O São Paulo não aceitou cinco anos de Ganso. Por isso, o Fluminense
O meia queria voltar para o Morumbi. Mas o clube não aceitou pagar R$ 700 mil por cinco anos. O caminho ficou aberto para as Laranjeiras
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Eles não querem."
Com essas três palavras, Giovanna Costi, antecipou, com toda razão, há 16 dias, as portas fechadas do Morumbi para o retorno do seu marido, Paulo Henrique Ganso.
O meia, que fracassou na Europa, mandou recados que estava perto de rescindir seu contrato com o Sevilla. Ele foi contratado em 2016 por 9,5 milhões de euros, cerca de atuais R$ 40 milhões.
E ainda embolsava nada menos do que 1,8 milhões de euros, sem impostos, por temporada.
O valor era de R$ 7,6 milhões.
Veja mais:Ganso, Willian, Tardelli: veja resumo do último dia da janela europeia
No Sevilla, a pedido de Jorge Sampaoli, nunca rendeu o suficiente. Nem para a reserva. O problema crônico foi a lentidão. Não conseguiu se adaptar à velocidade do jogo, atacar, recompor, marcar. Parecia um jogador da década de 70. Só que em pleno 2016, 2017. Acabou emprestado ao fraquíssimo Amiens, em 2018, antepenúltimo colocado, mas também fracassou.
A situação ficou insustentável no Sevilla.
O clube espanhol propôs. Em vez de ceder por empréstimo o jogador, rescindir o contrato. E se livrar de pagar pelo atleta até 2021. Ganso aceitou. E ficou livre.
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O empresário do jogador, Giuseppe Dioguardi, sabia que a prioridade de Ganso era retornar ao Morumbi. Mas havia dois grandes obstáculos.
O primeiro, intransponível para o inseguro Leco e para o executivo Raí.
Dioguardi não abria mão de um contrato de cinco anos de Ganso.
Até 2024.
E com salários de cerca de R$ 700 mil.
O recuou foi direto e definitivo.
Internacional e Grêmio, que também cogitaram o atleta, recuaram.
Era muito dinheiro.
Mas o Fluminense manteve o interesse.
O clube precisava de uma estrela.
E decidiu apostar.
O teto salarial nas Laranjeiras era de R$ 150 mil.
Dirigentes garantem que parceiros ajudarão a pagar o meia.
O clube já havia contratado o goleiro Agenor, o zagueiro Matheus Ferraz, o lateral-direito Ezequiel, o volante Bruno Silva, o meia Caio Henrique e os atacantes Mateus Gonçalves e Yony González.
A opinião do técnico Fernando Diniz não teve peso.
O treinador adora jogadores ágeis, versáteis.
Bem distante de Paulo Henrique Ganso.

André Jardine, no São Paulo, também não se animava com o meia.
No Santos, Jorge Sampaoli, não se interessou.
O fracasso por haver indicado o meia ao Sevilla segue inesquecível.
O Fluminense foi o único realmente interessado no jogador.
E o contratou.
Para alívio da cúpula do Sevilla...
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