pagar multa bilionária aos clubes.
Os clubes expuseram a situação porque estão prevendo uma luta jurídica.
E, se ela ocorrer, eles irão adotar a MP 948 e negociarão suas partidas, quando forem mandantes, na TV fechada.
Foi um levante.
E que teve como articulador, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, com ótimo trânsito com Bolsonaro.
Ficou definido na reunião que todos 'brigarão' juntos contra a Turner. Se necessário na justiça.
Os dirigentes ficaram frustrados com a mudança da política da emissora assim que os contratos foram assinados, de 2019 a 2024.
Foram extintos os dois canais Esporte Interativo, que iria dar espaço aos clubes. Os jogos passaram a ser encaixados em canais que transmitem filmes, desvalorizados.
A AT&T comprou a Warner, que havia comprado a Turner.
A relação ficou fria, distante.
A filosofia que regia o Esporte Interativo acabou.
A frustração domina os clubes.
E também os representantes da AT&T no Brasil.
O contrato está correndo sério risco de ser rompido.
Mas ao contrário do que acreditavam os americanos, os clubes brasileiros não brigarão sozinhos.
Mas unidos.
E com a Medida Provisória como escudo, querem negociar seus jogos.
Sem a Turner.
Conseguiram a bênção presidencial.
Como o Flamengo na luta com a Globo, no Carioca.
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