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Cosme Rímoli - Blogs

Palmeiras bane o torcedor que imitou macaco. Não entra mais no Allianz. Leila perdeu força. Conmebol punirá o clube por racismo

O trabalho foi fulminante. Palmeirense que imitou um macaco, para ironizar a torcida do Cerro Porteño foi identificado. A presidente Leila Pereira exigiu rapidez. Ele foi banido para sempre do plano Avanti, que vende ingressos. Não entrará mais no Allianz Parque

Cosme Rímoli|Do R7

O torcedor foi filmado por próprios torcedores do Palmeiras. Eles não se conformaram com a ofensa contra a torcida do Cerro Porteño. Leila Pereira ficou revoltada e cobrou o banimento

Foi o pior dos golpes para Leila Pereira.

A presidente do Palmeiras estava encabeçando um pedido urgente, para a mudança na legislação da Conmebol.

Exigia penas mais duras para os torcedores que tivessem atos racistas na América do Sul.

E também para os clubes que abrigam ‘esse tipo de gente’, como repete a dirigente.


Leila estava arregimentando presidentes de outros clubes brasileiros.

Queria uma ação conjunta para pressionar Alejandro Domínguez, comandante da Conmebol.


Só que a presidente do Palmeiras jamais imaginaria o que aconteceria ontem.

No reencontro entre seu clube e o Cerro Porteño, pela Libertadores, no Allianz Parque.


No dia 7 de março, torcedores da equipe paraguaia humilharam o garoto Luighi.

Com 18 anos, disputando a Libertadores sub-20, ele viu homens imitando macacos para humilhá-lo, por ser negro.

E também recebeu cusparadas no rosto.

Leila ficou revoltada com a Conmebol só proibir o Cerro Porteño de ter público, nas duas partidas que faltavam para sua participação na competição acabar.

E ainda a entidade ficar com 50 mil dólares de multa, cerca de R$ 298 mil, imposta ao time paraguaio.

Ela não foi nem ao sorteio dos grupos da Libertadores, em Assunção, como protesto.

O Palmeiras estava ganhando notoriedade por sua briga contra o racismo.

Incomodando Domínguez.

Domínguez, presidente da Conmebol, Infantino, presidente da Fifa, Leila, presidente do Palmeiras, Ednaldo, presidente da CBF. A dirigente do Palmeiras está lutando para ser uma das líderes do futebol na América do Sul Palmeiras

Só que ninguém esperava que um torcedor do Palmeiras, em pleno Allianz Parque, tivesse uma atitude racista.

O que afetou diretamente o discurso de Leila, que os brasileiros são os que sofrem com o preconceito.

Torcedores do próprio clube paulista filmaram o palmeirense que ironizava os paraguaios.

Ele já fazia gestos ofensivos minutos atrás, quando decidiu imitar um macaco.

O vídeo ganhou as redes sociais.

Chegou à sede da CBF.

A direção recomendou à Conmebol uma punição ao Palmeiras.

Nem precisava.

O próprio presidente Alejandro Domínguez, ao saber do caso,mandou abrir investigação sobre o fato.

O Palmeiras não escapará de punição.

Provavelmente multa.

Mas se o dirigente da Confederação Sul-Americana de Futebol quiser, poderá até ter jogos sem torcida.

Tensa, ao saber do caso, Leila exigiu que fosse feita, ‘o mais rápido possível’, a identificação do torcedor.

Usando a biometria, se chegou ao palmeirense.

O clube decidiu não divulgar seu nome.

Mas ele está banido do plano Avanti.

Não poderá comprar ingressos para os jogos do Palmeiras.

E também terá sua entrada proibida.

A Polícia Civil de São Paulo poderá pedir seus dados.

E também processá-lo por injúria racial.

O ato racista trouxe enormes prejuízos nos bastidores para Leila.

Ela luta para ser uma das lideranças no futebol da América do Sul.

Mas antes de apontar o dedo aos racistas dos países vizinhos, ela precisa lidar com ‘seus’ torcedores.

Não só o Palmeiras perdeu moral na luta, contra o racismo no futebol, deste continente.

Também o Brasil.

A imagem do torcedor brasileiro imitando macaco para os paraguaios já correu o mundo.

O Palmeiras não tem o que fazer.

A não ser esperar sua punição...



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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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