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Cosme Rímoli - Blogs

O tormento de Lucas Moura. Fracassou projeto de Seleção. O ‘Super São Paulo’ foi devaneio. Contusões o atormentam. Compensação: R$ 1,8 milhão mensais

A um mês de completar 33 anos, o seu retorno ao São Paulo não foi o que sonhava. Clube devendo mais de R$ 1 bilhão. Nada de super time. Sem jogar desde 6 de maio, por estiramento no joelho, torcida questiona. E esposa se desespera, defendendo o marido

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“Voltei pela torcida, pelo amor pelo clube. Tenho objetivos claros. Fazer o São Paulo voltar a conquistar títulos. Seleção Brasileira será consequência. Sonho, sim em jogar a Copa de 2026. Estou vindo com o James. Faremos história, tenho certeza.”

Lucas Moura tinha muitos desejos no dia 6 de agosto de 2023.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lucas Moura enfrenta frustrações após retorno ao São Paulo, com muitos sonhos não realizados.
  • Contusões constantes, incluindo estiramento no joelho, o afastam dos gramados desde maio de 2023.
  • Clube enfrenta graves problemas financeiros e já atrasou salários, gerando pressão sobre o atleta e sua esposa.
  • Apesar das dificuldades, Lucas está focado na recuperação e pode reavaliar seu futuro no final do ano.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A promessa do presidente Julio Casares era a formação de um grande elenco para lutar por conquistas da tradição do São Paulo. Principalmente a Libertadores da América.

O início foi fulminante, vencendo a inédita Copa do Brasil e, em 2024, o prazer da Supercopa do Brasil, diante do rival Palmeiras.


Mas, aos poucos, o mundo sonhado de Lucas Moura começou a se desmanchar. Os juros das dívidas do clube cresceram de maneira assustadora.

Dorival Júnior, que havia conseguido encaixar as peças, e levar uma combatividade incrível ao time, foi para a Seleção Brasileira.


No dia 11 de janeiro de 2024, Thiago Carpini foi anunciado.

O time já não tinha a mesma intensidade, mas venceu a Supercopa do Brasil diante do grande rival, o Palmeiras.


Ao final de março, alívio total no Morumbi.

O Los Angeles Galaxy desiste da contratação de Lucas Moura.

E ele havia assinado ao final de 2023, contrato até dezembro de 2026. Mas o combinado era que, se houvesse clube do Exterior interessado no seu futebol, o São Paulo facilitaria a saída.

Lucas viu James Rodríguez ir embora, cansado da reserva. Mas de uma equipe enfraquecida, insegura, que não rendia sob o comando de Carpini.

Em abril de 2024, o argentino Luiz Zubeldía assume como novo treinador.

E começou um impasse silencioso no Morumbi.

O técnico gosta de times competitivos, vibrantes, com muita força física, vivência, não ‘experiência em exagero’.

Ou seja, não gostava nem de garotos e muito menos de veteranos.

Lucas e Oscar foram atletas que Zubeldía respeitava. Mas jamais foram fundamentais nos seus planos. Assim como os ‘meninos de Cotia’, que a diretoria tanto forçava no elenco. Para se tornarem dinheiro, em futuras vendas.

O momento mais feliz dos últimos anos para Lucas, que havia saído do Tottenham como reserva do reserva, no meio de 2013, acabando de forma um tanto triste, seu período de 11 anos na Europa, foi o chamado de Dorival Júnior para a Seleção.

Ele foi convocado para o lugar de Savinho, cortado por lesão, em agosto. Para os jogos contra o Equador e Paraguai.

Entrou aos 28 minutos do segundo tempo, na vaga de Lucas Paquetá. Seu maior feito foi ter tomado o cartão amarelo, em um pisão no volante Gruezo, dez minutos depois.

Na derrota para o Paraguai, em Assunção, entrou no lugar de Rodrygo, também aos 28 minutos. Nada de produtivo conseguiu. Nem cartão.

Deixou de ser convocado.

Está fora dos planos de Carlo Ancelotti.

Entendeu que está fora da próxima Copa do Mundo.

E as contusões passaram a perseguir o atacante, que sempre apostou na explosão muscular.

Não bastassem duas lesões na coxa direita, torcer o tornozelo esquerdo, seu estiramento nos ligamentos do joelho direito, depois de um violento tombo no gramado sintético do Allianz Parque, já o tirou dos jogos desde 6 de maio.

O irônico é que ele sempre reclamou dos gramados sintéticos, mas foi para o estádio palmeirense que a direção são paulina levou a partida da Libertadores, contra o Alianza Lima, confronto onde Lucas se contundiu.

Ele já deixou de atuar 12 partidas pelo São Paulo, desde então. Essa situação muito é incômoda no Morumbi.

Seu salário é altíssimo para um clube mergulhado em dívidas.

Casares sonhava que empresas patrocinariam Lucas.

Só que elas não apareceram.

O São Paulo chegou a atrasar o direito de imagem de vários jogadores. Inclusive o atacante.

O clube foi eliminado do Paulista na semifinal, caindo diante do Palmeiras.

Está classificado para as oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil. Mas a péssima campanha no Brasileiro, a um ponto da zona do rebaixamento, derrubou Luis Zubeldía.

Hernán Crespo assumiu e uma das primeiras perguntas para Casares foi quando poderia usar Lucas Moura.

Não há ainda uma resposta definitiva.

A esposa do jogador se desgastou nas redes sociais, diante das críticas de torcedores, sobre a demora na recuperação do atleta.

Eu não sabia que sentir dor era uma escolha. Que se lesionar era uma “opção” do atleta.

“Se tem uma pessoa que está sofrendo com tudo isso é o Lucas. E eu vejo todos os dias. Vejo a dor dele, a entrega, o esforço para se manter firme.

Hoje o que sobra é dor, tratamento, rotina exaustiva. E uma vontade imensa de voltar para onde ele mais ama estar: dentro de campo“, escreveu Larissa Saad.

Ele não atuou contra o Flamengo.

Não jogará hoje diante do Bragantino.

Está fazendo tratamento intensivo para enfrentar o Corinthians, sábado, no Morumbi.

Mas não há a menor certeza.

O medo é voltar e a contusão piorar de vez, exigindo cirurgia.

Lucas está milionário.

Mas não quer ser um peso para o São Paulo.

Avaliará com calma, no final deste ano, o melhor caminho a seguir.

Ele está cansado de tantas lesões.

E o endividado clube, pressionado.

Por pagar tão alto e não ter o jogador em campo...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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