Felipe Melo enfrentou, provocou, fez falta, desestabilizou Hulk. Palmeiras preparado para batalha
Cesar Greco/PalmeirasSão Paulo, Brasil
"51 é pinga."
A ironia irresponsável de Mosquito, logo após a vitória do Corinthians, no sábado, ironizando a Copa Rio, que o Palmeiras tenta comemorar como um Mundial, passaria desapercebida no Palestra Itália.
Mas calou fundo entre os jogadores, dirigentes e por Abel Ferreira.
Ainda mais porque o time enfrenta amanhã o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, contra o Atlético Mineiro, pela semifinal da Libertadores. O clube joga sua sorte na competição diante da favorita equipe de Cuca.
Uma nova derrota significa mais uma vez o sonho do Mundial ser sepultado.
Para piorar, o clube despenca no Brasileiro, com o próprio Atlético Mineiro já abrindo oito pontos de distância, na liderança.
O Palmeiras já perdeu o Paulista para o São Paulo.
Foi eliminado da Copa do Brasil para o CRB.
Ou seja, 2021 a pressão é enorme para que, amanhã, o Palmeiras sobreviva e chegue à final da Libertadores.
O clima no clube é tenso.
Porque o presidente Mauricio Galiotte acreditava que entregaria o clube com títulos para a sua sucessora, Leila Pereira.
Como o blog antecipou, não houve sequer condições de a oposição montar uma chapa para concorrer com a dona da Crefisa, tamanha sua força política hoje no Palmeiras.
Será 'aclamada' presidente no dia 20 de novembro.
E, se o clube perder para o Atlético, e deixar, pelo terceiro ano seguido, escapar o Brasileiro, o Palmeiras terminará 2021 sem títulos.
Ao contrário da temporada 2020, quando venceu a 'Tríplice Coroa': o Paulista, a Copa do Brasil e a Libertadores.
"Somos os atuais campeões e vamos defender o título com unhas e dentes", prometeu Abel Ferreira, depois da derrota para o Corinthians.
O treinador outra vez usará o mistério para a escalação.
Mas a tendência é que, outra vez, apele para a experiência de Felipe Melo. E tente transformar o jogo em uma batalha, guerra. Tornar a disputa física, com divididas fortes, como aconteceu no primeiro confronto, no 0 a 0, no Allianz Parque. Com direito a Hulk desperdiçar um pênalti.
Abel se agarra a tudo que pode.
Tem tratado de lembrar aos jogadores que o Palmeiras acumula 14 partidas sem derrotas como visitante na Libertadores.
O time se tranforma de verdade, apostando na obrigação do time mandante de atacar, e explorando os contragolpes, as bolas longas, para velocidade de Rony, Dudu, Wesley.
Abel tem muita chance de repetir a dupla Felipe Melo e Zé Rafael no meio-campo. E não será surpresa se incluir Danilo, fazendo o Palmeiras atuar com três volantes. E sacando Luiz Adriano, em péssima fase, do time.
No Allianz, o Palmeiras já jogou como 'equipe pequena', priorizando a defesa.
A esperança de Abel Ferreira é que, em Belo Horizonte, pressionado por sua torcida, o Atlético Mineiro saia para o jogo e ofereça os contragolpes. Porque a equipe está sendo preparada para sofrer.
Na temporada 2021, o técnico português vive o outro lado do Palmeiras.
Não o festivo, que acumula conquistas.
Mas o amargo, pressionado, sem troféus.
E a reação do treinador está sendo firme.
Optar pela defesa, esquecer o tal 'DNA' ofensivo do clube.
Não há outra solução.
Até por ele não ter recebido os reforços que tanto pediu.
O Palmeiras não irá apenas jogar no Mineirão.
Vai guerrear contra o Atlético, time superior tecnicamente.
Não há outra saída para Abel Ferreira.
Felipe Melo já se prepara para Hulk...
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