O vilão na Copa do Brasil, seis dias depois virou o herói do São Paulo. Rafael. E Crespo confessa. ‘O time poderia jogar melhor.’ A classificação muito sofrida
São Paulo teve o jogo nas mãos contra o Atlético Nacional. Mas permitiu o empate em 1 a 1. Classificação para as quartas da Libertadores, nos pênaltis. Rafael foi muito bem e a vitória veio: 4 a 3

Seis dias antes, Rafael havia sabotado o São Paulo.
Aos três minutos de jogo, ele cometeu falta em Viveros e foi expulso, diante do Athletico Paranaense.
Ficar com um a menos comprometeu o time de Crespo, que perdeu a partida em Curitiba por 1 a 0. Nos pênaltis, Jandrei não defendeu nenhum e ainda errou o seu. 3 a 0 para a equipe do Paraná. São Paulo eliminado da Copa do Brasil.
Na terça-feira, dia 12, na sua primeira partida das oitavas, contra o Atlético Nacional, Rafael brilhou defendeu um pênalti de Cardona, depois de pressioná-lo e o mesmo volante chutar outro para fora.
E pênalti contra os colombianos parece ser sua especialidade.
Durante o tempo normal, o São Paulo começou muito bem o jogo, com gol de André Silva, aos três minutos do primeiro tempo. Ele empurrou a bola nas redes, depois de escanteio cobrado por Cédric e desviado, de cabeça, por Alan Franco.
O que parecia ser um ótimo sinal, se arrefeceu. O time se mostrou muito lento, deixando espaço importante para a experiente equipe colombiana.
E a reação assustou os mais de 53 mil são-paulinos enquanto os quatro mil torcedores do Atlético Nacional passaram a acreditar na classificação.
O jogo se mostrava aberto no início do segundo tempo. Enzo Díaz estava dividindo bolas de maneira muito perigosa na área. E cometeu pênalti em Hinestroza.
Cardona, que perdeu dois pênaltis em Medellin, pegou a bola, provocativo. Mas quem bateu foi Morelos, forte, sem chance para Rafael, que ‘voou’ para o canto certo, mas desta vez não conseguiu defender 1 a 1.
Suspense no Morumbi.
Vieram os pênaltis.
E Rafael cresceu na frente de Uribe.
E defendeu, voando para o lado direito.
Melhor começo, impossível para a equipe paulista.
Lucas Moura fez, Marcos Antonio errou, Luciano marcou, Enzo Díaz não desperdiçou e Cédric Soares fez o gol da classificação.
Campuzano, Morelos, Tesillo marcaram.
Quando chegou a hora de Hinestroza. Toda a pose que fez para cobrar, não deu em nada. Ele acertou apenas o travessão.
São Paulo classificado.

Rafael, carrasco do Atlético Nacional.
Athletico Paranense ficou bem para trás para o goleiro.
“Muito feliz por poder ajudar a equipe e sair de campo classificado. A gente sabia que seriam dois confrontos duríssimos e que o Atlético Nacional nos testaria de todas as formas”, dizia o goleiro, que foi muito festejado pelos companheiros, que se lembravam de quanto ele sofreu, se sentindo culpado pela eliminação da Copa do Brasil.
Hernán Crespo cumpriu sua obrigação como poucos técnicos fazem. Assumiu que o time poderia jogar melhor. Não sofrer tanto com as cobranças dos pênaltis.
“Fico muito feliz pela classificação, mas acho que o time poderia jogar melhor. Tem espaço para melhorar. Jogamos contra um adversário muito difícil, muito organizado, experiente.
“Jogamos futebol. Tivemos momentos muitos bons, mas podemos fazer mais coisas boas. Agora temos tempo para tentar melhorar. “Continuar neste sonho que é a Libertadores.”
No esquema 3-5-2, Bobadilha, Rodriguinho e Luciano não jogaram bem e comprometeram as intermediárias, errando passes fáceis, forçando dribles desnecessários.
Inteligente, Crespo aproveitou as perguntas sobre o lado emocional para não se aprofundar no instável futebol de seu time, que preocupa para o futuro, diante de adversários melhores que o Athletico Nacional.
Por exemplo, o Botafogo, que enfrenta a LDU, amanhã. O vencedor será o novo adversário do São Paulo.

“Eu agradeci a todos os jogadores, pela noite que passamos aqui. Inesquecível. Ver o Morumbi lotado, numa noite de Libertadores. Era aquele menino que olhava a televisão e via o São Paulo de Telê. E ser protagonista, estar no banco, e acreditar que a gente podia classificar, foi uma emoção grande.”
E lógico que seguiu por essa linha, perguntado sobre a recepção que o time teve da torcida, cercando o ônibus que levava os jogadores, antes da partida.
“Uma loucura (a chegada). Dá até um pouco de medo (risos). Porque as pessoas batiam na janela, espero que seja forte (risos). Foi bonito, legal, uma loucura.
“Eu amo futebol por essas coisas. Eu fico aqui. Poderia ficar em casa, tranquilo (está milionário, com carreira importante como jogador), mas não poderia viver essas coisas. Ver a torcida, noite de Copa Libertadores. E respeitar o menino que temos dentro da gente.
“Não esquecer nunca.”
Lindo, poético.
Mas frases que não explicam a queda de rendimento do São Paulo, em vários momentos do jogo.
Razão de tanto sofrimento nos pênaltis.
O lado também importante, além da classificação, foi que o clube já arrecadou R$ 40,6 milhões com a Libertadores...
Novo Natura Luna Divina.
Liberte a deusa que você é.
Com uma fragrância irresistível e marcante.
Que exalta a liberdade e confiança.