O sofrimento de Pelé. Aos 81 anos, enfrenta três tumores. Internado outra vez
O melhor jogador de todos os tempos segue sua terrível rotina. Exames mensais para o controle dos três tumores: no intestino, fígado e pulmões. Médicos do hospital Albert Einstein lutam contra a metástase
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Brasil, São Paulo
Pelé enfrenta três tumores.
No intestino, no fígado e nos pulmões.
No ano passado, sofreu uma delicada cirurgia para retirar um tumor do cólon, parte do intestino grosso.
Ele não se recuperou completamente da segunda operação no quadril, para colocar prótese.
Situação que o prende a uma cadeira de rodas.
Seu filho Edinho já revelou que o pai tem depressão, por conta do estado de sua saúde.
Mas voltou atrás nas suas declarações.
Seu assessor de mais de 50 anos, José Fornos Rodrigues, se aposentou há 11 dias.
Ele era o responsável pelas entrevistas do melhor jogador de todos os tempos. Passava por seu crivo permitir ou não que jornalistas entrevistassem Pelé.
Pepito, como é conhecido, reconheceu que seu trabalho não era mais necessário.
Não há mais espaço para grandes entrevistas.
Ou campanhas publicitárias, que também administrava.
Pelé quer se manter isolado.
O máximo que aceita é saudar os jornalistas quando sai do hospital.
O estado de saúde de Pelé segue delicado.
Exige internações mensais para exames detalhados.
O medo dos médicos é que aconteça a metástase, ou seja, os tumores se espalhem por outros órgãos e fujam do controle.
Pelé se submete a sessões de quimioterapia, tratamento que ataca as células cancerígenas. A terapia é muito desgastante.
A revelação dos três tumores foi feita pela ESPN.
Ele se internou hoje, outra vez, para "exames rotineiros" no hospital Albert Einstein.
Foi a saúde de Pelé que impediu que ele estivesse na abertura e no encerramento da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
O mesmo aconteceu na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
O maior esportista nascido no Brasil segue lutando contra suas enfermidades.
Mas da maneira mais discreta possível.
Sem se expor.
Completamente lúcido.
Ele preserva muito a imagem de desportista saudável e vitorioso, que deixou para o mundo, enquanto jogava futebol.
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Detesta ser visto na cadeira de rodas ou abatido.
Na última década, foram sete internações mais longas. Duas por pedras nos rins, duas para o desgaste no quadril, uma para operação na próstata e outras duas por causa do tumor no intestino.
Há enorme respeito nos veículos de comunicação do Brasil em relação a Pelé.
Seus ex-companheiros de Santos também não gostam de passar informações sobre ele.
Jornalistas, ex-jogadores, internautas do mundo todo.
Há uma corrente silenciosa para que Pelé se recupere.
Supere a mais cruel batalha, nestes 81 anos de vida...
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