Cosme Rímoli Palmeiras faz história na Libertadores. E tritura o Cerro, com direito a gol de bicicleta de Rony. 5 a 0. Que venha o Atlético Mineiro

Palmeiras faz história na Libertadores. E tritura o Cerro, com direito a gol de bicicleta de Rony. 5 a 0. Que venha o Atlético Mineiro

O clube segue com campanha histórica, inédita na Libertadores. Oito vitórias seguidas no torneio de 2022. 33 gols a favor e apenas três contra. Agora virão as quartas de final contra o Atlético Mineiro, de Hulk

  • Cosme Rímoli | Do R7

Rony marcou dois gols. Inclusive o seu desejado, e tão buscado, gol de bicicleta

Rony marcou dois gols. Inclusive o seu desejado, e tão buscado, gol de bicicleta

Cesar Greco/Palmeiras

São Paulo, Brasil

Bastou Rafael Navarro se contundir, que o Palmeiras se acertou.

Entrou Rony, e o ritmo do ataque do time de Abel Ferreira mudou completamente

Com direito a marcar dois gols. O desejado gol de bicicleta.

Com muita consistência, o atual bicampeão da América venceu novamente o Cerro Porteño.

Desta vez, por 5 a 0, selando sua classificação para as quartas de inal da Libertadores.

No agregado, 8 a 0 para os brasileiros.

Foi a nona vitória seguida na Libertadores. Só nesta temporada, oito jogos. Oito partidas vencidas pela equipe paulista. Foram 33 gols a favor e apenas três gols contra.

O time segue quebrando todos os recordes na história da Libertadores.

O Palmeiras mostrou que está mais do que preparado para dois duelos com o Atlético Mineiro, valendo uma vaga nas semifinais. Dias 3 e 10 de agosto.

Gustavo Gómez. Palmeiras mortal. Com seus zagueiros, meias e atacantes

Gustavo Gómez. Palmeiras mortal. Com seus zagueiros, meias e atacantes

Cesar Greco/Palmeiras

A partida terminou com a torcida palmeirense cantando, com orgulho, o hino do clube.

Ela estava incentivando a "Terceira Academia", a de Abel Ferreira.

O mais impressionante é que o Palmeiras venceu sem fazer esforço. Poupando jogadores durante a partida. O Cerro Porteño, comandado pelo ex-jogador Arce, não tinha recursos técnicos para travar o adversário poderoso. Não havia espaço nem para sonhar em mudar o caminho da eliminação, depois da derrota por 3 a 0 no Paraguai.

O máximo que fez foi colocar seu time no 4-4-2 e tentando ser mais compacto e intenso do que na primeira partida. Abel Ferreira colaborou, poupando Gustavo Scarpa, Marcos Rocha, Murilo, Zé Rafael e Rony. 

O treinador português queria, principalmente, recuperar Rafael Navarro. O jogador está em uma situação mais do que difícil, constrangedora. Porque ele não conseguiu se firmar e ainda terá a concorrência de dois definidores, que foram contratados exatamente para sua posição. O argentino José Manuel López e o uruguaio Merentiel.

Só que Navarro, além de outra vez não começar bem a partida, ainda sofreu uma distensão na coxa direita. Contusão que o tirou da partida.

Aos 33 minutos, o ex-artilheiro do Botafogo na Segunda Divisão deixou a partida. E entrou Rony. Ele estava incendiário. Não aceitou o ritmo morno com que o Palmeiras levava o confronto, ciente da vantagem de dois gols. Tratou de correr, abrir a marcação, forçar tabelas em alta velocidade.

Raphael Veiga nem forçou dribles. Jogou mais de forma coletiva. Palmeiras com muito repertório

Raphael Veiga nem forçou dribles. Jogou mais de forma coletiva. Palmeiras com muito repertório

Cesar Greco/Palmeiras

O Cerro sentiu a mudança de ritmo. E não conseguiu acompanhar. Foi se encolhendo. E logo três minutos depois tomou o primeiro gol. Em escanteio combinado, Dudu cobrou curto, recebeu de volta e cruzou. A bola tinha como destino Gustavo Gómez, só que o atacante Samúdio se antecipou. Tentou cortar e fez contra. 

Palmeiras 1 a 0.

O único chute que o Cerro Porteño deu ao gol palmeirense exigiu uma defesa fabulosa de Weverton. Aquino cobrou falta da entrada da área. A bola iria no ângulo, o goleiro palmeirense conseguiu espalmar de forma brilhante, aos 42 minutos.

Mas viria o segundo tempo.

E Abel Ferreira adiantou a marcação palmeirense. Aí que o sufoco para os paraguaios cresceu. Aos 17 minutos, Raphael Veiga acertou linda cabeçada no travessão, depois de cruzamento de Zé Rafael. Mas, dez minutos depois, a artilharia palmeirense começou a funcionar.

Em jogada mais do que ensaiada, Weverton lançou Rony por trás da zaga adversária. O toque de cabeça foi para Maike, que devolveu de forma perfeita. O chute foi forte, vencendo Jean. Palmeiras 2 a 0.

Foi a ducha de água gelada para os paraguaios, que desanimaram. O que foi excelente para o Palmeiras. Dois minutos depois, Atuesta serviu Rony, que deixou de calcanhar para Breno Lopes bater cruzado. 3 a 0.

Mais cinco minutos e, aos 32, Wesley cobrou escanteio. E, aí sim, Gustavo Gómez cabeceou firme. Estufou as redes do Cerro. 4 a 0. E delírio da torcida.

Mas faltava a "cereja do bolo". Rony continuava sedento. E buscando o gol que estava ensaiando fazia pelo menos três meses. E, desta vez, conseguiu.

Rony conseguiu marcar o gol que sonhava. De bicicleta. Palmeiras avassalador

Rony conseguiu marcar o gol que sonhava. De bicicleta. Palmeiras avassalador

César Greco/Palmeiras

Aos 37 minutos, Breno Lopes cruzou da esquerca, Rony, livre na área, teve espaço e agilidade para finalmente acertar em cheio a bicicleta. 5 a 0, Palmeiras.

Inúmeros torcedores no Allianz Parque aplaudiram de pé o atacante.

Mas na verdade as palmas teriam de ser repartidas. 

A começar por Abel Ferreira.

E irem para todo o time.

Que se recuperou completamente da derrota diante do Athletico Paranaense pelo Brasileiro.

A caminhada incrível na Libertadores continua.

Que venha o Atlético Mineiro...

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