São Paulo, Brasil
"Repudiamos os ataques racistas relacionados ao vídeo de lançamento da nova camisa. Atuamos firmemente no sentido de coibir quaisquer manifestações discriminatórias em nossas dependências, bem como, difundimos tais valores perante os torcedores e sociedade em geral.
"O Palmeiras é de Todos" é nosso posicionamento institucional.
"O clube tem 16 milhões de torcedores e não faz qualquer distinção de raça, religião, gênero ou classe social."
Esta foi a postura da diretoria do Palmeiras.
No final da noite de ontem, o clube se posicionou contra mensagens racistas nas redes sociais, criticando, de maneira torpe, a escolha de modelos negros para estrelarem a campanha.
Postura não só vergonhosa, como criminosa.
Injúria racial que pode custar prisão para os autores das ofensas.
O clube não levará adiante a questão.
Não procurará a justiça.
Ficará apenas no repúdio.
Mas delegados paulistas ligados ao Conselho Deliberativo estudam o que fazer.
Mensagens foram apagadas.
Mas algumas foram printadas.
E os modelos são comparados a macacos.
O Palmeiras, por conta dos negros, levaria os 'gringos' a acreditarem que o clube seria da Nigéria.
O que não teria mal nenhum, por sinal.
O preconceito tem de ser banido.
O futebol precisa se respeitar.
O Palmeiras cumpriu sua obrigação.
Cabe às autoridades cumprirem a sua.
Não custa detalhar o que é injúria racial no Código Penal.
O artigo 140 não poderia ser mais direto.
O crime de injúria racial está previsto no parágrafo terceiro, trata-se de uma forma de injúria qualificada.
Para sua caracterização é necessário que haja ofensa à dignidade de alguém, com base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência.
Pena de um a três anos de prisão...