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Cosme Rímoli - Blogs

O segredo do São Paulo de Crespo. As ausências de Oscar, Lucas e Calleri. Time é competitivo, vibrante, intenso. Já o Fluminense chega à quinta derrota seguida

A vitória do São Paulo, dominante, confiante e intenso mostram que a troca de Zubeldía por Crespo deu certo. Foi a terceira vitória seguida, time ressurge no Brasileiro

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Arboleda sobe com convicção. Primeiro gol do São Paulo. Time empolgante, deveria ter goleado o Fluminense Rubens Chiri/São Paulo

As contusões graves de Oscar, Lucas e Calleri tiveram consequências.

Mas favoráveis ao São Paulo.

O destino ajudou Crespo.

O treinador argentino, que voltou ao Morumbi por conta da dívida de R$ 17 milhões, que o clube tinha com ele, e não pagava, acabou se mostrando ser o homem certo para o momento.


Ex-jogador excelente e ganhador com a Seleção Argentina e River, Lazio, Inter de Milão, Chelsea, é muito estudioso.

Não rompeu o jejum de oito anos sem títulos do São Paulo à toa, conquistando o Paulista de 2021, em cima do Palmeiras, de Abel Ferreira.


Crespo gosta de equipes vibrantes, competitivas, intensas. E principalmente confiante, sabendo que fazer, como era como atacante.

E o São Paulo atual é à sua imagem e semelhança.


Por quê?

Porque, ao contrário do explosivo Zubeldía, não precisa escalar Oscar, Lucas Moura e Calleri.

São três estrelas do Morumbi.

Jogadores dedicados, profissionais excelentes, honestos.

Mas que não vivem o auge de suas carreiras, há tempos.

O incrível desempenho de Bobadilha, Marcos Antônio, Alisson , principalmente, Luciano e Ferreira, cada vez melhor, só é possível o trio está lesionado.

Técnico nenhum do mundo não teria como não escalar Oscar, R$ 2,3 milhões, Lucas, R$ 1,8 milhão, Calleri, R$ 900 mil, como titulares do São Paulo.

Era um tormento para Zubeldía, que poucos sabiam no São Paulo. Para piorar, ele detestava colocar os garotos de Cotia. Ele sempre apostava em ‘jogador pronto’. O clima com ele foi tenso no Morumbi, do primeiro ao último dia, sem a possibilidade de conquistas, que não vieram.

“O jogo foi bom, muito contente pelos atletas, pela forma como jogamos, mas ainda pelas situações adversas, não é fácil errar um pênalti, VAR anulou gol, e o time sempre igual, agressivo, com vontade de jogar e de recuperar bolas. Resultado é consequência de tudo isso”, dizia orgulhoso.

O segredo do São Paulo de Crespo está na competitividade.

Contra o Fluminense, que entrou em campo apenas para tentar se defender, foram 26 desarmes contra apenas dez do time carioca. Fora finalizar 13 vezes contra apenas seis da equipe de Renato Gaúcho.

A vibração foi impossível na estreia, diante do Flamengo, no Maracanã. Mas ela já surgiu no empate contra o Bragantino, em Bragança, nas vitórias contra Corinthians e Juventude. Se cristalizou hoje no Morumbi.

“A coisa interessante é que o time começou a pontuar, agora fica um pouco mais tranquilo. Brasileirão é muito difícil, hoje um jogo totalmente controlado, mas com a qualidade do adversário, colocou 2 a 1.

“Depois não aconteceu nada perigoso, mas poderia. Temos de controlar jogo a jogo, dia a dia. Ir em todas as frentes. O desgaste é grande, mas somos o São Paulo. Temos de lutar e competir sempre.”

“Foi a mentalidade que mudou”, resumiu com precisão e crueldade, Marcos Eduardo. A referência implícita eram a ira e o inconformismo de Zubeldía, que se transformavam em insegurança no time.

Crespo trouxe confiança. E sem as estrelas midiáticas montou um time vibrante, competitivo Rubens Chiri/São Paulo

O São Paulo enfrentará na quinta-feira o Athletico Paranaense, no Morumbi, pela Copa do Brasil.

Já Renato Gaúcho vive o outro lado da moeda.

No Mundial de Clubes ele era quase endeusado.

Agora, com o time acumulando cinco derrotas seguidas, quatro no Brasileiro, e com sete mudanças na equipe que enfrentou o São Paulo, o técnico era a imagem do desânimo no Morumbi.

Além dos sete jogadores novos, Renato trocou o esquema 3-5-2 do primeiro tempo para o 4-4-2, mas não adiantou nada. O Fluminense foi amplamente dominado.

“Tem que colocar na balança para ver o que é melhor. Colocar quase sempre os mesmos jogadores e estourar os jogadores? Eu sempre falo que tenho um grupo e tenho que dar oportunidades para todo mundo. Até porque preciso de uma equipe descansada. É um risco que se tem em mudar.

“Mas lá no Mundial a gente estava praticamente fazendo a mesma coisa e estava todo mundo saindo elogiado. Sei que a gente precisa melhorar. Há duas semanas estava tudo maravilhoso. São os mesmos jogadores, comissão técnica e diretoria. Então agora não está tudo errado.

“A gente vai continuar trabalhando. Nunca esquecendo também, todo mundo teve férias, pré-temporada, recuperou jogadores e o Fluminense não teve um dia de folga sequer. A cada três dias temos que entrar em campo tentando dar uma resposta.”

Ele se ressente demais da saída de Arias, vendido ao Wolverhampton.

O Fluminense jogará na quarta-feira, em Porto Alegre.

Pela Copa do Brasil, contra o Internacional.

O clube carioca deve cerca de R$ 880 milhões.

O paulista, já chegou a R$ 1,1 bilhão.

Mas as perspectivas são bem diferentes no ano.

Por conta da diferença de força dos dois elencos...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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